Leonardo Ramos   |   21/02/2018 18:01

Viagens ao Exterior ficam mais curtas e frequentes em 2017

Duração de viagens internacionais cai 20% (média fica em 8 dias), mas se tornam mais frequentes; gastos devem subir 36% na próxima viagem

Pixabay
Uma pesquisa da Visa realizada em 2017, nomeada Global Travel Intentions (GTI) e divulgada nesta quarta (21), revelou algumas das macro tendências do Turismo global no ano passado ao questionar motivações e táticas de planejamentos de viajantes internacionais em 27 países, incluso o Brasil.

A começar por quanto tempo as pessoas têm passado em uma única viagem. A média global em 2017 ficou em oito noites, uma redução de 20% em quatro anos - em 2013, era de dez noites.

O planejamento de viagens para o exterior, por outro lado, subiu, embora em menor número. A média nos últimos dois anos (2017 e 2016) foi de 2,5 viagens por ano, enquanto que para os próximos dois a previsão é de 2,7 viagens. Neste quesito se destaca a região das Américas, que liderou com uma média de 3,2 viagens no ano passado.

A pesquisa revelou ainda que 11% dos viajantes globais fizeram visitas a múltiplos destinos em uma única viagem (ao menos dois países).

TECNOLOGIA E PAGAMENTOS

O papel da tecnologia no planejamento das viagens e deslocamento nos destinos cresceu, com 83% dos viajantes utilizando o meio on-line com este objetivo, contra 78% em 2015.

A crescente no uso do meio on-line, porém, não chegou com a mesma força nos meios de pagamento, e o método ainda majoritariamente utilizado (77%) é o dinheiro em espécie.

Segundo a pesquisa, porém, queixas ao uso do dinheiro foram feitas, como preocupações relacionadas a roubo ou perda. Além disso, um em cada dez entrevistados tiveram que realizar saques automáticos durante sua viagem, mesmo com a segurança dos caixas estrangeiros sendo uma preocupação para cerca de 20% dos viajantes.

Por fim, a Visa revelou que 87% dos viajantes não gasta todo dinheiro durante as viagens, mas que apenas 29% deles convertem essa sobra de volta para o dinheiro aceito em seu país - o que, segundo a empresa, acarreta uma média global de US$ 123 de "perdas", uma vez que o dinheiro ficará, provavelmente, guardado até uma próxima viagem ao mesmo destino.

GASTOS EM VIAGENS SOBE
Também foi medida uma média global de gastos em viagens internacionais. De acordo com a pesquisa, a média da última viagem ficou em US$ 1,7 mil no mundo todo, quantia que deve subir para US$ 2,4 mil para a próxima viagem - aumento de 36%.

Se destaca no quesito a região Ásia-Pacífico: os gastos devem subir 45%, de US$ 1,6 mil na última viagem para 2,4 mil pretendidos para próxima. Nas região das Américas, o aumento deve ser de 26%, de US$ 2,2 mil para US$ 2,8 mil.

Os viajantes da Arábia Saudita são os que mais gastam em viagens, seja no momento das reservas ou no próprio destino. Eles preveem um investimento de US$ 4,8 mil na próxima viagem internacional - uma redução em relação a última viagem, quando a média foi de US$ 5,3 mil. Em segundo lugar aparecem os chineses, que ao contrário dos sauditas preveem um aumento do investimento: a média esperada é de US$ 4 mil, mais que os US$ 2,9 mil gastos, em média, na última viagem internacional.

Completam a lista dos que mais devem gastar nas próximas viagens os australianos (US$ 3,52 mil), os estadunidenses (US$ 3,5 mil) e os viajantes do Kwait (US$ 3,4 mil).

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