40% das viagens não são programadas e estão suscetíveis a promoções
Pesquisa da Phocuswright busca revelar motivações de viagens, e descobre que 60% são pré-determinadas (algum evento ou visitas de família, por exemplo) e 40% são abertas a opções
Adivinhar como os viajantes escolhem seus destinos é a pergunta que boa parte das empresas de Turismo quer saber, especialmente as Destination Marketing Organizations (DMOs), responsáveis por promover destinos. Uma pesquisa da Phocuswright, especializada em estudos no setor de Tecnologia e Viagens, buscou solucionar a questão e descobriu que a cada cinco viagens, três têm algum motivo pré-determinado na escolha do destino, como eventos (shows e festivais), visitar uma casa de veraneio ou mesmo para ver a família.
Os outros dois quintos, porém, são o que as empresas promocionais devem atrair: eles não têm compromissos específicos e estão abertos a opções e estímulos, que não têm relação com vínculos pessoais ou obrigações sociais, e podem ser mais facilmente atingidos por campanhas de marketing.
Ainda de acordo com o estudo, este tipo de viajante geralmente tem motivos mais profundos para se conectar com seu destino. Eles podem não saber exatamente onde tirar as próximas férias, mas entre suas principais finalidades estão aprender sobre outras culturas, conhecer atrativos naturais ou participar de atividades de aventura.
Para as empresas de promoção turística, este seria um grupo atraente de viajantes "por várias razões", segundo a Phocuswright. Os consumidores que iniciam o processo de decisão de destino sem ideias pré-determinadas seriam muito mais receptivos a influências externas - ou seja, uma promoção atraente, com o tempo certo e para o público apropriado, pode ser o que convencerá turistas indecisos a conhecerem seu destino.
VIAGENS CULTURAIS E DE AVENTURA DURAM MAIS
Outra descoberta do estudo é que os indivíduos que buscam aventura e enriquecimento cultural tiram, geralmente, férias mais longas do que aqueles que viajam por motivos pré-determinados. "Tudo isso é uma boa notícia para os DMOs: viagens mais longas significam não apenas uma maior conscientização e uma conexão mais profunda com o destino, mas também mais dólares de viagem sendo gastos lá", resumiu a pesquisa.