86% das empresas de transporte rodoviário devem reduzir oferta
Segundo o estudo da BlaBlaCar, 84% das empresas vão diversificar seus canais de venda para a retomada.
Apesar de ser um dos setores essenciais, o transporte rodoviário tem sido altamente impactado pela crise decorrente da pandemia de covid-19. De acordo com o estudo realizado pela BlaBlaCar, o faturamento diário caiu 83% em março, comparado a um dia útil normal. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve um encolhimento de 36% na taxa de crescimento das empresas dos setores de Turismo de transporte.
Em geral, as buscas por Turismo caíram exponencialmente, principalmente relacionadas à intenção de compra. Nos dados globais, o modal ônibus demonstra ser o menos afetado, enquanto no Brasil o impacto tende a ser maior por ser o principal meio de transporte de longa distância. Em março, o modal ônibus caiu 38% na intenção de compra e a locação de carros caiu 48%, comparado ao mês anterior. Em âmbito geral, quase 70% das empresas tiveram queda de pelo menos 75% no número de passageiros.
RETOMADA DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO
Segundo o levantamento, mais de 46% dos gestores acreditam que vão enfrentar a crise melhor que seus concorrentes. Metade acredita também que os volumes voltarão aos níveis pré-crise em até seis meses, enquanto a outra metade é menos otimista, incluindo 4% de pessimistas que acreditam que os volumes não serão retomados.Para a retomada, quase 90% prevê aumento na exigência em relação à higiene e que videoconferências substituirão viagens a trabalho. Além da redução de oferta (86%), as medidas adotadas durante a crise incluem maior higienização dos veículos (75%), suspensão de taxas de remarcação (66%), redução de jornadas de trabalho (68%) e adiamento de pagamentos a fornecedores (91%).
Em relação à redução de custos e aumento de receita, 84% dos gestores vão diversificar seus canais de venda (incluindo ambiente online), 50% vão focar em operações e 39% planejam parcerias ou fusões. Para otimizar a retomada, a BlaBlaCar recomenda que as empresas se preocupem com a higiene em primeiro lugar e, posteriomente, foquem seus esforços nas pessoas que ainda têm intenção de viajar ou estão indecisas.