Filip Calixto   |   27/10/2020 12:16

Viajala aponta como a pandemia mudou o viajante

Estudo do Viajala mostra tendências e o perfil do viajante no pós-pandemia

Há mais de sete meses a OMS (Organização Mundial da Saúde) classificou o novo coronavírus como pandemia. E, desde então, muita coisa mudou, sobretudo na indústria do Turismo. Medidas de isolamento social acabaram por desacelerar a indústria de viagens e o comportamento do turista ganhou alguns traços adaptados ao momento como a busca por passagens mais baratas, a menor antecedência no planejamento das férias e a busca por experiências exclusivas.

Essas e outras características, trazidas pelo contexto de pandemia, estão na pesquisa Barômetro Viajala, que este ano tem os efeitos da pandemia como fator de análise. A amostragem para a produção do estudo foi de dez milhões de buscas feitas entre 15 de abril e 15 de outubro de 2019 e de 2020 nos seguintes países: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru. No Brasil, a amostragem é de três milhões de buscas.

Unsplash/Yousef Alfuhigi
O Barômetro Viajala este ano tem os efeitos da pandemia como fator de análise
O Barômetro Viajala este ano tem os efeitos da pandemia como fator de análise
Conforme conta o VP de Vendas e co-fundador do Viajala, Josian Chevallier, são cinco as principais mudanças de comportamento para o novo normal na indústria de viagens. São elas: aceleração de tecnologias; criação de políticas de flexibilidade na aquisição de passagens, diárias e produtos; maior procura por experiências exclusivas; desenvolvimento de viagens de cunho sustentável; e crescimento das viagens domésticas.

Notando as mudanças de comportamento que são cada vez mais presentes, o executivo enfatizou ainda mais uma característica de momento. “Identificamos também a presença de um viajante mais improvisado, que descobriu, mesmo que forçadamente, a possibilidade de realizar suas viagens com pouca antecedência e para locais próximos”, aponta.

Esse aspecto apontado pelo VP pode ser visto em um número. Segundo aponta o barômetro, as pessoas que buscaram passagens nacionais de ida e volta durante a pandemia o fizeram com uma antecedência 24% menor em relação à data da viagem.

PASSAGENS MAIS BARATAS E SÓ DE IDA
O levantamento mostra também a diminuição das tarifas aéreas durante os últimos meses. A queda média de preço dos voos no Brasil durante a pandemia foi de 22%.

Nas principais rotas com origem em São Paulo, registrou-se queda de 18%, e no Rio de Janeiro, de 26%. Se considerarmos só o mês de julho, alta temporada e período de pico do covid no Brasil, essas quedas passam a ser de 45% e 47%, respectivamente.

A maior vendas nas passagens só de ida também teve destaque. A pesquisa nacional só de um trecho aumentou de 21% para 34%, o que corresponde a um incremento de 60%. “A incerteza das rotas disponíveis e os preços baixos fizeram aumentar a porcentagem de busca nas viagens com passagens só de ida”, explica Chevallier.

SERGIPE EM DESTAQUE
A busca por destinos mais exclusivos e a queda no preços das tarifas criou uma conjuntura, segundo aponta o estudo, para tornar a capital sergipana, Aracajú, o destinos mais procurado no momento.

O recorte nacional da análise apontou que Aracaju apresentou aumento de 35% na procura dos viajantes brasileiros da plataforma durante a pandemia, em comparação com o mesmo período do ano passado, e registrou uma queda no preço médio de 32%.

A passagem ficou ainda mais barata para quem sai do Rio de Janeiro: a queda do preço foi de 50% de um ano para o outro.

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