FIDC: ViagensPromo avança em projeto piloto com fundo bilionário
De acordo com Renato Kido, soluções da operadora podem aumentar as comissões dos agentes para até 25%
MANAUS - Lançado no começo de outubro, com o prazo de estar ativo em 60 dias, o FIDC – Fundo de Investimento de Direitos Creditórios da ViagensPromo, em parceria com a FaturePag, terá seu primeiro exemplo de funcionamento em breve.
De acordo com o diretor da companhia, Renato Kido, que participa da viagem de premiação para agentes de viagens na Amazônia, a bordo do Grand Amazon Iberostar, o piloto do projeto já está quase pronto e valerá para um dos produtos tradicionais da empresa, um resort na Bahia.
“O time de produtos está negociando o primeiro piloto. Mas temos que ser muito criteriosos pois todo o controle do que se aportou precisa ser muito claro. A lógica do FIDC é que ele só funciona se gastarmos — ou seja, vendermos. A diferença de tarifa e da pré-compra é o que torna esse modelo viável"
Renato Kido, diretor geral da ViagensPromo
O fundo, criado com R$ 1,5 bilhão já captados no mercado financeiro, oferece uma dinâmica ímpar no setor, permitindo que o fornecedor seja pago à vista e antecipadamente. Isso possibilita que a ViagensPromo e suas agências parceiras negociem pacotes com maior margem de lucro, enquanto o fundo remunera seus investidores com base na diferença entre o preço pago e o valor final da venda.
Novo modelo para o mercado
Kido enfatizou que o FIDC não é apenas uma inovação da ViagensPromo, mas uma resposta às transformações do mercado de Turismo. Ele alertou sobre a crescente competição entre operadoras, hotéis e companhias aéreas, que muitas vezes buscam vendas diretas, pressionando as margens de intermediários.
"Hoje, só se negocia com o fornecedor se você tiver dinheiro em mãos. Essa é a força do fundo: ele nos dá poder de antecipar pagamentos e, com isso, ganhar margem. É isso que vai permitir que agentes de viagens consigam competir com tarifas mais atrativas e comissionamento ampliado"
Renato Kido, diretor geral da ViagensPomo
Segundo ele, o projeto piloto com o resort na Bahia será crucial para demonstrar o funcionamento do modelo e para ajustar os processos antes da expansão. O teste vai definir o tom do que será feito a partir daí. "O mercado está curioso para ver como essa operação se desenrolará, e sabemos da expectativa dos agentes em relação ao aumento de comissões”, disse Kido.
Comissões ampliadas e novos incentivos
Durante a conversa, que teve na plateia 50 dos maiores vendedores da operadora no período de fevereiro a outubro, Kido afirmou que os parceiros que aderirem às novas soluções da ViagensPromo terão benefícios. Ele destacou que o sistema pode aumentar as comissões dos agentes para até 25%, dependendo da operação.
"Com a nossa maquininha, vocês têm mais margem e maior controle financeiro. O custo financeiro é repassado, mas com uma margem de até 25%, que é muito competitiva. Isso é uma mudança de lógica no mercado, algo que só conseguimos implementar por conta do FIDC e do suporte financeiro que ele proporciona"
Renato Kido, diretor geral da ViagensPromo
Kido também reforçou que a ViagensPromo, como operadora B2B, precisa repensar suas estratégias para competir de forma mais eficiente no mercado atual.
"Um operador hoje é muito mais que um intermediário; é um banco. A gente ganha na transação financeira e no volume de negócios gerados em toda a cadeia, desde o receptivo até o restaurante. Isso é o que nos diferencia no mercado e permite oferecer algo realmente vantajoso para nossos parceiro", disse o diretor.
Com o piloto prestes a ser implementado, a ViagensPromo reafirma sua intenção de transformar o modelo de negócios do setor, beneficiando não apenas seus agentes parceiros, mas também fortalecendo sua competitividade no mercado de Turismo.
A reportagem da PANROTAS viaja a convite da ViagensPromo.