Comércio perdeu R$ 40,9 bilhões nos últimos 12 meses
A taxa de juros, que em dezembro de 2018 havia atingido seu nível mais baixo (29% ao ano) desde setembro de 2013, voltou a subir nos quatro primeiros meses do ano
Um estudo realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostrou que o comércio varejista poderia ter vendido R$ 40,9 bilhões a mais nos 12 meses anteriores a abril caso o corte na taxa básica de juros tivesse sido repassado integralmente para as taxas de juros na ponta cobrada do consumidor.
Com base na elasticidade entre o custo de crédito ao cliente final e a concessão de recursos, a CNC estimou que as concessões de crédito teriam crescido nominalmente 18%, e não 10,3% como revelam os dados oficiais do Banco Central. A taxa de juros, que em dezembro do ano passado havia atingido seu nível mais baixo (29% ao ano) desde setembro de 2013, voltou a subir durante os quatro primeiros meses do ano, alcançando 31,7%.
“Para o consumidor, o não repasse integral da queda dos juros básicos às taxas finais representou um maior peso na parcela mensal dos financiamentos, especialmente diante da relativa estabilidade da massa de rendimentos nos últimos 12 meses. Neste cenário, a queda modesta dos juros drenou recursos do setor produtivo para o setor financeiro”, explicou o economista-chefe da CNC, Fabio Bentes.
“Ademais, a baixa concorrência no mercado financeiro do País é um dos principais fatores explicativos da limitada aderência entre os juros básicos e os custos finais de crédito”, completou Bentes, que ainda destacou fatores como custos de captação, inadimplência, tributação, despesas administrativas e margem financeira dos bancos para explicar a evolução dos spreads bancários no Brasil.
De acordo com a CNC, os setores nos quais o grau de dependência das condições de crédito tende a ser maior foram os mais afetados pela não linearidade no corte da taxa final, tendo o comércio automotivo ocupado a primeira colocação, com uma perda estimada em R$ 23 bilhões, cerca de 56% da perda total do varejo. Na sequência, apareceram os ramos de materiais de construção, com 14% do total, o de móveis e eletrodomésticos, com 8,3% e o segmento de vestuário e calçados, com 6,6%.
Para acessar o relatório completo da CNC, clique aqui.
Com base na elasticidade entre o custo de crédito ao cliente final e a concessão de recursos, a CNC estimou que as concessões de crédito teriam crescido nominalmente 18%, e não 10,3% como revelam os dados oficiais do Banco Central. A taxa de juros, que em dezembro do ano passado havia atingido seu nível mais baixo (29% ao ano) desde setembro de 2013, voltou a subir durante os quatro primeiros meses do ano, alcançando 31,7%.
“Para o consumidor, o não repasse integral da queda dos juros básicos às taxas finais representou um maior peso na parcela mensal dos financiamentos, especialmente diante da relativa estabilidade da massa de rendimentos nos últimos 12 meses. Neste cenário, a queda modesta dos juros drenou recursos do setor produtivo para o setor financeiro”, explicou o economista-chefe da CNC, Fabio Bentes.
“Ademais, a baixa concorrência no mercado financeiro do País é um dos principais fatores explicativos da limitada aderência entre os juros básicos e os custos finais de crédito”, completou Bentes, que ainda destacou fatores como custos de captação, inadimplência, tributação, despesas administrativas e margem financeira dos bancos para explicar a evolução dos spreads bancários no Brasil.
De acordo com a CNC, os setores nos quais o grau de dependência das condições de crédito tende a ser maior foram os mais afetados pela não linearidade no corte da taxa final, tendo o comércio automotivo ocupado a primeira colocação, com uma perda estimada em R$ 23 bilhões, cerca de 56% da perda total do varejo. Na sequência, apareceram os ramos de materiais de construção, com 14% do total, o de móveis e eletrodomésticos, com 8,3% e o segmento de vestuário e calçados, com 6,6%.
Para acessar o relatório completo da CNC, clique aqui.