Marcel Buono   |   28/09/2018 18:48

Competitividade do Turismo brasileiro é debatida na Abav

Geraldo Rocha (Abav Nacional), Manoel Linhares (ABIH) e Marcio Santiago (C&VB) conversaram sobre os caminhos do setor para o futuro

As palestras e painéis seguem a todo vapor na Vila do Saber da 46ª Abav Expo e 50º Encontro Comercial Braztoa. No último dia da feira, a competitividade do Turismo brasileiro entrou em pauta e foi debatida entre o presidente da ABIH, Manoel Linhares, o presidente da Brazil Convention Bureau, Marcio Santiago, e o presidente da Abav Nacional, Geraldo Rocha.

Jhonatan Soares
Manoel Linhares, Geraldo Rocha e Marcio Santiago
Manoel Linhares, Geraldo Rocha e Marcio Santiago
Durante a apresentação, temas como legislação, desregulamentação, gestão, monitoramento e promoção foram abordados como fatores fundamentais para o desenvolvimento do segmento no Brasil, assim como foram apontados os principais “gargalos” para a estagnação do Turismo nacional: carga tributária excessiva, alta burocratização, falta de infraestrutura e orçamentos escassos.

“Como pode o Brasil receber apenas seis milhões de turistas internacionais a cada ano? Esse número não sobe, portanto tem alguma coisa errada acontecendo. O Brasil ainda está engatinhando nesta área, mesmo tendo o maior potencial de exploração do mundo em um setor que é fundamental para o desenvolvimento econômico de qualquer país do planeta”, comentou Linhares, que também destacou a necessidade de ferrovias no País.

“O Turismo é o setor mais capaz de se adaptar a cenários de crise e o que consegue se recuperar com maior agilidade. Portugal saiu da sua crise na Europa muito por conta do trabalho realizado no segmento e hoje vive um boom em diversas áreas. O comando do Turismo tem que estar nas mãos de quem respira Turismo, o que não é o caso da maioria dos nossos governantes”, declarou Rocha.

Dono de 90% da captação de eventos corporativos no Brasil, o Brazil Convention Bureau também reclamou das lideranças nacionais no setor, da falta de orçamento, que é muito inferior a outros países concorrentes pelo mercado internacional, como o México e a Argentina, por exemplo, e fez questão de lembrar que os profissionais não podem ficar dependentes das entidades governamentais para atingirem o sucesso.

Emerson Souza
Manoel Linhares, Geraldo Rocha e Marcio Santiago comandaram apresentação
Manoel Linhares, Geraldo Rocha e Marcio Santiago comandaram apresentação
“Os recursos que recebemos são pífios. O orçamento destinado ao fomento do Turismo e sua promoção internacional é uma verdadeira piada. Quantos políticos prestigiaram a feira? Quem veio, apareceu apenas para tirar foto e foi embora, nem ficou para ouvir o que temos a dizer. A obrigação do governo é defender os interesses do Turismo e se não mudarmos os nossos procedimentos não vamos sair do lugar”, cutucou Marcio Santiago.

A reportagem completa sobre o painel poderá ser lida na próxima edição da revista PANROTAS.

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