Em live, hoteleiros comprovam dados de pesquisa do TRVL LAB
Reunião virtual repercutiu a terceira edição da pesquisa PULSO TURISMO E COVID-19.
Em sua terceira edição, a pesquisa PULSO TURISMO E COVID-19, do TRVL LAB, volta a analisar os efeitos da pandemia na insdústria de Viagens e Turismo no Brasil. Os apontamentos do estudo, feito com viajantes e empresários de Turismo, em duas amostragens separadas, foram repercutidos hoje (4), em live no Portal e Facebook PANROTAS. Na reunião virtual, Carolina Sass de Haro, da MAPIE e TRVL LAB, e José Guilherme Alcorta, da PANROTAS e TRVL LAB, receberam Francisco Neto, da Aviva, e de Rafael Peccin, do Grupo Casa Hotéis, do Rio Grande do Sul, que analisaram o momento, as ações da redes hoteleiras que representam e os caminhos apontados pela pesquisa.
O bate-papo começou mostrando os principais resultados da pesquisa que ouviu, no começo de julho, 419 viajantes e 300 empresas de Turismo (85% delas agências de viagens). Carolina contou que nessa edição, houve inclusão de novas perguntas (por exemplo, sobre os canais de compra das viagens pelos passageiros) e maior participação de viajantes em comparação com os estudos anteriores, realizados entre março (mês da primeira pesquisa) e maio (período da segundo relatório).
"Nessa pesquisa notamos que a confiança segue sendo a palavra-chave para este momento de retomada e nosso papel como indústria é trabalhar para transmitir essa segurança entendendo o novo modelo de mercado", pontua a executiva. Mais que números e tendências, Carolina ainda apontou alguns dos 15 insigths trazidos pelo documento e indicados como oportunidades. "As viagens regionais, principalmente em direção a destinos que estejam a 200 quilômetros da cidade de origem, são uma tendência", reforça.
O apontamento também foi observado por Rafael Peccin, do Grupo Casa Hotéis, que concentra sua atuação na Serra Gaúcha. De acordo ele, na reabertura o grupo tem notado a presença de clientes vindos de cidades próximas, com tendência a buscar produtos premium e bem informados sobre a situação de saúde pública do destino. "Os produtos upscale têm sido os mais procurados, isso significa que os viajantes que voltaram a fazer Turismo são os de maior poder aquisitivo", diz.
Na Aviva, que já tem seus dois resorts (Costa do Sauípe, na Bahia, e Rio Quente Resorts, em Goiás) reabertos, a observação também está de acordo com os apontamentos da pesquisa, segundo comenta Francisco Neto. "No Rio Quente nos beneficiamos por estar em uma região onde o acesso rodoviário é fácil, inclusive já tivemos que abrir um segundo hotel do complexo. E em Sauípe nossa vantagem é estar no Nordeste que é um produto desejado pela maioria dos viajantes", afirma.
ADESÃO AOS PROTOCOLOS
Sobre o comportamento dos clientes que já voltaram a frequentar os hotéis, a avaliação dos gestores é que, em linhas gerais, as novas normas são bem aceitas. "Quem tivesse procedimentos mais estruturados antes da obrigatoriedade desses protocolos teria vantagem competitiva. E temos um trabalho feito nesse sentido há três anos, por isso a aderência tem sido boa. Esse é o primeiro ponto que nos facilita nesse novo momento. O segundo é que que tivemos muita cautela e trabalhamos em linha com a comunidade, entendendo que esse vaivém, de abertura e fechamento das atividades, podia acontecer", revela Neto.
De acordo com o gestor, o apoio da comunidade e as boas ações das gestões municipais também ajudaram na implementação dos protocolos dentro dos resorts e na melhor aceitação do cliente.
A rede de Gramado também avalia bem a aderência dos clientes mas vive uma situação diferente do ponto da saúde pública na região. "Quando outros Estados do Brasil viviam o pico do contágio tínhamos números baixos. E quando outras regiões foram baixando fomos vendo os índices aumentarem", afirma. Atualmente, a região vive uma abertura parcial da atividades mas nos últimos dois meses alguns casos de cancelamento de reservas forma necessários.
"Em junho, quando a pandemia começou a apertar, e isso começou mais tarde aqui, chegamos a ter muitas vendas que não foram entregues porque a cidade voltou a fechar estabelecimentos", lembra. Segundo Peccin, em resumo, as mudanças de rotina foram pensadas primeiro considerando a boa e segura condição de trabalho para os funcionários e a partir daí as regras foram ampliadas para o atendimento.
LEGADO
Os executivos ainda lembraram que a crise ocasionada pela pandemia é capaz gerar um momento de oportunidades, valorização de algumas funções do mercado de viagens e práticas que chegam para ficar. A maior parte delas está relacionada à tecnologia, conforme aponta Carolina. "Muita coisa que está em vigor agora fica. E a tecnologia deve ajudar muito, a tornar a experiência mais rápida e segura", aponta.
Outras heranças positivas deixadas pelo momento dizem respeito ao papel dos trabalhadores do setor. De acordo com Neto, a crise atual pode ser transformada em oportunidade para agentes de viagens, que terão seu trabalho mais valorizado se tiverem informações precisas. "Se ele conhece o cliente e tem informação do destino, sairá à frente", pontua. "Temos trabalhado muito em conteúdo podcasts, lives e vários meios para oferecer essas informações. prover conteúdo. A missão do setor todo é informar, esse é o essencial e o desafio é fazer isso de forma sistêmica", completa.
Confira abaixo a íntegra da live realizada hoje:
O bate-papo começou mostrando os principais resultados da pesquisa que ouviu, no começo de julho, 419 viajantes e 300 empresas de Turismo (85% delas agências de viagens). Carolina contou que nessa edição, houve inclusão de novas perguntas (por exemplo, sobre os canais de compra das viagens pelos passageiros) e maior participação de viajantes em comparação com os estudos anteriores, realizados entre março (mês da primeira pesquisa) e maio (período da segundo relatório).
"Nessa pesquisa notamos que a confiança segue sendo a palavra-chave para este momento de retomada e nosso papel como indústria é trabalhar para transmitir essa segurança entendendo o novo modelo de mercado", pontua a executiva. Mais que números e tendências, Carolina ainda apontou alguns dos 15 insigths trazidos pelo documento e indicados como oportunidades. "As viagens regionais, principalmente em direção a destinos que estejam a 200 quilômetros da cidade de origem, são uma tendência", reforça.
O apontamento também foi observado por Rafael Peccin, do Grupo Casa Hotéis, que concentra sua atuação na Serra Gaúcha. De acordo ele, na reabertura o grupo tem notado a presença de clientes vindos de cidades próximas, com tendência a buscar produtos premium e bem informados sobre a situação de saúde pública do destino. "Os produtos upscale têm sido os mais procurados, isso significa que os viajantes que voltaram a fazer Turismo são os de maior poder aquisitivo", diz.
Na Aviva, que já tem seus dois resorts (Costa do Sauípe, na Bahia, e Rio Quente Resorts, em Goiás) reabertos, a observação também está de acordo com os apontamentos da pesquisa, segundo comenta Francisco Neto. "No Rio Quente nos beneficiamos por estar em uma região onde o acesso rodoviário é fácil, inclusive já tivemos que abrir um segundo hotel do complexo. E em Sauípe nossa vantagem é estar no Nordeste que é um produto desejado pela maioria dos viajantes", afirma.
ADESÃO AOS PROTOCOLOS
Sobre o comportamento dos clientes que já voltaram a frequentar os hotéis, a avaliação dos gestores é que, em linhas gerais, as novas normas são bem aceitas. "Quem tivesse procedimentos mais estruturados antes da obrigatoriedade desses protocolos teria vantagem competitiva. E temos um trabalho feito nesse sentido há três anos, por isso a aderência tem sido boa. Esse é o primeiro ponto que nos facilita nesse novo momento. O segundo é que que tivemos muita cautela e trabalhamos em linha com a comunidade, entendendo que esse vaivém, de abertura e fechamento das atividades, podia acontecer", revela Neto.
De acordo com o gestor, o apoio da comunidade e as boas ações das gestões municipais também ajudaram na implementação dos protocolos dentro dos resorts e na melhor aceitação do cliente.
A rede de Gramado também avalia bem a aderência dos clientes mas vive uma situação diferente do ponto da saúde pública na região. "Quando outros Estados do Brasil viviam o pico do contágio tínhamos números baixos. E quando outras regiões foram baixando fomos vendo os índices aumentarem", afirma. Atualmente, a região vive uma abertura parcial da atividades mas nos últimos dois meses alguns casos de cancelamento de reservas forma necessários.
"Em junho, quando a pandemia começou a apertar, e isso começou mais tarde aqui, chegamos a ter muitas vendas que não foram entregues porque a cidade voltou a fechar estabelecimentos", lembra. Segundo Peccin, em resumo, as mudanças de rotina foram pensadas primeiro considerando a boa e segura condição de trabalho para os funcionários e a partir daí as regras foram ampliadas para o atendimento.
LEGADO
Os executivos ainda lembraram que a crise ocasionada pela pandemia é capaz gerar um momento de oportunidades, valorização de algumas funções do mercado de viagens e práticas que chegam para ficar. A maior parte delas está relacionada à tecnologia, conforme aponta Carolina. "Muita coisa que está em vigor agora fica. E a tecnologia deve ajudar muito, a tornar a experiência mais rápida e segura", aponta.
Outras heranças positivas deixadas pelo momento dizem respeito ao papel dos trabalhadores do setor. De acordo com Neto, a crise atual pode ser transformada em oportunidade para agentes de viagens, que terão seu trabalho mais valorizado se tiverem informações precisas. "Se ele conhece o cliente e tem informação do destino, sairá à frente", pontua. "Temos trabalhado muito em conteúdo podcasts, lives e vários meios para oferecer essas informações. prover conteúdo. A missão do setor todo é informar, esse é o essencial e o desafio é fazer isso de forma sistêmica", completa.
Confira abaixo a íntegra da live realizada hoje: