Veja 6 tendências em tecnologia e distribuição de viagens para 2024
Insights mostram como as empresas do setor deverão se adaptar para seguirem sendo relevantes
A Phocuswright revelou as seis principais tendências tecnológicas que impactarão o setor de viagens em 2024. As informações são divulgadas antes da Conferência Phocuswright Europa 2024, que girará em torno do que os recentes e potentes avanços em tecnologia poderão significar para o futuro da indústria, e como as empresas de viagens deverão se adaptar para seguirem sendo relevantes.
"A incerteza pode ser a palavra que melhor captura a contínua perturbação que experimentamos nos últimos anos, desde a pandemia até os fenômenos meteorológicos extremos, a inflação, os interesses e as tensões geopolíticas", comenta Mike Coletta, diretor de Investigação e Inovação da Phocuswright. "Em tempos intensos, uma compreensão mais profunda das tendências importantes se torna ainda mais crítica. Enquanto a incerteza no mundo pode estar aumentando, duas coisas estão acontecendo nas viagens: a demanda por elas é resistente, demonstrando que a indústria é resiliente, pode e irá se recuperar das mais adversas circunstâncias. E, mais do que nunca, as empresas de viagens que não adotam as tecnologias emergentes estão no caminho da obsolescência”.
"Se 2023 foi o ano em que a Inteligência Artificial (IA) generativa captou todos os olhares, 2024 será o ano em que as empresas realizarão sua operação. E embora a IA generativa tenha parecido ser a única história tecnológica dos últimos tempos, há muitos outros desenvolvimentos no setor de viagens e tecnologia que influenciarão o funcionamento das empresas de viagens nos próximos anos."
Confira as tendências levantadas pela Phocuswright a seguir:
1- Subutilização de tecnologias por problemas de custos
Os principais fatores que limitam a adoção das tecnologias derivam da preocupação com os custos de integração, o medo de perder tempo com modas passageiras e o desejo de não querer comprometer o toque humano, essencial nas viagens. Deixando de lado a IA, a falta de financiamento gera uma subutilização de novas tecnologias, o que conduz a uma experiência decepcionante para o viajante.
2- Propriedade do perfil do cliente e identidade digital
Está tomando impulso a ideia de desvincular a identidade dos perfis individuais, impulsionada pelos provedores, por meio da adoção de uma identidade digital autossuficiente (SSI), que é propriedade do indivíduo e está sob seu controle. A identidade digital poderia desempenhar um papel crucial na geração de serviços mais significativos e personalizados por parte dos fornecedores. Isso também pode oferecer uma oportunidade para que empresas com visão de futuro captem quotas de mercado de seus concorrentes.
3- Redução das emissões de poluentes nas viagens corporativas
É difícil prever o impacto exato das ações de sustentabilidade nas viagens corporativas, mas a cifra é de bilhões de dólares no caso da metade das empresas que planejam adotá-las. Sabendo como as grandes empresas se planejam para alcançar seus objetivos de sustentabilidade, é possível prever uma melhor recuperação das viagens corporativas.
4- Seguir o ritmo da IA em viagens
2024 tentará aproveitar o que aprendemos até agora para focar nos casos de usos mais avançados de tecnologias para evitar o desperdício de recursos que não tenham um retorno claro do investimento. Neste ano, espera-se que as empresas de Turismo acelerem o investimento em aplicações de IA.
5- Agentes de viagens autônomos estão chegando
A IA generativa permite cada vez mais a criação autônoma de tipos complexos de conteúdo em formatos de texto, áudio e até vídeo. Mas como isso afetará o setor no longo prazo? O conceito de agentes autônomos promete automatizar o processo de planejamento e reserva de viagens, mas como será essa interface?
6- A chegada das moedas digitais
Algo que pode passar despercebido no setor é o fato de os bancos centrais de todo o mundo terem começado a emitir moedas digitais. Elas têm muitas características semelhantes às criptomoedas, mas são geradas e controladas pelos bancos centrais existentes, em vez de empresas ou organizações descentralizadas. O objetivo dos bancos centrais é aumentar a privacidade, a transferibilidade, a conveniência, a acessibilidade e a segurança, mas o controle centralizado por parte desses bancos levanta preocupações significativas sobre estas questões.
“As viagens podem ser uma força poderosa para o bem e todos podemos fazer a nossa parte para reconstruir a confiança onde quer que seja necessário, seja entre empresas e clientes, entre nações ou entre humanos e computadores”, continua Colletta. "A IA generativa tem a sua parte de problemas que levam à falta de confiança, desde preconceitos e violação de direitos autorais. Na verdade, todas as tecnologias emergentes lutam com questões relacionadas com a confiança. As inovações são a base sobre a qual podemos compreender como aproveitar eficazmente as novas tecnologias, ao mesmo tempo que estabelecemos e melhoramos a confiança nos nossos ecossistemas", conclui o diretor de Investigação e Inovação da Phocuswright.