Trem 'voador' deve ligar São Paulo e Campinas em 6 minutos
O trem do Hyperloop, previsto para estrear em alguns anos nos Emirados Árabes, pode ligar São Paulo a Campinas em seis minutos e a uma velocidade de 1223 km/h
Imagine pegar um trem entre São Paulo e Campinas, mas ao invés de medir o tempo do trajeto em horas, pensar em minutos - seis, para ser exato. A proposta é audaciosa, quase futurista, mas está próxima de tornar-se realidade: a Hyperloop, idealizadora do projeto desenvolvido por Elon Musk, pretende fazer o primeiro teste de seu trem 'voador' de 1223 quilômetros por hora neste ano com passageiro, e estrear a primeira linha até 2022.
Para alcançar a incrível velocidade (praticamente a mesma do som), o trem não usa trilhos: ele ‘levita’, sendo movido por um sistema de impulsão a partir de imãs.
“Mais do que a rapidez, vejo outro motivo para esse meio de transporte ser o futuro do mercado: é 100% sustentável”, decreta o diretor global de Desenvolvimento de Negócios da empresa, Rodrigo Sá, que palestrou no primeiro dia do Fórum PANROTAS 2019.
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Isso por dois motivos. O primeiro é que ele usa estritamente recursos renováveis - o ‘tubo’ pelo qual ele se locomove conta com painéis solares no topo, o que gera a energia necessária para mover os imãs que, enfim, aceleram o trem.
O segundo (e principal deles) é que o sistema do Hyperloop gera mais energia do que utiliza. “Os painéis solares e ainda a frenagem do trem conseguirão gerar 115% da energia utilizada no transporte. Ou seja, os 15% restantes sobram para outras áreas”, detalha Rodrigo Sá. A energia de sobra será utilizada nas estações e entornos, tornando o meio de transporte totalmente independente de fontes externas.
'ETERNO' E BARATO
O Hyperloop, segundo seu diretor de desenvolvimento de negócios, é o único trem do mundo com previsão de ser sustentável por mais de 100 anos na atualidade. Isso faz dele um transporte que pode durar mais do que qualquer trem ou metrô da atualidade.
Impressionantemente, a construção por quilômetro do Hyperloop custa de US$ 15 a US$ 20 milhões, menos do que os US$ 20 a US$ 40 milhões investidos, em média, por cada quilômetro de metrô.
“A primeira linha será nos Emirados Árabes, entre Abu Dhabi e Al Ain [147 quilômetros em 15 minutos] mas os próprios números mostram que é viável também no Brasil, não algo surreal. Se tudo der certo, teremos no futuro um trajeto entre São Paulo e Campinas de seis minutos, possivelmente passando também por Jundiaí”, encerra Rodrigo Sá.
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