Primeiro semestre demonstra resiliência do Turismo; leia artigo
Em artigo enviado ao Portal PANROTAS, a executiva declara que eventos como esse evidenciam a resiliência da indústria de Viagens e Turismo
Qual é o raio-x do primeiro semestre? A diretora da WTM Latin America, Luciane Leite, acredita que os seis primeiros meses do ano foram marcados por dois fatores, sendo um já aguardado, a Copa do Mundo, e um imprevisto, a greve dos caminhoneiros.
Em artigo enviado ao Portal PANROTAS, a executiva declara que eventos como esse evidenciam a resiliência da indústria de Viagens e Turismo. Leia o texto na íntegra abaixo:
"O primeiro semestre de 2018 se despediu com dois grandes eventos e impactos importantes na economia brasileira. Um, a Copa do Mundo – completamente previsto e planejado. Já a greve dos caminhoneiros, além do fator “surpresa”, resultou em desdobramentos que ainda reverberam na economia e na sociedade. E, claro, a repercussão para o mercado de Turismo foi inevitável.
A proximidade com que os eventos se desenrolaram gerou um efeito cascata por todo o País. Durante os dias de greve, o setor de Turismo vivenciou uma série de reveses. A aviação, por exemplo, perdeu milhões em voos cancelados devido ao desabastecimento dos combustíveis.
Os hotéis viram suas ocupações e reservas de hospedagem caírem abruptamente, o cancelamento dos eventos corporativos também impactou negativamente o âmbito turístico afetando a cadeia como um todo.
Se por um lado a indústria do Turismo sentiu o impacto da greve, por outro, o planejamento do brasileiro para participar do torneio mundial de futebol registrou índices que deixaram o mercado otimista. Em época de Copa do Mundo, os dados de viagens para o país-sede da competição são, em geral, favoráveis para o Turismo. Assim como para bares, restaurantes e comércio popular. Neste ano, não foi diferente.
Ocupando ora o segundo, ora o terceiro lugar no ranking de compras de ingressos para assistir o mundial, o brasileiro renovou a crença das empresas de viagens no que se refere ao perfil do viajante da Copa.
Em 2018, foi o público final com famílias inteiras e a presença de casais que movimentou este mercado, além do já conhecido grupo de amigos que prestigiam o evento. As empresas – grandes responsáveis pela compra de pacotes em massa – também tiveram uma participação importante. Contudo, em menor escala do que em edições passadas.
Foi neste mesmo cenário que outras cadeias sentiram a queda da produtividade e do compasso de espera. Ainda para contribuir com o momento de estagnação, a alta do dólar afastou os viajantes mais entusiasmados das viagens internacionais. Apesar disso, o Turismo interno e as viagens de curta distância, incluindo o deslocamento viário, ganharam fôlego neste período.
Um levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) registrou a retomada do mercado após queda de quase 30% na ocupação nacional. Já nas viagens aéreas, houve companhia área que disponibilizou mais de 1,6 mil voos extras para a temporada de 1 a 31 de julho, com concentração maior das operações adicionais partindo de São Paulo, Salvador, Recife, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Fortaleza.
Não há dúvidas que, embora as adversidades estejam aí, o cenário da indústria do Turismo segue desafiador. E, apesar das incertezas em relação ao contexto político, devido às eleições marcadas para outubro, há uma demanda que continua reprimida.
Sim, é fato que estamos mais cautelosos, mas consumidor final e empresas seguem com os planos originais de realização e produtividade. A nós, profissionais que atuamos neste segmento com tantas possibilidades de gerar riqueza, renda e emprego, cabe a resiliência para inovar e construir relações e oportunidades que trarão ao mercado de Turismo ainda mais maturidade e crescimento."
Luciane Leite é diretora da WTM Latin America
Em artigo enviado ao Portal PANROTAS, a executiva declara que eventos como esse evidenciam a resiliência da indústria de Viagens e Turismo. Leia o texto na íntegra abaixo:
"O primeiro semestre de 2018 se despediu com dois grandes eventos e impactos importantes na economia brasileira. Um, a Copa do Mundo – completamente previsto e planejado. Já a greve dos caminhoneiros, além do fator “surpresa”, resultou em desdobramentos que ainda reverberam na economia e na sociedade. E, claro, a repercussão para o mercado de Turismo foi inevitável.
A proximidade com que os eventos se desenrolaram gerou um efeito cascata por todo o País. Durante os dias de greve, o setor de Turismo vivenciou uma série de reveses. A aviação, por exemplo, perdeu milhões em voos cancelados devido ao desabastecimento dos combustíveis.
Os hotéis viram suas ocupações e reservas de hospedagem caírem abruptamente, o cancelamento dos eventos corporativos também impactou negativamente o âmbito turístico afetando a cadeia como um todo.
Se por um lado a indústria do Turismo sentiu o impacto da greve, por outro, o planejamento do brasileiro para participar do torneio mundial de futebol registrou índices que deixaram o mercado otimista. Em época de Copa do Mundo, os dados de viagens para o país-sede da competição são, em geral, favoráveis para o Turismo. Assim como para bares, restaurantes e comércio popular. Neste ano, não foi diferente.
Ocupando ora o segundo, ora o terceiro lugar no ranking de compras de ingressos para assistir o mundial, o brasileiro renovou a crença das empresas de viagens no que se refere ao perfil do viajante da Copa.
Em 2018, foi o público final com famílias inteiras e a presença de casais que movimentou este mercado, além do já conhecido grupo de amigos que prestigiam o evento. As empresas – grandes responsáveis pela compra de pacotes em massa – também tiveram uma participação importante. Contudo, em menor escala do que em edições passadas.
Foi neste mesmo cenário que outras cadeias sentiram a queda da produtividade e do compasso de espera. Ainda para contribuir com o momento de estagnação, a alta do dólar afastou os viajantes mais entusiasmados das viagens internacionais. Apesar disso, o Turismo interno e as viagens de curta distância, incluindo o deslocamento viário, ganharam fôlego neste período.
Um levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) registrou a retomada do mercado após queda de quase 30% na ocupação nacional. Já nas viagens aéreas, houve companhia área que disponibilizou mais de 1,6 mil voos extras para a temporada de 1 a 31 de julho, com concentração maior das operações adicionais partindo de São Paulo, Salvador, Recife, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Fortaleza.
Não há dúvidas que, embora as adversidades estejam aí, o cenário da indústria do Turismo segue desafiador. E, apesar das incertezas em relação ao contexto político, devido às eleições marcadas para outubro, há uma demanda que continua reprimida.
Sim, é fato que estamos mais cautelosos, mas consumidor final e empresas seguem com os planos originais de realização e produtividade. A nós, profissionais que atuamos neste segmento com tantas possibilidades de gerar riqueza, renda e emprego, cabe a resiliência para inovar e construir relações e oportunidades que trarão ao mercado de Turismo ainda mais maturidade e crescimento."
Luciane Leite é diretora da WTM Latin America