11 coisas que não entendemos em 2023; mas temos esperança em 2024
Do NDC à eleição na Abav Nacional, muita coisa ficou sem explicação este ano
A Retrospectiva PANROTAS 2023 – O Fim da Mágica, mas não da Magia, está no ar e você pode ler clicando aqui ou no final desse artigo.
Além do Top 200 notícias mais lidas do Portal PANROTAS (agrupadas em Top 40 temas), trazemos vários outros rankings e análises do ano que termina esta semana.
Por exemplo, 11 fatos que estamos até agora tentando entender. Será que em 2024 teremos respostas?
Confira abaixo, 11 dos muitos enigmas de 2023:
1 – Entender o NDC e sua aplicação heterogênea.
Era para ser padrão, mas cada companhia aérea lançou mão de uma estratégia, de funcionalidades diferentes e de velocidades distintas. O resultado: muita confusão. A Iata, que criou a “nova capacidade”, lançou a novidade e ficou olhando de longe. Para 2024, a esperança é mais diálogo, mais trabalho a quatro mãos e mais distribuição inteligente.
2 – Entender a política de reciprocidade de vistos do Governo Lula, que tira a competitividade do Turismo brasileiro.
É um Toma lá, Dá cá bastante desigual, que só nos prejudica. Não que os americanos fossem invadir o Brasil encantados com tanta beleza (afinal falta promoção, faltam voos, falta segurança, falta infraestrutura), mas seria um bom caminho. Mas ter um Ministério do Turismo e uma Embratur sem orçamentos respeitáveis parece ser melhor que isenção e visto para visitantes estrangeiros. Não à toa, teve gente que já pediu o chapéu, e voltou para a iniciativa privada. Há esperança? Há. O MTur anunciou orçamento recorde de R$ 500 milhões. Vamos aguardar as ações do plano estratégico.
3 – Entender o alto preço das passagens aéreas.
Bom, nós, do setor, até que entendemos, mas torcemos por mais aviões, menos impostos (alô, Reforma Tributária, que deixou a aviação de fora da alíquota diferenciada), melhores serviços oferecidos (será que o setor realmente escuta e mapeia as dores dos clientes?) e mais flexibilidade por parte das companhias aéreas. Se todos fizeram sua parte (governo, trade, aéreas, consumidor), teremos tarifas mais competitivas.
Leia entrevista com a presidente da Abear, Jurema Monteiro.
4 – Entender o que houve com a eleição da Abav Nacional?
Pois é. Prego que se destaca leva martelada. Diz o ditado popular. Mas a política abaviana está regredindo a anos atrás, quando o objetivo era ter o prestígio do cargo e não a força de uma classe. Por enquanto, temos uma presidente tampão na Abav Nacional. O lado de lá ri à toa (e lado de lá não são as chapas concorrentes, para ficar bem claro).
5 – Entender a desacelerada nas políticas ESG
Por que voltamos a tratar assuntos como sustentabilidade, diversidade, inclusão e luta contra a desigualdade como temas menores e de militância...? Tragédias ambientais, mais desigualdade que nunca no País, uma nação dividida, desperdício de recursos. Políticas de ESG podem e vão mudar e proteger o planeta e a população. Todos nós precisamos delas.
6 – Entender a política do País.
Bem, isso nem em 2024. Mas o Turismo precisa se unir e se organizar para dialogar com esses políticos. Educar, educar, educar, até que o valor dessa indústria venha automaticamente à mente deles na hora de qualquer lei, decreto, votação...
7 – Entender como a mágica de vender viagens sem data chegou tão longe.
Para vender viagens no Brasil precisa ter Cadastur... e nada mais? Ninguém fiscaliza? Ninguém vê que dez dias na Tailândia a R$ 999 não pode ser real? E o Turismo continua apagando incêndios.
8 – Entender a política de segurança nos Estados
Por que governadores têm tratado os problemas de segurança com desleixo, especialmente em grandes cidades turísticas? É inacreditável o que vemos nas ruas das grandes cidades... Ou em notícias de destinos comandados por milicianos ou traficantes. Cidades perigosas não para visitantes, mas para moradores que se sentem inseguros nos carros, em casa, nos restaurantes. Qual o objetivo de tanta omissão? O Turismo continuará fugindo de destinos perigosos.
9 – Entender o caso Braskem, em Alagoas.
Mais um absurdo do planeta Brasil. Desastre ambiental, político, turístico...
10 – Entender o cliente.
Os desafios número 1 de qualquer empresa de Serviços, ou de Turismo. O brasileiro só reclama? O brasileiro é o mais chato dos clientes? O brasileiro quer levar vantagem em tudo? Mas não somos todos brasileiros? Será que a culpa é sempre do jeitinho brasileiro mesmo?
11 – Entender a saída da Tour House da Abracorp.
Um grupo nada numeroso (pouco mais de 20 TMCs) e um racha para animar o final de ano. Além de notas protocolares, silêncio absoluto.
E você? O que mais te intrigou ou te deixou sem entender nada em 2023? Comente com o que te deixou confuso este ano.
Veja as boas notícias do ano no Turismo
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