O CEO da B2e Group, Luiz Matos, comenta o assunto em entrevista exclusiva
Em março, a norma internacional PCI-DSS passou a valer para os associados Iata no Brasil. A medida visa a prevenir fraudes e garantir mais segurança para transações virtuais feitas com cartão de crédito. Isso é o suficiente para a prevenção de fraudes no Turismo? O CEO da B2e Group, Luiz Matos, comenta o assunto em entrevista exclusiva. Confira:
O CEO da B2e Group, Luiz Matos
Qual o panorama de prevenção a fraudes no mercado de Turismo? Luiz Matos: Abordar o tema fraudes no segmento de Turismo é algo sério e múltiplo, dado o fraudador adotar diferentes práticas de acordo com o tipo de empresa que irá atacar. Atacar consolidadoras requer estratégias diferentes de uma OTA, que por sua vez é diferente dos ataques em agências corporativas.
Mas de maneira geral, as empresas do segmento estão buscando se preparar para atender o crescimento sem que as perdas oriundas de fraudes cresçam em uma proporção maior que sua receita.
A certificação PCI resolve o problema? LM: Esta determinação justamente vem de encontro aos altos percentuais de fraude do segmento e à grande exposição de dados de cartão de crédito.
Mas respondendo à pergunta, a Certificação PCI ajuda a impedir a proliferação de dados de cartões no mercado e agrega maior segurança, sim, porém não é a solução total dos problemas de fraudes. Uma consolidadora tem grande parte de sua receita concentrada em vendas faturadas. Neste caso, o PCI tem menor abrangência. Mesmo com a certificação, as agências continuam expostas e precisam adotar ferramentas antifraude para mitigar o risco de não submeter às companhias aéreas operações fraudulentas.
Quando você diz que o fraudador tem diferentes estratégias de acordo com segmento, o que você quer dizer? LM: Existem nichos diferentes dentro do segmento de Turismo e cada um tem suas particularidades comerciais e operacionais. O Fraudador geralmente se aproveita de vulnerabilidades operacionais para aplicar o golpe. Abaixo um dos tantos exemplos:
Agências consolidadoras e corporativas geralmente são mais focadas em vendas logadas, sejam elas faturadas como nas Consolidadoras ou via cartão de crédito como nas corporativas. Logo, o processo de credenciamento do usuário, suas consolidadas ou empresas, deve receber atenção especial, assim como o acompanhamento das emissões. Travar IP, certificação digital ou obrigar um Token podem ser estratégias adotadas de segurança, porém essas são ações que, dependendo do direcionamento e do modus operandi, podem impactar na atratividade comercial de sua oferta. Também existem maneiras mais “tênues” de agregar segurança e monitoramento sem grande impacto na atividade comercial.
Além disso, existem processos como venda por Call Center, Mobile e APP que demandam estratégias de segurança adicional.
Como prevenir as fraudes? LM: Partindo da premissa de que a fraude sempre migra de canais mais seguros para canais menos seguros - e que as companhias aéreas têm aumentado o investimento na segurança em seus canais de venda próprios - é fundamental que o segmento de Turismo se proteja e adote estratégias de prevenção a fraudes. O discurso “assinatura em arquivo” não protege as agências, operadoras e consolidadoras das perdas oriundas de fraudes realizadas em maquinetas próprias ou nas maquinetas das companhias aéreas. O repasse da perda financeira é inevitável.
Portanto, a adoção de uma boa ferramenta especialista no segmento de Turismo é fundamental para proteger as vendas faturadas e on-line em todos os canais de vendas. Prevenir é sempre melhor do que remediar...
SOBRE A B2E GROUP Criada em 2013, a B2e Group é especialista em prevenção a fraudes para o Turismo. Com grandes players entre os seus clientes, a empresa traz soluções completas para as necessidades das Agências, OTAS, Consolidadoras e Operadoras de Turismo.
Para mais informações, acesse o site www.b2egroup.com.br ou entre em contato pelo telefone +55 11 3107-5100
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