Iata impõe medida contra fraudes; prazo preocupa trade
Medida que deve beneficiar o Turismo tem deixado o trade preocupado com o prazo de três meses para execução.
Em menos de três meses, os agentes de viagens e as empresas creditadas à Associação Internacional de Transportes Aéreas (Iata) terão de se adequar a uma nova realidade.
A partir de 1º de junho, os profissionais deverão ter a certificação Payment Card Industry Data Security Standard, ou apenas PCI DSS, que traz mais segurança contra fraudes em uso de cartões de crédito e débito
Embora seja uma sigla difícil à primeira vista, trata-se de um modelo no qual as transações feita por cartões operado via BSP terão de passar pelo padrão de dados dessa iniciativa. A padronização é novidade no Turismo, mas existe desde setembro de 2006, cuja criação foi encorajada por bancos e operadoras como American Express Express, Mastercard e Visa.
A ação, que deve beneficiar a cadeia produtiva como um todo, tem causado dúvidas aos empresários. A CNTec é empresa de tecnologia que reúne toda a documentação necessária e envia a papelada para uma certificadora dar o aval. O prazo, no entanto, dificulta, podendo levar de três meses para empresas de pequeno porte (até 300 mil transações ao ano) e de médio e grande (acima de 300 mil) chegam a levar até um ano.
“Esses requerimentos são ‘complicados’ e as agências vão precisar de nós. É uma pena que esse prazo será difícil para as empresas de grande porte. O prazo, até junho de 2017, é um pouco impraticável”, lamentou o diretor da companhia, Wender Souza.
Em nota, a Iata resume em dizer que os associados que não apresentarem tais evidências até a data em questão terão registrados “dois casos de irregularidades contra a empresa”, apesar de não dizer exatamente quais.
A eventual punição é encarada pela Air Tkt, associação das consolidadoras de bilhete aéreo, como uma “imposição”. Para o diretor executivo Ralf Aasmann, a ideia proposta pela Iata é bem-vinda, mas o prazo é impossível de ser executado. Ele revelou ter entrado em contato com a entidade e está à espera de uma resposta para prolongar o tempo limite.
A segurança, nas palavras dele, é aprovada em geral, mas existe esse porém. “Não aceitamos sanções na impossibilidade de cumprir algo exigido. Vamos buscar meios alternativos para resolver”, sugeriu, em caso de negativa.
Para mais informações sobre a resolução, clique aqui.
*A reportagem do Portal PANROTAS tentou contato com o diretor da Iata no Brasil, Carlos Ebner, mas não recebeu resposta até a publicação desta matéria.