Ex-Accor e Bourbon propõe terceirização do marketing no Turismo
Adriana Cardoso, fundadora da Cromo Marketing, ressalta a importância da comunicação na atualidade
Com a pandemia, os destinos e as empresas do Turismo tiveram suas operações interrompidas, e, em sua maioria, procuraram forma de se manterem relevantes. A forma mais utilizada foram as ferramentas de marketing e as próprias redes sociais, com o intuito de permanecer no imaginário do viajante. Adriana Cardoso, ex-Accor e Bourbon, ressalta a importância da comunicação na atualidade e propõe a terceirização do marketing para consultorias especializadas. Adriana tem 20 anos de experiência em gestão de Marketing, Comunicação Integrada e Planejamento Estratégico e hoje comanda sua própria consultoria, a Cromo Marketing. Confira abaixo o artigo completo.
É tempo de (re)ver o marketing
Ainda que não possa ser rigorosamente dimensionado em sua amplitude, assim como os efeitos que deixará, o impacto da pandemia na indústria de Turismo é inegável. E, felizmente, ao longo do último mês temos visto a retomada das atividades de forma gradual e a partir de estratégias diferenciadas, como adequação para o homeschooling, para citar algo que entrou na agenda de resorts de todo o Brasil.
Na prática, como o setor vai se estruturar e manter saudável suas operações? Esta é a pergunta que todos estamos nos fazendo como ponto de partida para estratégias de negócios, considerando os inúmeros desafios operacionais, administrativos, de gestão de pessoal e de insumos, além de tantos outros que impactam toda a cadeia, incluindo a importância de uma estratégia de marketing eficaz.
E como racionalizar custos nesta área tão necessária e que também foi altamente impactada – além do Turismo, em tantos outros segmentos econômicos?
O momento atual nos provoca uma reflexão profunda acerca de gestão de custos, recursos e efetividade de ações de marketing. Receitas reduzidas e muitas incertezas em relação ao futuro e ao timing de retomada, de modo geral, fazem com que os empresários, inevitavelmente, cortem custos e ações de marketing, que, à primeira vista, impactam menos no negócio do que custos de serviços ligados ao core business da empresa.
Mas, neste mesmo cenário, o consumidor é implacável e cobra das marcas presença, posicionamento e relacionamento. O espaço na mente dos consumidores é, cada vez mais, volátil, e as marcas que recuarem neste momento desafiador na gestão de recursos terão um trabalho grande para, no futuro, recuperarem seu awareness.
A solução encontrada por muitos se baseia em um modelo já muito usado em outras áreas nas empresas: a terceirização. Empresários, não só na área de Turismo e entretenimento, mas, em outros segmentos têm apostado neste modelo como uma forma de garantir eficiência e assertividade nas ações, sem pesar sua estrutura de funcionários e, consequentemente seus custos.
Pensemos em modelos tradicionais, nos quais as empresas contam (ou contavam) com grandes estruturas de marketing, organizadas a partir de várias células que trabalham (ou trabalhavam) subordinadas a um gestor principal. A percepção inicial é que, com esta estrutura, a empresa tem o domínio do processo completo e que há garantia do resultado do trabalho, afinal, os profissionais envolvidos estarão 100% do tempo focados no negócio da empresa.
Por outro lado, há uma estrutura de custos bastante pesada neste modelo. Salários, encargos, espaço físico, treinamentos e muitos outros indiretos. Mais importante que isso, vale refletir sobre a especialização dos profissionais. É fato que as empresas precisam de profissionais de marketing especializados em marketing, mas, será que estes profissionais precisam ser especialistas exclusivos na sua empresa?
O que veremos se abrirmos a janela, especialmente neste momento de mudanças no perfil de comportamento dos consumidores?
A resposta para este questionamento está no fato de que empresas ou consultorias de marketing vêm ganhando espaço em diversos segmentos. E isso ocorre exatamente porque estes profissionais, por transitarem em mercados e com produtos distintos, têm uma visão mais ampla e tendem a trazer soluções mais inovadoras, aportando ao negócio do cliente uma visão multidisciplinar e um olhar externo, que traz tendências, novas realidades e diferentes oportunidades que contribuem para a melhora nos resultados.
Não. A terceirização não impacta em perda de qualidade na entrega – ainda que este seja um risco a ser minimizado com a escolha do parceiro ideal para sua área de marketing. E, para tanto, deve-se levar em conta que publicidade, relações públicas, comunicação institucional, marketing digital e gestão de redes sociais são ferramentas de marketing, mas, que devem ser guiadas por um pensamento estratégico com visão de negócios e orientação para resultados.
O modelo de terceirização de estruturas de marketing não é algo novo. Muitas empresas já trabalham neste sentido, mas, o cenário atual faz com que este modelo seja, ainda mais, uma forma de garantir eficácia e presença na mente do consumidor, sem abrir mão da racionalização de custos que o momento exige.
Afinal, o papel do marketing, terceirizado ou in house, sempre deve ser a definição de estratégias que visem a melhora nos resultados da empresa. E, mais do que nunca, seja quais forem os efeitos da pandemia nos negócios, só a empresa que estiver pronta para as novas necessidades e para o novo perfil de consumo dos clientes é que encontrará seu caminho.
É tempo de (re)ver o marketing
Ainda que não possa ser rigorosamente dimensionado em sua amplitude, assim como os efeitos que deixará, o impacto da pandemia na indústria de Turismo é inegável. E, felizmente, ao longo do último mês temos visto a retomada das atividades de forma gradual e a partir de estratégias diferenciadas, como adequação para o homeschooling, para citar algo que entrou na agenda de resorts de todo o Brasil.
Na prática, como o setor vai se estruturar e manter saudável suas operações? Esta é a pergunta que todos estamos nos fazendo como ponto de partida para estratégias de negócios, considerando os inúmeros desafios operacionais, administrativos, de gestão de pessoal e de insumos, além de tantos outros que impactam toda a cadeia, incluindo a importância de uma estratégia de marketing eficaz.
E como racionalizar custos nesta área tão necessária e que também foi altamente impactada – além do Turismo, em tantos outros segmentos econômicos?
O momento atual nos provoca uma reflexão profunda acerca de gestão de custos, recursos e efetividade de ações de marketing. Receitas reduzidas e muitas incertezas em relação ao futuro e ao timing de retomada, de modo geral, fazem com que os empresários, inevitavelmente, cortem custos e ações de marketing, que, à primeira vista, impactam menos no negócio do que custos de serviços ligados ao core business da empresa.
Mas, neste mesmo cenário, o consumidor é implacável e cobra das marcas presença, posicionamento e relacionamento. O espaço na mente dos consumidores é, cada vez mais, volátil, e as marcas que recuarem neste momento desafiador na gestão de recursos terão um trabalho grande para, no futuro, recuperarem seu awareness.
A solução encontrada por muitos se baseia em um modelo já muito usado em outras áreas nas empresas: a terceirização. Empresários, não só na área de Turismo e entretenimento, mas, em outros segmentos têm apostado neste modelo como uma forma de garantir eficiência e assertividade nas ações, sem pesar sua estrutura de funcionários e, consequentemente seus custos.
Pensemos em modelos tradicionais, nos quais as empresas contam (ou contavam) com grandes estruturas de marketing, organizadas a partir de várias células que trabalham (ou trabalhavam) subordinadas a um gestor principal. A percepção inicial é que, com esta estrutura, a empresa tem o domínio do processo completo e que há garantia do resultado do trabalho, afinal, os profissionais envolvidos estarão 100% do tempo focados no negócio da empresa.
Por outro lado, há uma estrutura de custos bastante pesada neste modelo. Salários, encargos, espaço físico, treinamentos e muitos outros indiretos. Mais importante que isso, vale refletir sobre a especialização dos profissionais. É fato que as empresas precisam de profissionais de marketing especializados em marketing, mas, será que estes profissionais precisam ser especialistas exclusivos na sua empresa?
O que veremos se abrirmos a janela, especialmente neste momento de mudanças no perfil de comportamento dos consumidores?
A resposta para este questionamento está no fato de que empresas ou consultorias de marketing vêm ganhando espaço em diversos segmentos. E isso ocorre exatamente porque estes profissionais, por transitarem em mercados e com produtos distintos, têm uma visão mais ampla e tendem a trazer soluções mais inovadoras, aportando ao negócio do cliente uma visão multidisciplinar e um olhar externo, que traz tendências, novas realidades e diferentes oportunidades que contribuem para a melhora nos resultados.
Não. A terceirização não impacta em perda de qualidade na entrega – ainda que este seja um risco a ser minimizado com a escolha do parceiro ideal para sua área de marketing. E, para tanto, deve-se levar em conta que publicidade, relações públicas, comunicação institucional, marketing digital e gestão de redes sociais são ferramentas de marketing, mas, que devem ser guiadas por um pensamento estratégico com visão de negócios e orientação para resultados.
O modelo de terceirização de estruturas de marketing não é algo novo. Muitas empresas já trabalham neste sentido, mas, o cenário atual faz com que este modelo seja, ainda mais, uma forma de garantir eficácia e presença na mente do consumidor, sem abrir mão da racionalização de custos que o momento exige.
Afinal, o papel do marketing, terceirizado ou in house, sempre deve ser a definição de estratégias que visem a melhora nos resultados da empresa. E, mais do que nunca, seja quais forem os efeitos da pandemia nos negócios, só a empresa que estiver pronta para as novas necessidades e para o novo perfil de consumo dos clientes é que encontrará seu caminho.