Renê Castro   |   21/07/2015 20:17

Agentes querem sistema sobre saúde de operadoras

A cidade de Santos (SP) recebe neste momento reunião da Associação das Agências de Viagens do Interior de São Paulo (Aviesp) com um grupo de cerca de 35 agentes de viagens da Baixada Santista.

A cidade de Santos (SP) recebe neste momento reunião da Associação das Agências de Viagens do Interior de São Paulo (Aviesp) com um grupo de cerca de 35 agentes de viagens da Baixada Santista. O encontro ocorre após manifestação da região em torno da conduta da entidade perante a queda da Nascimento Turismo, que tinha na Baixada Santista alguns dos principais vendedores. A defesa para futuros casos como este foi o que motivou a união das agências.

Questionamentos sobre a operadora da família Nascimento não demoraram a aparecer. O fato de a empresa ter fechado e nenhum associado ter sido informado com antecipação de que a operadora enfrentava problemas gerou furor na reunião, com debates localizados entre os próprios profissionais.

Enquanto os agentes de viagens questionam o porquê a Aviesp não tinha acesso a esse tipo de informação, a diretoria da entidade tratou de explicar que hoje há ferramentas que apresentam certidões negativas e outras comprovações de bem-estar financeiro, mas não é algo que pode ser considerado como verdade absoluta, pois, muitas vezes, o CNPJ da empresa está em dia, mas fora do Brasil a operadora pode estar devendo a grande número de fornecedores. E foi exatamente o que aconteceu com a Nascimento, já que até um mês antes do anúncio de crise aguda, a operadora honrou determinadas operações e até participou de eventos.

O assessor jurídico da Aviesp, Marcelo Oliveira, informou que é praticamente impossível concentrar informações sobre empresas nacionais e internacionais e determinar se elas estão ou não em processo de falência.

“A questão é como lidar na busca de um equilíbrio legal para conseguir segurança para trabalhar. É um problema mundial. No caso do Brasil, temos o agravante da legislação de turismo ser muito nova (2008). Tivemos uma legislação aplicada a agências apenas no ano passado, após 13 anos de luta. A ferramenta que vocês desejam ter é a que o Brasil inteiro quer ter. Vale dizer, porém, que determinada empresa pode estar 100% limpa em um dia, mas no dia seguinte ele faz uma transação milionária sem ninguém saber e o cenário muda completamente de figura”, explicou ele.

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