Victor Fernandes   |   14/09/2023 11:43

OMT mostra volta de investimentos no Turismo global

Número de projetos de investimento estrangeiro direto cresceu em 2022, aponta o órgão


Wikicommons
Zurab Pololikashvili, secretário-geral da OMT
Zurab Pololikashvili, secretário-geral da OMT

O investimento no cluster do Turismo global começou a recuperar da pandemia, graças à retomada constante das chegadas de turistas internacionais, de acordo com um relatório recentemente divulgado, produzido conjuntamente pela OMT e pela fDi Intelligence.

O documento, que se baseia em números da fDi Markets, a base de dados proprietária da fDi Intelligence de projetos de investimento estrangeiro direto (IED), bem como em dados de Turismo internacional da OMT, fornece uma visão ampla do ciclo de investimento em curso no setor do Turismo, detalhando os números de investimento por região, segmentos e empresas.

As principais conclusões incluem:

  • Número de projetos de IED cresceu 23%, passando de 286 investimentos em 2021 para 352 em 2022;
  • A criação de empregos no Turismo também aumentou 23% durante o mesmo período, para uma estimativa de 36,4 mil em 2022;
  • A principal região de destino para projetos de IED no Turismo em 2022 foi a Europa Ocidental, com 143 investimentos anunciados num valor combinado estimado de US$ 2,2 bilhões;
  • O número de projetos anunciados na região Ásia-Pacífico aumentou marginalmente 2,4%, para 42 projetos em 2022;
  • O setor da hotelaria e Turismo foi responsável por quase dois terços de todos os projetos do cluster do Turismo entre 2018 e 2022. Os projetos de IED aumentaram 25% de 2021 a 2022.

"Afinal, o investimento estrangeiro direto greenfield no setor do Turismo está mostrando sinais de vida, mas está desaparecendo nos anos de pandemia. Com a covid-19 no passado, o setor não tem tempo a perder na abordagem ao maior desafio dos nossos tempos: as alterações climáticas e a sustentabilidade resultante imperativo", comenta o editor da fDi Intelligence, Jacopo Dettoni.

"Para garantir o crescimento e a competitividade do setor, devem ser feitos investimentos significativos na educação e no talento, por meio da melhoria das competências da força de trabalho profissional e da implementação de programas profissionais e técnicos. Só desta forma poderemos equipar os jovens — dos quais apenas 50% concluíram o ensino secundário educação — com o conhecimento e as capacidades de que necessitam para prosperar no setor. Estes investimentos abrirão então o caminho para uma força de trabalho qualificada que possa proporcionar um crescimento excecional, impulsionar a inovação e, ao adotar tecnologias digitais, aumentar a competitividade e a resiliência do setor do Turismo”.

Zurab Pololikashvili, secretário-geral da OMT


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