Janize Colaço   |   10/09/2018 16:30

Nicarágua: chegada internacional cai 61% por conflitos políticos

Houve uma queda de 61% das chegadas internacionais

Flickr / Russell Johnson
Iglesia la Merced, em Granada
Iglesia la Merced, em Granada

Uma pesquisa recente realizada pela Forward Keys indica que a instabilidade política da Nicarágua teve um efeito devastador sobre o turismo receptivo no país. Segundo a consultoria, houve uma queda de 61% das chegadas internacionais no período entre abril e julho de 2018.

Recentemente, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) informou que 322 pessoas morreram desde 18 de abril — período em que o conflito teve início. Desse número, 21 eram policiais e outros 23 eram crianças e adolescentes. Além disso, centenas de pessoas continuam presas.

"As notícias e imagens da Nicarágua são terríveis. Embora os turistas não sejam o foco da violência, o que estamos vendo é uma demonstração clara de que a instabilidade política prejudica a imagem de um destino e do seu turismo receptivo", destacou o CEO da Forward Keys, Olivier Jager.

Os principais mercados de origem da América Central e do Caribe são os Estados Unidos, Canadá e a Espanha. No caso da Nicarágua, as chegadas de visitantes desses mercados caíram substancialmente, com uma redução de 67% nas chegadas de estadunidenses entre abril e julho; as chegadas do Canadá caíram 49%, e da Espanha, 47%.

Vale destacar que o Turismo é uma indústria de vital importância no país, uma vez que é responsável por 15% das receitas de exportação, segundo o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC). Antes dos problemas, o WTTC esperava que as receitas das exportações associadas ao Turismo crescessem 7,7% em 2018 — o número é incerto atualmente.

NA VIZINHANÇA
A instabilidade da Nicarágua tem deixado rastros em seus vizinhos. Honduras, que faz fronteira a Noroeste, e a Guatemala, fronteiriça com Honduras também a Noroeste, foram afetados por sua proximidade com o conflito.

As chegadas aéreas em Honduras caíram 5%, enquanto na Guatemala a redução foi de 3% durante o mesmo período. Os desembarques na Costa Rica, em contrapartida, mantiveram um crescimento de 2% em relação ao mesmo período do ano passado.

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