Beatrice Teizen   |   21/10/2022 12:00
Atualizada em 21/10/2022 12:05

Turismo brasileiro fatura R$ 17,6 bilhões em agosto

Segmento apresentou melhor resultado para o mês, desde 2015

Alexandre Macieira
Segmento apresentou melhor resultado para o mês, desde 2015
Segmento apresentou melhor resultado para o mês, desde 2015
Em agosto deste ano, o Turismo nacional faturou R$ 17,6 bilhões. Além disso, esta movimentação foi a maior para o mês, desde 2015. Os números são do levantamento mensal do Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A retomada da demanda pelas famílias por viagens e a inflação no setor foram fatores que impulsionaram o crescimento em 30,6%, no oitavo mês do ano. No acumulado em 12 meses, o salto é positivo em 32,9%, uma vez que tanto as famílias quanto as empresas têm retomado os planejamentos de viagens e movimentado toda a cadeia, de forma a aquecer segmentos de lazer e corporativo. Dentre os segmentos, destaque para o transporte aéreo, com crescimento anual de 72,8%. Na comparação com o mesmo período de 2019, pré-pandemia, a alta é de 19,9%.

Apesar do aumento de quase 50% das passagens aéreas em um ano, a demanda continua aquecida. Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) apontam que, em agosto, foram transportados 7,29 milhões de passageiros pagantes. O número é 30% maior que o registrado no oitavo mês de 2021 e se aproxima dos 7,9 milhões contabilizados no mesmo período de 2019.

O grupo de meios de hospedagem e alimentação também apresentou alta de 23,1%. Apesar de estar 6,9% abaixo de 2019, deve superar os resultados desse ano ainda em 2022, segundo o Conselho de Turismo. Os transportes terrestres (ônibus intermunicipal, interestadual e internacional), assim como os trens turísticos e similares, registraram um faturamento 16,8% maior. As demais elevações foram vistas nos grupos de atividades culturais, recreativas e esportivas (13,3%) e no transporte aquaviário (16,5%).

Divulgação

INFLAÇÃO
Apesar de a inflação contribuir para que as empresas ligadas ao Turismo faturem mais, o ponto negativo é que empresas em geral e consumidores também gastam mais para os mesmos tipos de serviços que adquiriam há um ano. Sendo assim, não há, necessariamente, um ganho de produtividade.

O levantamento da FecomercioSP aponta que a inflação para o turista subiu 24,35% em um ano. Independentemente da sobrecarga da inflação no resultado do faturamento, a pesquisa assegura que a retomada consistente dos turismos nacionais de lazer e corporativo deve ser comemorada. Afinal, as perspectivas são positivas para até o fim do ano.

Na opinião de Mariana Aldrigui, presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP, “os resultados positivos são evidências da relevância que o turismo tem no orçamento familiar e das empresas, apesar da inflação. A clara relação entre disponibilidade de recursos e realização de viagens e eventos deve ser levada em conta nas futuras políticas estaduais e federal para que os efeitos negativos da pandemia sejam substituídos por mais empregos e maior arrecadação.”

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