Bruno De Lima   |   28/01/2019 12:20

Consumidor de SP está mais confiante, diz Fecomercio

A maior alta, segundo a entidade, foi no confiança dos consumidores do gênero masculino e que recebem menos de dez salários mínimos mensalmente.

Os resultados do Índice de Confiança do Consumidor (ICC) paulistano apontam um cenário de melhora no otimismo econômico da população. Nesta edição, o indicador obteve leve alta de 0,7%, passando de 127,8 pontos em dezembro para 128,6 pontos em janeiro. Em relação ao mesmo período de 2017, o indicador avançou 10%. A escala de pontuação do índice varia de zero (pessimismo total) até 200 pontos (otimismo total) e conta com dados coletados de aproximadamente 2,1 mil consumidores

O relatório, elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) mensalmente, é uma importância fonte de informação para se identificar o humor dos consumidores em relação as suas condições financeiras atuais e suas perspectivas para o futuro. Ambas informações são analisadas separadamente em dois indicadores: o Índice das Condições Econômicas Atuais (Icea) e o Índice de Expectativas do Consumidor (IEC). São estes dois quesitos juntos que compõem o ICC.

No relatório deste mês, o ICEA apresentou um aumento de 95,9 pontos (dezembro) para 96,3% (janeiro), valores que equivalem a uma alta de 0,4%. Já o IEC avançou de 0,8%, indo de 149,1 pontos para 150,2. No comparativo anual, ambos registraram altas de 7% e 11,3% respectivamente.

Segundo a Fecomercio-SP, homens que possuem renda inferior a dez salários mínimos são os mais confiantes com sua situação financeira atual.
Segundo a Fecomercio-SP, homens que possuem renda inferior a dez salários mínimos são os mais confiantes com sua situação financeira atual.
ANÁLISE POR GÊNERO E RENDA
O resultado do Icea também destaca os crescimentos observados na classe de renda e no corte por gênero. A percepção dos consumidores com renda familiar inferior a dez salários mínimos em relação às condições econômicas atuais registrou alta de 2%, de 89,8 pontos em dezembro para 91,3 pontos janeiro. Os consumidores acima desse patamar sofreram queda de 2,4%, passando de 108,8 pontos em dezembro para os 106,1 pontos em janeiro.

Na segmentação por gênero, o grupo masculino foi destaque nas altas (7,3%): de 99,5 pontos em dezembro para 106,8 pontos em janeiro. Já o público feminino sofreu queda de 7%, de 92,2 pontos em dezembro para 85,8 pontos em janeiro.

A explicação para estes resultados, segundo a Fecomercio-SP, seria a alta do dólar de dezembro. Como consequência, o custo dos alimentos aumentou, impactando o grupo feminino de consumidores – geralmente responsável pelo orçamento doméstico. Já a alta nos eletrônicos e eletrodomésticos diminuiu a confiança do grupo de pessoas com renda superior a dez salários mínimos, que na maioria das vezes são mais propensas a adquirir itens de maior valor agregado.

Apesar disto, no aspecto geral, o cenário ainda é positivo. Famílias ainda se mostram mais seguras nos âmbitos social e econômico e com expectativas positivas ao novo governo. Esse cenário também é acompanhado por um aumento por parte dos empresários, que também estão mais confiantes na economia.

Para a Fecomercio, a recuperação do emprego e da renda continuará sendo fundamental para o crescimento desta confiança e deve acelerar de forma mais consistente o poder de compra dos consumidores, assim como o ciclo de consumo.

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