Turismo fecha 7 mil postos de trabalho em junho; veja números
Manteve-se a tendência do desemprego obtida em maio
O setor turístico encerrou o mês de junho com um saldo negativo de 7,7 mil postos de trabalhos. Segundo o estudo Empregabilidade no Turismo, produzido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), os serviços ligados ao Turismo continuaram amargando prejuízos, uma vez que se manteve a tendência do desemprego do mês anterior.
De acordo com o levantamento feito no mês anterior, o número de desempregados foi um pouco maior, atingindo 8,7 mil trabalhadores. Nesses dois meses, o desemprego acumulou 16,5 mil pessoas, reflexo do tamanho do ajuste de diminuição de custos que as empresas realizaram.
“No curto prazo, a melhora do setor vai depender do otimismo dos consumidores quanto às perspectivas do mercado de trabalho, à estabilidade dos preços e à folga para gastos novos nos orçamentos. Também vai depender da capacidade de a economia voltar a crescer”, projeta o economista da CNC, Antonio Everton.
POR ESTADO
O desemprego atingiu todas as regiões, havendo destaque para o Sudeste (-3,8 mil) e Sul (-2,04 mil). Nos sete Estados que compõem as duas áreas, os dois mais ricos, obtiveram quedas acentuadas: Rio de Janeiro, com menos 2.244, e São Paulo, com queda de 1.456 postos de trabalho.
Vale destacar que, em junho, poucos Estados registraram superávit de empregos no setor, sendo eles: Ceará (479), Amazonas (152), Maranhão (53), Mato Grosso (33), Goiás (97) e Espírito Santo (10).
BALANÇO DO SEMESTRE
Apesar do resultado negativo (-11.689), o emprego foi puxado pela movimentação do mercado de trabalho de São Paulo (+7.656). Em contraposição, o Rio de Janeiro foi o Estado que mais cortou oportunidades de trabalho (-6.968). São Paulo foi o local onde o nível de emprego mais avançou, enquanto as empresas turísticas localizadas no Rio de Janeiro foram as mais afetadas pela queda das vendas.
SETORES
Ainda de acordo com a CNC, houve um movimento atípico em relação à empregabilidade nos segmentos. Agentes de viagens (+71), cultura e lazer (+49), assim como locadoras de veículos (+33), empresas aéreas de transporte de passageiros (+305) e ferrovias (+111), foram os segmentos que mais empregaram. Já hospedagem e alimentação impulsionaram o desemprego (-6.269).
A análise completa pode ser conferida aqui.