Juliana Monaco   |   08/07/2020 15:47

CNC reduz para 9,2% projeção de queda no varejo em 2020

A queda do isolamento social e as estratégias de e-commerce ajudaram o setor a repor parte de suas perdas.


Wikipedia
Desde o início da pandemia, os prejuízos do setor alcançaram R$ 240,8 bilhões
Desde o início da pandemia, os prejuízos do setor alcançaram R$ 240,8 bilhões
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou para 9,2% a previsão de retração no volume das vendas no varejo ampliado em 2020. No varejo restrito (que exclui os ramos automotivo e de construção), a projeção também diminuiu de 8,7% para 6,3%. As estimativas foram feitas com base nos dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) de maio, divulgada pelo IBGE nesta quarta-feira (8).

A queda do isolamento social e a adoção de estratégias de e-commerce ajudaram o varejo a repor parte das perdas impostas pela covid-19 até o momento. Com o início da flexibilização da quarentena, o setor deverá avançar também em junho. "Mantida a tendência gradual de abertura dos estabelecimentos comerciais, o setor deverá apresentar perdas menos acentuadas nos próximos meses. Contudo, mesmo em um cenário mais próximo à normalidade operacional, a recuperação da atividade comercial ainda dependerá dos impactos da crise sobre variáveis condicionantes do consumo, como o mercado de trabalho, a oferta e a demanda de crédito e o nível de confiança dos consumidores", afirmou o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

De acordo com a PMC, o volume de vendas no varejo cresceu 13,9% em relação à abril, mas a alta foi insuficiente para o setor recuperar as perdas de março (-2,8%) e abril (-16,3%). No conceito ampliado, houve evolução ainda maior (19,6%) - o primeiro avanço em três meses. Todas as atividades registraram crescimento, com destaque para os segmentos considerados não essenciais, como tecidos, vestuário e calçados (100,6%); veículos, motos, partes e peças (51,7%); e móveis e eletrodomésticos (47,5%).

Desde o início da pandemia até o fim de junho, os prejuízos do setor com a crise alcançaram R$ 240,8 bilhões. De acordo com os cálculos da CNC, o início do processo de flexibilização em diversas regiões do País reduziu em R$ 13,3 bilhões os prejuízos do comércio em junho.

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