BC e Ipea preveem crescimento econômico para 2019
Quadro macroeconômico se mostrou volátil em razão das incertezas do processo eleitoral e das condições externas menos favoráveis aos países emergentes
O Banco Central (BC) manteve a projeção para o crescimento da economia em 2019. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no País, ficou em 2,4%, de acordo com o Relatório Trimestral de Inflação divulgado nesta quinta-feira (2). Já para o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o crescimento no próximo ano será de 2,7%, enquanto a inflação deverá fechar em 4,1%.
“Conforme destacado no Relatório de Inflação de setembro, essa projeção é condicionada ao cenário de continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira, notadamente de natureza fiscal”, destacou o Banco Central via Agência Brasil.
O diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do instituto, José Ronaldo de Souza, também condiciona esse crescimento à implementação de reformas que viabilizem o equilíbrio das contas públicas no médio prazo, principalmente a da Previdência.
“A Previdência é o principal item de despesa do governo, porque ela tem um crescimento projetado explosivo, ao contrário de outros que se mantêm sob controle”, disse Souza.
De acordo com os estudos do Banco Central, as previsões de crescimento para agropecuária e indústria foram mantidas em 2% e 2,9%, respectivamente. No setor de comércio e serviços, houve ligeira alta na projeção, de 2% para 2,1%. Já a estimativa para o consumo das famílias é de uma alta de 2,5%.
“A alta deve ser de 0,8% na indústria, 0,6% na agropecuária e de 1,4% em serviços. O investimento previsto no setor industrial é de 4,4%. O consumo das famílias deve expandir 1,9%, ao passo que o consumo do governo deve permanecer praticamente estagnado”, contrapõe o diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea.
Diante de perspectiva de desaceleração da economia global, o BC reviu sua estimativa para o crescimento das exportações, de 6% para 5,7%, enquanto a projeção para as importações passou de 5,9% para 6,1%.
CONJUNTURA
Segundo a avaliação dos economistas do Ipea, o ajuste fiscal, considerado essencial para que a economia possa deslanchar, pode ser feito por meio de contenção do crescimento dos gastos públicos. “A redução anual pode chegar a cerca de R$ 100 bilhões em 2022, com reformas que reduzam o crescimento das despesas obrigatórias do governo federal”.
O entendimento dos economistas do instituto é de que “o comportamento da economia brasileira nos últimos meses refletiu os choques e as incertezas que impactaram a atividade econômica e os mercados financeiros no período, contribuindo para que o crescimento tenha se mantido relativamente baixo – não obstante o resultado relativamente forte do produto interno bruto (PIB) no terceiro trimestre”.
A avaliação é de que o quadro macroeconômico se mostrou volátil em razão, principalmente, das incertezas do processo eleitoral e das condições externas menos favoráveis aos países emergentes.
A eclosão da greve dos caminhoneiros no segundo trimestre do ano certamente afetou de forma negativa o ritmo de retomada da atividade econômica, mas este desempenho decepcionante deveu-se primordialmente a outros fatores, aponta o estudo.
“Conforme destacado no Relatório de Inflação de setembro, essa projeção é condicionada ao cenário de continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira, notadamente de natureza fiscal”, destacou o Banco Central via Agência Brasil.
O diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do instituto, José Ronaldo de Souza, também condiciona esse crescimento à implementação de reformas que viabilizem o equilíbrio das contas públicas no médio prazo, principalmente a da Previdência.
“A Previdência é o principal item de despesa do governo, porque ela tem um crescimento projetado explosivo, ao contrário de outros que se mantêm sob controle”, disse Souza.
De acordo com os estudos do Banco Central, as previsões de crescimento para agropecuária e indústria foram mantidas em 2% e 2,9%, respectivamente. No setor de comércio e serviços, houve ligeira alta na projeção, de 2% para 2,1%. Já a estimativa para o consumo das famílias é de uma alta de 2,5%.
“A alta deve ser de 0,8% na indústria, 0,6% na agropecuária e de 1,4% em serviços. O investimento previsto no setor industrial é de 4,4%. O consumo das famílias deve expandir 1,9%, ao passo que o consumo do governo deve permanecer praticamente estagnado”, contrapõe o diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea.
Diante de perspectiva de desaceleração da economia global, o BC reviu sua estimativa para o crescimento das exportações, de 6% para 5,7%, enquanto a projeção para as importações passou de 5,9% para 6,1%.
CONJUNTURA
Segundo a avaliação dos economistas do Ipea, o ajuste fiscal, considerado essencial para que a economia possa deslanchar, pode ser feito por meio de contenção do crescimento dos gastos públicos. “A redução anual pode chegar a cerca de R$ 100 bilhões em 2022, com reformas que reduzam o crescimento das despesas obrigatórias do governo federal”.
O entendimento dos economistas do instituto é de que “o comportamento da economia brasileira nos últimos meses refletiu os choques e as incertezas que impactaram a atividade econômica e os mercados financeiros no período, contribuindo para que o crescimento tenha se mantido relativamente baixo – não obstante o resultado relativamente forte do produto interno bruto (PIB) no terceiro trimestre”.
A avaliação é de que o quadro macroeconômico se mostrou volátil em razão, principalmente, das incertezas do processo eleitoral e das condições externas menos favoráveis aos países emergentes.
A eclosão da greve dos caminhoneiros no segundo trimestre do ano certamente afetou de forma negativa o ritmo de retomada da atividade econômica, mas este desempenho decepcionante deveu-se primordialmente a outros fatores, aponta o estudo.
*Fonte: Agência Brasil