Aéreas vivem pior fase no intl. desde a crise da Varig
Cias. vivem pior fase no internacional desde a crise da Varig.
Segundo análise setorial do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) relativa ao desempenho das companhias aéreas brasileiras que atuam no mercado internacional, no mês de julho a demanda por transporte aéreo regular em termos de passageiros quilômetros transportados pagos (RPK) registrou uma acentuada queda de 10,15% em relação a julho de 2008, apesar de se caracterizar como período de alta estação nas viagens ao Exterior, em função das férias escolares e do verão no hemisfério norte.
O sindicato avalia que esta retração se constituiu no segundo pior resultado no mês de julho durante a presente década, sendo melhor apenas do que julho de 2006 (-45,6%), no momento mais crítico (leilão judicial) do processo de recuperação da antiga Varig.
“A conjugação da forte retração ocorrida em julho de 2009, causada principalmente pelo agravamento da pandemia de gripe influenza A (H1N1) nos países vizinhos da América do Sul, com os reflexos da crise financeira mundial no decorrer do primeiro semestre levou à retração de 6,36% na demanda acumulada de janeiro a julho deste ano em relação ao mesmo período de 2008”, diz levantamento. Por outro lado, a oferta manteve-se quase estável com um pequeno incremento de 1,22% em julho de 2009, em termos de assentos quilômetros disponíveis (ASK).
Em sintonia com a evolução mensal, a oferta acumulada (ASK) nos primeiros sete meses do corrente ano apresentou também certa estabilidade, com o incremento de apenas 2,42% quando comparado com a oferta total acumulada entre janeiro e julho de 2008.
O aproveitamento médio da frota de aeronaves em julho ficou em 70,3%, aproximadamente nove pontos percentuais abaixo do resultado de 79,19%, alcançado em julho de 2008 - repetindo, mês considerado alta temporada para viagens internacionais para a Argentina. Chile, Estados Unidos e até Europa.
“Esta brusca queda no aproveitamento médio das aeronaves em julho afetou a ocupação média da frota nacional durante o ano, que caiu para 67,16%, com 2,83 pontos percentuais abaixo do aproveitamento médio de 69,99%, verificado nos sete primeiros meses de 2008”, diz o Snea.
Ainda de acordo com o estudo, depois de um início de recuperação no nível de atividade setorial, observada no comparativo mensal da demanda por transporte aéreo das empresas brasileiras no mercado internacional durante o segundo trimestre deste ano (abril + 3,5%, maio -5,2%, junho +2,6%), ocorreu o agravamento das preocupações com o rápido aumento na quantidade de mortes causadas pela gripe A em julho de 2009, gerando uma reação imediata com muitos cancelamentos de viagens ao Exterior, principalmente aos países sul-americanos, fazendo o comportamento da demanda retornar aos patamares negativos do primeiro trimestre deste ano (janeiro -7,9%, fevereiro -11,0% e março -13,2%).
“Neste cenário bastante difícil, as empresas brasileiras vêm se ressentindo com a continuada retração do mercado internacional, que indica uma tendência de significativa queda em relação a 2008, podendo ficar a demanda total acumulada (RPK), no corrente ano, abaixo dos 20 bilhões de passageiros quilômetros transportados pagos. Caso se confirme esta tendência, o nível de atividade setorial retornará aos patamares verificados na década passada (1992, 1993 e 1999) e irá superar na presente década apenas a demanda de 2006/2007, no período de reestruturação da nova Varig".
"Assim, o resultado das empresas aéreas de bandeira brasileira no mercado internacional dependerá da: (1) recuperação da economia mundial, (2) evolução da pandemia de gripe influenza A (H1N1), (3) estabilização dos preços do petróleo e da taxa cambial, e (4) implementação da recente liberdade tarifária nos voos de longo curso”, conclui o Snea.
Veja a analise setorial do Snea referente ao desempenho das companhias aéreas no mercado doméstico no mês de julho.
O sindicato avalia que esta retração se constituiu no segundo pior resultado no mês de julho durante a presente década, sendo melhor apenas do que julho de 2006 (-45,6%), no momento mais crítico (leilão judicial) do processo de recuperação da antiga Varig.
“A conjugação da forte retração ocorrida em julho de 2009, causada principalmente pelo agravamento da pandemia de gripe influenza A (H1N1) nos países vizinhos da América do Sul, com os reflexos da crise financeira mundial no decorrer do primeiro semestre levou à retração de 6,36% na demanda acumulada de janeiro a julho deste ano em relação ao mesmo período de 2008”, diz levantamento. Por outro lado, a oferta manteve-se quase estável com um pequeno incremento de 1,22% em julho de 2009, em termos de assentos quilômetros disponíveis (ASK).
Em sintonia com a evolução mensal, a oferta acumulada (ASK) nos primeiros sete meses do corrente ano apresentou também certa estabilidade, com o incremento de apenas 2,42% quando comparado com a oferta total acumulada entre janeiro e julho de 2008.
O aproveitamento médio da frota de aeronaves em julho ficou em 70,3%, aproximadamente nove pontos percentuais abaixo do resultado de 79,19%, alcançado em julho de 2008 - repetindo, mês considerado alta temporada para viagens internacionais para a Argentina. Chile, Estados Unidos e até Europa.
“Esta brusca queda no aproveitamento médio das aeronaves em julho afetou a ocupação média da frota nacional durante o ano, que caiu para 67,16%, com 2,83 pontos percentuais abaixo do aproveitamento médio de 69,99%, verificado nos sete primeiros meses de 2008”, diz o Snea.
Ainda de acordo com o estudo, depois de um início de recuperação no nível de atividade setorial, observada no comparativo mensal da demanda por transporte aéreo das empresas brasileiras no mercado internacional durante o segundo trimestre deste ano (abril + 3,5%, maio -5,2%, junho +2,6%), ocorreu o agravamento das preocupações com o rápido aumento na quantidade de mortes causadas pela gripe A em julho de 2009, gerando uma reação imediata com muitos cancelamentos de viagens ao Exterior, principalmente aos países sul-americanos, fazendo o comportamento da demanda retornar aos patamares negativos do primeiro trimestre deste ano (janeiro -7,9%, fevereiro -11,0% e março -13,2%).
“Neste cenário bastante difícil, as empresas brasileiras vêm se ressentindo com a continuada retração do mercado internacional, que indica uma tendência de significativa queda em relação a 2008, podendo ficar a demanda total acumulada (RPK), no corrente ano, abaixo dos 20 bilhões de passageiros quilômetros transportados pagos. Caso se confirme esta tendência, o nível de atividade setorial retornará aos patamares verificados na década passada (1992, 1993 e 1999) e irá superar na presente década apenas a demanda de 2006/2007, no período de reestruturação da nova Varig".
"Assim, o resultado das empresas aéreas de bandeira brasileira no mercado internacional dependerá da: (1) recuperação da economia mundial, (2) evolução da pandemia de gripe influenza A (H1N1), (3) estabilização dos preços do petróleo e da taxa cambial, e (4) implementação da recente liberdade tarifária nos voos de longo curso”, conclui o Snea.
Veja a analise setorial do Snea referente ao desempenho das companhias aéreas no mercado doméstico no mês de julho.