As redes sociais podem aumentar suas vendas; saiba

Como publicado anteriormente (confira a primeira parte desse especial clicando aqui), as redes sociais têm um alto poder de influência na decisão da vida das pessoas. E isso, claro, inclui viagens e o fato de uma simples foto de uma praia publicada no Instagram dar o estalo em um viajante para dizer: “é para lá que eu vou”.

A fim de trazer soluções a agentes de viagens, o Travel Market Report reuniu especialistas no assunto que dão dicas preciosas para fazer seu negócio render. Confira abaixo a segunda e última parte do especial.

TORNE PESSOAL
Mais uma vez, Montgomery diz que ele e sua mulher levam suas crianças para um país diferente por pelo menos um mês a cada ano, “para dar a eles algum contexto sobre o mundo”. Eles postam muitas fotos e, como disse ele, recebem comentários como: “você levou seus filhos para El Salvador? Ou Colômbia? Isso é seguro?. Eu digo a eles que sim, mas comemos muito sorvete. E acontece que a Colômbia tem um ótimo sorvete. Muitas pessoas não têm ideia sobre Equador como destino, mas se eu posto uma foto da minha filha com uma tartaruga gigante em Galápagos, eles dizem: 'onde diabos é isso?'”.

FAÇA A COISA CERTA
Lee diz que agentes de viagens devem ser ativos nas mídias sociais ao menos três ou quatro vezes ao dia, mesmo se for apenas para ver seus próprios posts – ou como dizem no jargão da internet, “dar um scroll”. “Eles têm de ver que alguém reagiu à sua publicação. Isso mostra que você é uma pessoa que dá respostas rápidas e as pessoas começam a entender o que você faz.”

Rosenbloum “dá um scroll” nas suas redes várias vezes ao dia, checando o que acontece. “Eu participo regularmente de chats no Twitter moderados por líderes da indústria. Posso fazer tudo isso enquanto trabalho em outras coisas, tendo o feed da minha conta em uma guia da minha tela”, comentou.

MANTENHA A CONSISTÊNCIA
“A consistência é o aspecto mais importante quando você vende viagens”, disse Foerster. “Isso vale tanto para frequência quanto para conteúdo. Quando não postamos em alguns dias, nós realmente ouvimos de pessoas nos perguntando por que não [atualizamos o perfil].”

CAPITALIZAR INFLUENCIADORES
A mulher de Montgomery, Erynn, tem um blog pessoal de viagens em família chamado Tropic of Candycorn. Ela“encontrou” muitos dos influenciadores de mídias sociais por meio do site que têm um impacto significativo de onde as pessoas viajam. Seus seguidores ocasionalmente se tornam clientes da agência Mosaico.

Há instagramers profissionais que viajam o mundo e têm muitos seguidores, especialmente jovens millennials, segundo Rosenbloum. “Eu estava em Belize em abril com a minha filha para o spring break. Nós estávamos lá com outra família e suas duas filhas jovens. Eles conheceram um instagramer influenciador de 21 anos. Nós o encontramos quando ele estava ouvindo uma banda e postou fotos. Agora as pessoas me chamam e dizem que me viram com esse cara em Belize e agora esse é o lugar que querem antes do Natal. Os mais jovens são os influenciadores. Eles vão até seus parentes, que chamam seus planejadores de viagens para que se mantenham no topo.”

ACOMPANHE OS POSTS EM TEMPO REAL
“Eu tenho dois clientes viajando pela Europa ao mesmo tempo, e um casal estará a três dias atrás de ir a alguns lugares”, disse Rosenbloum. “Ao chegar lá mais cedo, eles vão dizer aos demais aonde ir e comer.

ENCONTRE UM NICHO ÚNICO
Focar-se em um destino menos conhecido pode ser compensador, pontua Lee. “Se eu fosse um agente de viagens e quisesse me especializar em um destino emergente, eu entraria em contato com o conselho de Turismo local e garantir fatos, estatísticas e outras informações interessantes. Eu entraria em contato com eles regularmente e existe até uma chance de eles te patrocinarem ou apoiarem para falar sobre esse lugar em sua cidade natal – ou até mesmo te pagar para ir ao destino e registrar em um blog ou fotografar. É tudo sobre buzz. A pessoa que fala sobre isso acaba ganhando. Quem não pensa sobre isso, perde.

Especialista em América do Sul e Central, Montgomery afirma que Chile se tornou um destino popular para seus clientes porque é “muito fotogênico e muito ‘instagramável’”. As pessoas gostam de compartilhar suas fotos no Facebook e marcar seus amigos, dizendo que devemos ir a esses lugares. Você pode taggear seus amigos no Instagram também e dizer ‘nós temos de conferir esse lugar’.”

PUBLIQUE DA ESTRADA
Foerster afirma que ela não gasta mais dinheiro em propaganda porque há muitos negócios vindos do Facebook, Instagram e Twitter. “Quando estou em um local, nossas reservas crescem duas vezes. É por isso que eu pago para o meu time ir em diversos famturs em um ano. Os posts deles de suas viagens resolvem tudo.”

SEJA TECNOLÓGICO
Novamente, Melissa Rosenbloum comenta ser parceira de uma empresa chamada Axus, um aplicativo de gestão colaborativa de itinerário, para criar apps personalizados com detalhes das viagens de seus clientes.

“Vamos dizer que um comprador nosso está em um coquetel e alguém diz a eles que eles têm de ir ao Havaí. Meu cliente responde que eles estão lá e abrem a ferramenta, clica no Havaí, e não apenas mostra tudo que fizeram, como com alguns cliques a mais mostram menus de restaurantes e mais detalhes do tipo. Isso leva as mídias sociais a um passo adiante e oferece um ótimo ‘boca a boca’ para nós.”

SIGA, SIGA
Todos os posts do mundo não vão criar um negócio de sucesso. “Pode-se falar no andamento de um processo (follow-through) e o serviço que você oferece. Se você tem essas pessoas chegando até a você nessas plataformas, você tem que ir fundo ou isso não irá funcionar”, finalizou Lindsay Foerster.