Felipe Niemeyer   |   20/07/2009 16:20

Gripe e economia definirão futuro do aéreo internacional

Segundo a analise setorial do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) relativo ao desempenho das companhias aéreas no primeiro semestre.

Segundo análise setorial do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) relativo ao desempenho das companhias aéreas no primeiro semestre, o mercado internacional de transporte aéreo regular de passageiros – considerando apenas as empresas brasileiras –, no primeiro semestre de 2009, apresentou em dois meses (abril 3,5% e junho 2,59%) incremento na demanda, em termos de passageiros quilômetros transportados pagos (RPK), na comparação com o mesmo períod de 2008, indicando leve tendência de recuperação do nível de atividade setorial.

Segundo o sindicato, o cenário da demanda por transporte aéreo no mercado internacional para as empresas brasileiras ainda mostra incertezas, devido à combinação dos efeitos da pandemia da gripe A (H1N1) e dos reflexos da crise financeira internacional sobre as viagens de negócios e de turismo.

De acordo com o Snea, entretanto, a demanda (RPK) acumulada entre janeiro e junho do corrente ano teve queda de 5,64 %, em relação ao primeiro semestre de 2008, bem mais branda do que a retração no transporte aéreo internacional verificada no restante da América Latina, na Europa e na América do Norte, onde vem sendo maior o impacto da crise econômica mundial. A oferta total acumulada durante o primeiro semestre de 2009, comparada com o mesmo período de 2008, apresentou redução de 3,02%, apesar da expansão entre janeiro e junho de 23% na capacidade de transporte aéreo da Tam, que foi orientada, principalmente, para os voos internacionais de longo curso.

O aproveitamento médio das aeronaves observado durante o primeiro semestre deste ano (66,62%) ficou pouco abaixo da ocupação média ocorrida em 2008, com - 1,75 pontos percentuais. “Estes resultados decorrem da forte influência da atual crise financeira internacional no comportamento da demanda, além das dificuldades dos ajustes necessários na oferta (capacidade), visando atender ao vácuo deixado pela saída da Gol/Varig dos voos de longo curso”, avalia o Snea.

Segundo o sindicato, “o início de recuperação da demanda no primeiro semestre de 2009, ocorrida nos meses de abril e de junho, poderá levar à gradual retomada no nível de atividade setorial, caso seja mantida a atual relação na taxa de câmbio entre o real e o dolar/euro, além de terem continuidade os incentivos para as viagens internacionais com base em promoções nas vendas de passagens e nos pacotes de turismo”.

“No momento, existe grande preocupação com o recente recrudescimento da epidemia de gripe influenza A (H1N1), que vem provocando o cancelamento de muitas viagens para o exterior. Assim, a recuperação do mercado internacional dependerá da evolução do processo de controle da pandemia de gripe e do seu possível agravamento”, conclui o Snea.

Leia a análise setorial do Snea relativa ao desempenho das companhias aéreas no primeiro semestre no segmento doméstico.

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