Qual o papel do Turismo de luxo na retomada do setor?
Debate encerrou o primeiro dia de programação do Fórum BLTA 2021
Aberto hoje (13), o Fórum BLTA (Brazilian Luxury Travel Association) encerrou o primeiro dia com o painel Diálogos, que ouviu especialistas no setor do Turismo para falar a respeito dos rumos do segmento num momento de reequilíbrio do setor.
Alexandre Sampaio, da FBHA/CNC, Manoel Fernandes, da Bites, Mariana Aldrigui, da USP e Fecomercio-SP, e Simone Scorsato, CEO da BLTA, participaram do debate, que teve, ainda, Nathalia Molina, da Como Viaja e Viagem Estadão, como mediadora.
Todos eles apresentaram argumentos e dados de como está se apresentando a retomada do setor e qual o papel do Turismo de luxo nesse contexto. Mariana Aldrigui, que pesquisou o comportamento do consumidor em relação aos empreendimentos ligados à BLTA, lembrou que os empreendimentos de alto padrão podem ser considerados ferramentas para consolidação do destino no pós-pandemia, assim como já ocorreu em alguns locais, principalmente no Nordeste brasileiro.
“O Turismo de luxo abre as portas. Começa caro, elitizado e aí desencadeia trazendo novas opções de hospedagem, atrações e públicos, e com a capacidade de consolidar o destino”, afirma.
Mariana também chamou a atenção dos debatedores para uma consequência atual da retomada do Turismo de luxo. Ela pontuou que na análise mais recente que fez, é possível notar que, nos destinos onde há opções de hospedagem de característica luxo, houve aumento na geração de empregos do destino como um todo. “Tem uma relação clara de onde o turismo se desenvolve e onde está o mercado de luxo no Turismo com a retomada de empregos”, diz.
Representando a associação que organiza o evento, Simone Scorsato revelou alguns números recentes de empreendimentos ligados à entidade. De acordo com ela, a maior parte desses locais já consegue atingir números superiores aos vistos em 2019.
“Hotéis de praia e natureza já apresentam taxa de ocupação entre 69% e 72%. Alguns de cidade também já estão conseguindo apresentar bons desempenhos”, afirma.
EVENTOS
Ainda dentro da análise com hotéis BLTA, Simone antecipa uma tendência: a retomada dos eventos em 2022. De acordo com ela, se já é possível sentir este ano o potencial dos estabelecimentos de luxo para viajantes brasileiros, em 2022 os eventos vão movimentar fortemente o mercado.
“Vamos entrar 2022 com uma lua de mel nos eventos, sejam eles corporativos ou sociais”, antecipa.
BRASILEIROS
Já para Alexandre Sampaio, a catapulta dos empreendimentos de alto padrão são as restrições de viagens internacionais e o câmbio desfavorável para brasileiros.
Essa combinação, segundo Sampaio, vai fazer a hotelaria nacional reaquecer mais rápido, o que gera grandes oportunidades. “A CNC tem estimulado os atores de Turismo em suas bases a pensarem políticas para as viagens domésticas, sensibilizando parlamentares e dirigentes para que pensem o turismo de uma maneira mais sustentável”, pontua.
MEMÓRIA INFORMACIONAL
Fundador da Bites, que é uma empresa especializada em análise de dados, o jornalista Manoel Fernandes chamou atenção para um desafio da Memória informacional.
De acordo com ele, a imagem do Brasil para viajantes pelo mundo ainda está muito prejudicada pelo impacto que a pandemia gerou por aqui. “Essa memória ainda está congelada no tema covid-19. A razão para isso é que não fizemos nada de diferente para mudar essa percepção”, afirma.
O complemento da observação de Fernandes vem como uma crítica à postura do setor, sobretudo no que diz respeito ao poder público. “As pessoas acreditam que o Brasil, por ser lindo, não precisa de comunicação, o que é verdade. Falta uma política de Estado nesse sentido”, sustenta.
“A pandemia dilacerou o Turismo por todo o mundo, mas tem países reagindo e mostrando força ao passo que a gente não vê isso acontecer por aqui. Essa reação tem que vir da união do setor com o poder público”, pontua.
Na leitura de Fernandes, o quadro como está tende a apresentar o brasileiro movimentando o Turismo do Brasil e pouca relevância nos índices de chegada de estrangeiros.
WEBINARES E NOVIDADES
A edição 2021 do fórum ocorre, a exemplo de como foi no ano passado, durante dias alternados e em formato digital. As atividades seguem pelos dias 14, 19, 20 e 21 de outubro com mais quatro oportunidades para debates no momento Diálogos. Também estão previstos 37 webinares dos associados apenas para agentes e operadores inscritos.
FEE SOLIDÁRIO
As inscrições ao BLTA Fórum incentivam a contribuição de um fee solidário. Com isso, a intenção é gerar conteúdo e ampliar o debate tornando o evento inclusivo e gratuito. Nesse sentido, interessados e participantes são estimulados a fazer sua inscrição solidária (doação a partir de R$ 30), cujo valor arrecadado irá apoiar o projeto Massaria Social / O Pão do Povo da Rua, uma ação do Instituto de Pesquisa da Cozinha Brasileira – IPCB, que atua para minimizar a fome nas ruas e promove oportunidades de transformação de vidas a partir de capacitação e profissionalização.
As inscrições podem ser feitas AQUI.
Alexandre Sampaio, da FBHA/CNC, Manoel Fernandes, da Bites, Mariana Aldrigui, da USP e Fecomercio-SP, e Simone Scorsato, CEO da BLTA, participaram do debate, que teve, ainda, Nathalia Molina, da Como Viaja e Viagem Estadão, como mediadora.
Todos eles apresentaram argumentos e dados de como está se apresentando a retomada do setor e qual o papel do Turismo de luxo nesse contexto. Mariana Aldrigui, que pesquisou o comportamento do consumidor em relação aos empreendimentos ligados à BLTA, lembrou que os empreendimentos de alto padrão podem ser considerados ferramentas para consolidação do destino no pós-pandemia, assim como já ocorreu em alguns locais, principalmente no Nordeste brasileiro.
“O Turismo de luxo abre as portas. Começa caro, elitizado e aí desencadeia trazendo novas opções de hospedagem, atrações e públicos, e com a capacidade de consolidar o destino”, afirma.
Mariana também chamou a atenção dos debatedores para uma consequência atual da retomada do Turismo de luxo. Ela pontuou que na análise mais recente que fez, é possível notar que, nos destinos onde há opções de hospedagem de característica luxo, houve aumento na geração de empregos do destino como um todo. “Tem uma relação clara de onde o turismo se desenvolve e onde está o mercado de luxo no Turismo com a retomada de empregos”, diz.
Representando a associação que organiza o evento, Simone Scorsato revelou alguns números recentes de empreendimentos ligados à entidade. De acordo com ela, a maior parte desses locais já consegue atingir números superiores aos vistos em 2019.
“Hotéis de praia e natureza já apresentam taxa de ocupação entre 69% e 72%. Alguns de cidade também já estão conseguindo apresentar bons desempenhos”, afirma.
EVENTOS
Ainda dentro da análise com hotéis BLTA, Simone antecipa uma tendência: a retomada dos eventos em 2022. De acordo com ela, se já é possível sentir este ano o potencial dos estabelecimentos de luxo para viajantes brasileiros, em 2022 os eventos vão movimentar fortemente o mercado.
“Vamos entrar 2022 com uma lua de mel nos eventos, sejam eles corporativos ou sociais”, antecipa.
BRASILEIROS
Já para Alexandre Sampaio, a catapulta dos empreendimentos de alto padrão são as restrições de viagens internacionais e o câmbio desfavorável para brasileiros.
Essa combinação, segundo Sampaio, vai fazer a hotelaria nacional reaquecer mais rápido, o que gera grandes oportunidades. “A CNC tem estimulado os atores de Turismo em suas bases a pensarem políticas para as viagens domésticas, sensibilizando parlamentares e dirigentes para que pensem o turismo de uma maneira mais sustentável”, pontua.
MEMÓRIA INFORMACIONAL
Fundador da Bites, que é uma empresa especializada em análise de dados, o jornalista Manoel Fernandes chamou atenção para um desafio da Memória informacional.
De acordo com ele, a imagem do Brasil para viajantes pelo mundo ainda está muito prejudicada pelo impacto que a pandemia gerou por aqui. “Essa memória ainda está congelada no tema covid-19. A razão para isso é que não fizemos nada de diferente para mudar essa percepção”, afirma.
O complemento da observação de Fernandes vem como uma crítica à postura do setor, sobretudo no que diz respeito ao poder público. “As pessoas acreditam que o Brasil, por ser lindo, não precisa de comunicação, o que é verdade. Falta uma política de Estado nesse sentido”, sustenta.
“A pandemia dilacerou o Turismo por todo o mundo, mas tem países reagindo e mostrando força ao passo que a gente não vê isso acontecer por aqui. Essa reação tem que vir da união do setor com o poder público”, pontua.
Na leitura de Fernandes, o quadro como está tende a apresentar o brasileiro movimentando o Turismo do Brasil e pouca relevância nos índices de chegada de estrangeiros.
WEBINARES E NOVIDADES
A edição 2021 do fórum ocorre, a exemplo de como foi no ano passado, durante dias alternados e em formato digital. As atividades seguem pelos dias 14, 19, 20 e 21 de outubro com mais quatro oportunidades para debates no momento Diálogos. Também estão previstos 37 webinares dos associados apenas para agentes e operadores inscritos.
FEE SOLIDÁRIO
As inscrições ao BLTA Fórum incentivam a contribuição de um fee solidário. Com isso, a intenção é gerar conteúdo e ampliar o debate tornando o evento inclusivo e gratuito. Nesse sentido, interessados e participantes são estimulados a fazer sua inscrição solidária (doação a partir de R$ 30), cujo valor arrecadado irá apoiar o projeto Massaria Social / O Pão do Povo da Rua, uma ação do Instituto de Pesquisa da Cozinha Brasileira – IPCB, que atua para minimizar a fome nas ruas e promove oportunidades de transformação de vidas a partir de capacitação e profissionalização.
As inscrições podem ser feitas AQUI.