Pandemia interrompe crescimento das mulheres no empreendedorismo
No terceiro trimestre de 2020, presença feminina entre os donos de negócio caiu quase um ponto percentual
De acordo com um levantamento do Sebrae, a pandemia de covid-19 interrompeu um crescimento consistente, desde 2016, da participação das mulheres no empreendedorismo no País. No terceiro trimestre do ano passado, a proporção de mulheres entre os donos de negócio caiu quase um ponto percentual em comparação com o mesmo período de 2019.
No terceiro trimestre de 2020 havia cerca de 25,6 milhões de donos de negócio no Brasil. Desse universo, aproximadamente de 8,6 milhões eram mulheres (33,6%). Em 2019, a presença feminina correspondia a 34,5% do total de empreendedores – o que representou uma perda de 1,3 milhão de mulheres à frente de um negócio.
Para a coordenadora do Projeto Sebrae Delas, Renata Malheiros, a ruptura dessa crescente participação das mulheres no empreendedorismo está diretamente ligada a traços da cultura brasileira que ainda persistem e que acabam por responsabilizar as mulheres pela maior parte das tarefas domésticas.
“De acordo com um estudo do IBGE, em 2019 as mulheres dedicaram 10,4 horas por semana a mais que os homens aos afazeres da casa. Com a pandemia, essa situação foi agravada. As crianças permaneceram mais tempo em casa ao longo de 2020 e os idosos exigiram mais cuidados por parte da família. Essas tarefas, além daquelas que já eram depositadas nos ombros das mulheres, comprometeram a dedicação das empresárias ou potenciais empreendedoras” comenta Renata.
MAIS INOVADORAS
A 9ª Pesquisa de Impacto do coronavírus nos pequenos negócios, realizada pelo Sebrae em parceria com a FGV, já indicava que as mulheres empreendedoras foram mais prejudicadas do que os homens no que diz respeito ao faturamento mensal – 75% delas acusaram diminuição contra 71% dos homens.
Isso aconteceu apesar de as empreendedoras terem sido mais proativas do que os homens no lançamento de novos produtos (46% delas passaram a comercializar novos produtos/serviços, contra 41% dos empresários). Elas também se mostraram mais tecnológicas, com 76% fazendo uso das redes sociais, aplicativos ou internet na venda de seus produtos/serviços, enquanto 67% dos homens utilizam esses canais.
No terceiro trimestre de 2020 havia cerca de 25,6 milhões de donos de negócio no Brasil. Desse universo, aproximadamente de 8,6 milhões eram mulheres (33,6%). Em 2019, a presença feminina correspondia a 34,5% do total de empreendedores – o que representou uma perda de 1,3 milhão de mulheres à frente de um negócio.
Para a coordenadora do Projeto Sebrae Delas, Renata Malheiros, a ruptura dessa crescente participação das mulheres no empreendedorismo está diretamente ligada a traços da cultura brasileira que ainda persistem e que acabam por responsabilizar as mulheres pela maior parte das tarefas domésticas.
“De acordo com um estudo do IBGE, em 2019 as mulheres dedicaram 10,4 horas por semana a mais que os homens aos afazeres da casa. Com a pandemia, essa situação foi agravada. As crianças permaneceram mais tempo em casa ao longo de 2020 e os idosos exigiram mais cuidados por parte da família. Essas tarefas, além daquelas que já eram depositadas nos ombros das mulheres, comprometeram a dedicação das empresárias ou potenciais empreendedoras” comenta Renata.
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A 9ª Pesquisa de Impacto do coronavírus nos pequenos negócios, realizada pelo Sebrae em parceria com a FGV, já indicava que as mulheres empreendedoras foram mais prejudicadas do que os homens no que diz respeito ao faturamento mensal – 75% delas acusaram diminuição contra 71% dos homens.
Isso aconteceu apesar de as empreendedoras terem sido mais proativas do que os homens no lançamento de novos produtos (46% delas passaram a comercializar novos produtos/serviços, contra 41% dos empresários). Elas também se mostraram mais tecnológicas, com 76% fazendo uso das redes sociais, aplicativos ou internet na venda de seus produtos/serviços, enquanto 67% dos homens utilizam esses canais.