Fórum BLTA debateu perspectivas para a hotelaria de luxo no País
Finalizado em 11 de novembro, o evento debateu o propósito e os desafios do segmento em meio à pandemia
A Brazilian Luxury Travel Association acaba de encerrar a edição digital de seu fórum anual, realizada durante cinco dias alternados entre 28 de outubro e 11 de novembro. De acordo com a diretora-executiva da associação, Simone Scorsato, o dia da abertura contou com a participação de 640 pessoass e cada um dos cinco Diálogos (mesas redondas com especialistas) reuniu, em média, um público de 100 pessoas ao vivo. Em relação aos webinars, a média foi de 300 participantes por dia.
"Foi a primeira ação on-line da BLTA e podemos afirmar que superou as nossas expectativas. Criamos, em menos de um mês, um portal não só para a realização de webinares e debates – os Diálogos –, mas uma ferramenta interativa entre os participantes pela qual foi possível trocar comentários via chat e cartão de visitas, acessar os stands dos associados e patrocinadores e todo o conteúdo. Foram mais de 35 horas de gravação mostrando e debatendo a diversidade de nosso País. Este formato digital permitiu ampliar a nossa voz e o nosso manifesto", disse Scorsato.
Outro aspecto de destaque foi o Fee Solidário, uma inovação no processo de inscriçao. Para a diretora-executiva, a iniciativa incentivou os participantes a conhecer e se engajar em projetos sociais. "Para isso, incluímos no portal dois projetos - SOS Pantanal e o FAM – Fundação Almerinda Malaquias -, estimulando a adoção de uma inscrição por meio de contribuições espontâneas. Não era uma obrigatoriedade doar para ter acesso ao fórum, mas ao todo foram arrecadados R$ 4.300. Uma soma ainda tímida, mas que representa muito para nós, sem dúvida. Foi uma inciativa que se mostrou eficaz e será adotada de forma permanente em eventos futuros", explicou.
"Em nossas conversas com os governos, pedimos a divulgação de dados sobre a reabertura das fronteiras para que o setor tenha uma recuperação mais rápida possível, mas nosso foco também está direcionado para a melhoria das experiências de viagem, deixando-as semelhantes ao período pré-covid. É necessário reativar a economia global, pois milhões de empregos dependem dela. No Brasil, por exemplo, em 2019 a receita da atividade turística cresceu 3%, índice superior ao 1,2% de crescimento geral do PIB, gerando 7,4 milhões de empregos", afirmou a presidente do WTTC, Gloria Guevara.
De acordo com a BLTA, alguns dos principais desafios para que o Turismo de luxo se desenvolva no País necessitam de urgente atenção. Entre eles estão a ausência de políticas públicas focadas no Turismo sustentável e de luxo; a falta de conexões e imprevisibilidade da malha aérea brasileira; a qualificação da mão de obra; a capacitação de fornecedores e a imagem negativa do País no Exterior.
"O Turismo sustentável, na abrangência de seu conceito, atua em prol da conservação e da recuperação dos biomas brasileiros e é, com toda certeza, uma das melhores alternativas para atrair estrangeiros. No entanto, a falta de políticas púbicas que priorizem o turismo como vetor de desenvolvimento nos coloca em desvantagem no cenário internacional. Não acredito que sejamos tão competitivos em praias, pois há opções tão boas quanto em outros lugares do mundo, e a nossa vantagem é a natureza, pouquíssimo conhecida até mesmo pelos próprios brasileiros", ressaltou o proprietário do Refúgio Ecológico Caiman, Roberto Klabin.
"Agora temos uma oportunidade de repensar o nosso modo de viajar e as relações, alterando a maneira como exploramos até então o planeta, e também de desacelerar. O turismo de luxo trata-se de uma compra muito emocional, de acordo com o momento. Hoje, há uma mudança de valor do ‘ter’ e ‘comprar’ pelo ‘ser’, na busca pela conexão consigo mesmo", disse a diretora geral dos hotéis Unique São Paulo e Unique Garden e vice-presidente da BLTA, Melissa Oliveira.
"Foi a primeira ação on-line da BLTA e podemos afirmar que superou as nossas expectativas. Criamos, em menos de um mês, um portal não só para a realização de webinares e debates – os Diálogos –, mas uma ferramenta interativa entre os participantes pela qual foi possível trocar comentários via chat e cartão de visitas, acessar os stands dos associados e patrocinadores e todo o conteúdo. Foram mais de 35 horas de gravação mostrando e debatendo a diversidade de nosso País. Este formato digital permitiu ampliar a nossa voz e o nosso manifesto", disse Scorsato.
Outro aspecto de destaque foi o Fee Solidário, uma inovação no processo de inscriçao. Para a diretora-executiva, a iniciativa incentivou os participantes a conhecer e se engajar em projetos sociais. "Para isso, incluímos no portal dois projetos - SOS Pantanal e o FAM – Fundação Almerinda Malaquias -, estimulando a adoção de uma inscrição por meio de contribuições espontâneas. Não era uma obrigatoriedade doar para ter acesso ao fórum, mas ao todo foram arrecadados R$ 4.300. Uma soma ainda tímida, mas que representa muito para nós, sem dúvida. Foi uma inciativa que se mostrou eficaz e será adotada de forma permanente em eventos futuros", explicou.
RETOMADA DO TURISMO DE LUXO
Pela diversidade dos temas abordados, alguns indícios constatados apontam perspectivas para o setor e uma redefinição do conceito de luxo quando se trata de hospitalidade. Neste momento, o consumidor de luxo tem valorizado as viagens com propósito que contribuam para o desenvolvimento das comunidades e destinos, assim como os cuidados com o meio ambiente e os moradores. Além disso, aposta-se na humanização da prestação de serviço por meio de um intercâmbio das relaçoes pessoais entre o anfitrião e o hóspede e a valorização de serviços que promovam bem-estar, saúde e autoconhecimento."Em nossas conversas com os governos, pedimos a divulgação de dados sobre a reabertura das fronteiras para que o setor tenha uma recuperação mais rápida possível, mas nosso foco também está direcionado para a melhoria das experiências de viagem, deixando-as semelhantes ao período pré-covid. É necessário reativar a economia global, pois milhões de empregos dependem dela. No Brasil, por exemplo, em 2019 a receita da atividade turística cresceu 3%, índice superior ao 1,2% de crescimento geral do PIB, gerando 7,4 milhões de empregos", afirmou a presidente do WTTC, Gloria Guevara.
De acordo com a BLTA, alguns dos principais desafios para que o Turismo de luxo se desenvolva no País necessitam de urgente atenção. Entre eles estão a ausência de políticas públicas focadas no Turismo sustentável e de luxo; a falta de conexões e imprevisibilidade da malha aérea brasileira; a qualificação da mão de obra; a capacitação de fornecedores e a imagem negativa do País no Exterior.
"O Turismo sustentável, na abrangência de seu conceito, atua em prol da conservação e da recuperação dos biomas brasileiros e é, com toda certeza, uma das melhores alternativas para atrair estrangeiros. No entanto, a falta de políticas púbicas que priorizem o turismo como vetor de desenvolvimento nos coloca em desvantagem no cenário internacional. Não acredito que sejamos tão competitivos em praias, pois há opções tão boas quanto em outros lugares do mundo, e a nossa vantagem é a natureza, pouquíssimo conhecida até mesmo pelos próprios brasileiros", ressaltou o proprietário do Refúgio Ecológico Caiman, Roberto Klabin.
"Agora temos uma oportunidade de repensar o nosso modo de viajar e as relações, alterando a maneira como exploramos até então o planeta, e também de desacelerar. O turismo de luxo trata-se de uma compra muito emocional, de acordo com o momento. Hoje, há uma mudança de valor do ‘ter’ e ‘comprar’ pelo ‘ser’, na busca pela conexão consigo mesmo", disse a diretora geral dos hotéis Unique São Paulo e Unique Garden e vice-presidente da BLTA, Melissa Oliveira.