CVC atribui queda de vendas B2B a fim de negócios com milheiras e novo foco
Segundo companhia, B2B está mirando a rentabilidade dos negócios, em detrimento do volume por si só
A CVC Corp divulgou o balanço do primeiro trimestre de 2024, com vendas de R$ 3,2 bilhões, uma queda de 21,4% sobre o mesmo período de 2023. Essa diminuição de cerca de R$ 800 milhões nas vendas são atribuídas, segundo o balanço, à Argentina (diminuição de 50%) e ao B2B, que deixou de fazer negócios com milheiras e que está mais focado em rentabilidade que volume de vendas. Resultado: vendas 21% menores.
“No B2B, as reservas confirmadas recuaram devido a dois fatores principais (i) a interrupção das vendas de passagens para milheiros (por conta do risco de crédito), movimentação que afetou diretamente a Rextur Advance; e (ii) mudança de posicionamento estratégico, visando aprimorar o equilíbrio entre volume e rentabilidade dos acordos comerciais com as agências de viagem. Esses fatores visam priorizar a rentabilidade da operação, onde aumentamos o Take Rate em 1,6 p.p. e, consequentemente, a Receita Líquida em 10,9% na comparação anual.”
Também houve uma queda grande nas vendas na Argentina, e o comunicado oficial explicou assim a diminuição:
“Na operação Argentina, tivemos redução de 50,6% em relação ao trimestre anterior devido a dois fatores principais (i) antecipação na demanda dos consumidores, principalmente nos meses de outubro e novembro e (ii) redução do percentual de impostos sobre as vendas de 100% para 60% em comparação ao 1T23, havendo repasse integral ao nosso cliente, sem efeito real. Excluindo o efeito da redução dos impostos as vendas teriam reduzido em 26%", explica o texto oficial do balanço da CVC Corp, que tem Fabio Godinho como CEO.
No geral, a CVC Corp avalia os resultados como positivos, pois a rentabilidade está melhor nas vendas, índices importantes como EBITDA e take rate melhoraram consideravelmente, incluindo no B2B, e o número de lojas voltou a crescer.
Veja alguns pontos positivos destacados pela companhia:
- +16,3% na Receita Líquida - Brasil vs 1T23
- +2,1 p.p. (+28%) no Take Rate, para 9,5% vs 1T23
- 36 lojas abertas no 1T24
- R$ 86,2 milhões no EBTIDA Ajustado, +R$ 58,9 milhões vs 1T23
- 27,2% na margem EBITDA Ajustado, +17,9 p.p. vs 1T23
- -20,6% nas despesas de G&A vs 1T23
- R$ 7,3 milhões no Lucro Líquido Caixa, positivo pelo 3° trimestre consecutivo
- R$ 440,2 milhões - Caixa Final no 1T24
E aqui confira os principais números da CVC Corp no primeiro trimestre de 2024
VENDAS
- Vendas: R$ 3,2 bilhões (queda de 21,4% em relação aos R$ 4 bilhões do mesmo trimestre em 2023)
- Vendas B2C: R$ 1,38 bilhão (+1,7%)
- Share B2C: 43,5% do total
- Vendas B2B: R$ 1,26 bilhão (-21,4%)
- Share B2B: 39,8% do total
- Vendas Argentina: R$ 530 milhões (-50,6%)
- Share Argentina: 16,7% do total
RESULTADO
- Receita líquida: R$ 317 milhões (crescimento de 7,4%)
- Receita líquida Brasil: R$ 257,4 milhões
- Receita líquida B2C: R$ 173,4 milhões
- Receita líquida B2B: R$ 84 milhões
- Take rate: 9,5% (+ 7,4%)
- Take rate B2C: 13%
- Take rate Brasil: 9,8%
- Take rate B2B: 6,5% (+ 1,6 pontos percentuais)
- Take rate Argentina: 8,6%
- EBITDA: R$ 83 milhões (+15,6%)
- Prejuízo: R$ 34,4 milhões (contra prejuízo de R$ 128 milhões no 1T23)
- Lucro caixa: R$ 7,3 milhões (contra resultado negativo de R$ 99,3 milhões no mesmo trimestre de 2023)
- Dívida bruta: R$ 930 milhões
- Dívida líquida: R$ 490 milhões (contra R$ 616 milhões no período anterior)
LOJAS
- Total de lojas CVC em março/24: 1.084 (contra 1.039 no 1T23)
- Abertas no 1T24: 36 (13 em capitais e 23 no interior)
- Lojas fechadas: 6
- Lojas Experimento: 53
- Lojas Argentina: 123
- Total lojas: 1.260 (contra 1.208 no 1T23)
CONTROLE DA COMPANHIA
- Mar Capital (família Paulus): 13,2%
- Absolute: 8,1%
- Opportunity: 7,8%
- Outras: 70,9%
Formas de pagamento
À vista: 19% (contra 18% no 1T23)
- Cartão de crédito: 64% (contra 70%)
- Financiamento próprio: 16% (contra 11%)
Confira o balanço completo da CVC Corp no 1T24clicando aqui.