Fabíola Bemfeito   |   05/05/2011 09:48

Por que o consórcio proposto pela Abav não decolou?

O diretor de Projetos Especiais da Abav, Alessandro Macedo, apresentou há pouco na reunião internacional da Abav que acontece no Sheraton Porto, em Portugal, um balanço sobre o Consórcio de Serviços Turísticos Abav, que vem sendo desenvolvido em parceria com a Administradora de Consórcios Gazin e já

PORTO - O diretor de Projetos Especiais da Abav, Alessandro Macedo, apresentou há pouco na reunião internacional da Abav que acontece no Sheraton Porto, em Portugal, um balanço sobre o Consórcio de Serviços Turísticos Abav, que vem sendo desenvolvido em parceria com a Administradora de Consórcios Gazin e já está em operação desde o segundo semestre do ano passado.

A iniciativa havia sido anunciada na reunião internacional da Abav em 2010 como uma oportunidade de os agentes abavianos trabalharem vendas futuras e, ao mesmo tempo, ampliarem seu público, já que as viagens estariam acessíveis a uma parcela da população que hoje não consome viagens. “Sabemos o quanto o poder de consumo das classes C e D mudou”, disse Macedo.

No entanto, segundo ele, o projeto não vem tendo o retorno esperado de vendas pelos associados. “Fizemos capacitações em vários Estados e, do potencial somado de 664 agências Abav, apenas 78 quiseram participar do treinamento e conhecer melhor o produto”, contou o diretor. “E dos 170 cadastrados, apenas nove venderam pacotes”, lamentou Alessandro Macedo.

Em contrapartida, a Gazin investiu mais de R$ 384 mil em seu desenvolvimento. O dirigente apresentou alguns dados de pesquisas realizadas pela Abav nos Estados antes da reunião em Portugal. “Por exemplo, 48% disseram não ter conhecimento da existência do produto, 25% afirmaram que ele não está de acordo com o perfil da agência e 73% informaram que falta treinamento”, disse.

Por conta disso, ele aproveitou e perguntou aos presidentes e diretores por que eles consideravam que o projeto ainda não havia decolado. Para Gleber Ferreira, de Tocantins, não há muito público para esse tipo de produto no seu Estado. Leonel Rossi Jr., da Abav Nacional, lembrou que os consórcios diminuíram muito suas vendas no Brasil em função da expansão do crédito.

Carlos Alberto de Sá, da Abav-DF, testemunhou que o valor investido ainda era pouco para um projeto desse tamanho e Ana Carolina Costa, da Abav-RN, acredita ser muito importante que a Gazin anuncie a novidade para o consumidor final, para que ele também procure a agência para adquirir o produto. "Mas no Rio Grande do Norte a adesão ao treinamento foi um sucesso. As agências querem trabalhar com o consórcio", disse Ana Carolina.

Por ora, o que se sabe, é que o projeto, por estar em seu começo, vai continuar, pois tanto a Abav quanto a Gazin acreditam no seu potencial. Alessandro Macedo lembrou ainda que a agência ganha duas vezes – na venda do consórcio e, depois, na venda do pacote.

“Precisamos fazer a nossa parte em nossos Estados para esclarecer o agente e buscar que o produto decole”, disse o presidente da Abav Nacional, Carlos Alberto Amorim Ferreira, o Kaká, usando números apresentados pela Data Popular no Fórum PANROTAS e mostrar o tamanho da classe C e de seu poder de consumo. "Falamos tanto em criar novos mercados e, quanto temos, muitas vezes não aproveitamos."


*Fonte: O Portal PANROTAS viaja a convite da Abav Nacional e do Turismo de Portugal, voando Tap, com assistência internacional GTA e Travel Ace

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