Beatrice Teizen   |   28/12/2021 15:16
Atualizada em 28/12/2021 16:17

Novembro registra maior saldo de contratações em Turismo

Dados são do Monitora Turismo, elaborados a partir de números do CAGED

PANROTAS / Emerson Souza
Mariana Aldrigui, do Monitora Turismo
Mariana Aldrigui, do Monitora Turismo
Em mais um ano de grande oscilação em função da pandemia e da economia brasileira, novembro é o mês com o melhor resultado no saldo de empregos formais, como apontam os dados do Monitora Turismo, elaborados a partir de números do CAGED.

Somente em outubro de 2021 o setor conseguiu, finalmente, recuperar (em número de vagas) as perdas da pandemia, embora as novas vagas geradas sejam, em sua maioria, com salários mais baixos. Já em novembro, o saldo foi de 38.959 vagas formais, representando 12% do total de empregos gerados no País.

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Ao analisar os dados de todos os meses de 2020 e 2021, o setor de Turismo registra 1.950.127 admissões e 1.906.030 demissões, com saldo positivo de 44.096 vagas formais, porém representando apenas 1,39% do saldo total de vagas geradas no Brasil, e com concentração nas atividades compartilhadas e indiretas.

Para Mariana Aldrigui, autora da pesquisa, “as diferentes realidades do Brasil estão claramente manifestadas nos resultados do mês de novembro. O Turismo doméstico de lazer foi o principal responsável pela geração de empregos ao longo do ano, e a reprogramação de eventos sociais, e alguns eventos de negócios, pelo salto nos últimos dois meses. Cidades com menor diversidade na oferta de produtos e serviços podem ainda estar com números ruins”

“O ponto importante é entendermos que o setor de Turismo é extremamente frágil e dependente de uma combinação de fatores externos para florescer – boas condições sanitárias/gestão da pandemia, disponibilidade de renda, estabilidade econômica e percepção de segurança em relação aos próximos meses. Todos sabemos, porém, que nenhuma destas condições está garantida para 2022, e os empresários do setor precisarão ser extremamente cautelosos.”

Estados como Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul ainda não conseguiram recuperar as vagas perdidas desde março de 2020. São Paulo, Minas Gerais e Ceará, por sua vez, já têm bons resultados especialmente em função das viagens de curta distância realizadas ao longo do ano.

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