Fim do oba oba: estrangeiros estão buscando o Brasil a valer, diz Mena Mota
Diretora executiva da Grou Turismo se anima com a produtividade da Fitur 2024, realizada em Madri
MADRI - O Brasil está no momento certo para avançar no Turismo. Há um governo com vontade de desenvolver um trabalho, que elencou uma equipe técnica disposta e capaz de fazer as coisas acontecerem. Nesta Fitur 2024, compradores estrangeiros se aproximaram dos brasileiros com vontade de fazer negócios de verdade. As companhias aéreas querem colocar mais voos ao Brasil. Poucas vezes o País viu um momento de tanto interesse internacional em seus destinos.
Essa é a opinião de Mena Mota, dona de um dos principais receptivos da Bahia, a Grou Turismo. Mena está em Madri para a Fitur 2024 e aconselha que seus pares da iniciativa privada façam o mesmo que sua empresa, segundo ela, está fazendo: preparem o produto, estejam prontos com integração e tecnologia para ter um canal de venda bem segmentado.
"Recomendo que as empresas brasileiras se aproximem das internacionais em busca de parceria, pois no momento o terreno é fértil. Não é mais oba oba para sair na foto, é negócio para valer. Na Fitur, notamos isso. Estou muito satisfeita com os negócios feitos aqui e otimista com este e os próximos anos. Sinto que está na vez do Brasil e é um privilégio trabalhar na Bahia, pois é um Estado de destaque, de reconhecimento", afirma a empresária.
Ao seu lado, Elisa Mota, também da Grou, acrescenta que, sob a perspectiva dos receptivos, é o momento de entregar a experiência, de fazer o cliente viver o destino. "É isso que o operador quer, menos discurso e mais entrega. A Grou estudou muito, nos últimos anos, sobre a jornada do cliente. Investimos em tecnologia e ajustamos a operação para proporcionar ao cliente a recepção que ele almeja na Bahia", conclui.
O brasileiro se habituou, até de maneira justa, a adotar o ceticismo quando líderes do poder público, sobretudo em novas gestões, rasgam seda a si mesmos e ao governo vigente. Porém, quando a opinião vem da iniciativa privada, que costuma ser tão crítica, vale a pena dar crédito. Será que ultrapassaremos, finalmente, a marca dos seis milhões de estrangeiros no ano?
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