Rodrigo Vieira   |   09/04/2024 21:00
Atualizada em 10/04/2024 11:53

Orinter e Interep seguirão independentes e Mondee comprará mais no Brasil

Orestes Fintiklis sugere que uma consolidadora aérea ser adquirida em breve pela gigante norte-americana

PANROTAS / Marluce Balbino
Orestes Fintiklis, da Mondee, Ana Maria Berto, da Orinter
Orestes Fintiklis, da Mondee, Ana Maria Berto, da Orinter

Cerca de 15 meses depois de chegar ao Brasil por meio da aquisição da Orinter Tour & Travel e posteriormente da Interep, a gigante norte-americana Mondee segue com apetite no País e pode anunciar novas compras a qualquer momento. O chairman da empresa, Orestes Fintiklis, não nega seu entusiasmo pelos negócios concretizados e pela prosperidade que nosso mercado representa para a traveltech do Texas.

"O Turismo no Brasil ainda é muito fragmentado, tem muitas consolidadoras aéreas e operadoras. Essa fragmentação é sinônimo de possibilidades de aquisição, de consolidação, principalmente porque a maioria dessas empresas precisa de tecnologia de ponta, e isso podemos oferecer", explica Fintiklis, em exclusiva ao Portal PANROTAS.

"Sem dúvida o nosso sucesso com Orinter e Interep nos motiva. Juntas, as operadoras faturaram R$ 2 bilhões em 2023, o que faz da Mondee Brasil a operadora B2B líder do mercado", acrescenta o chairman.

Mondee Brasil?

Sim, agora existe uma Mondee Brasil e não, ela não vai substituir nem Orinter, nem Interep. "Houve esse questionamento por parte de alguns agentes de viagens, mas ambas continuarão independentes, cada uma na sua especialidade: Orinter com pacotes e negociações agressivas, sobretudo no terrestre, para seis mil agências de viagens, e Interep focada em luxo e customização", esclarece Fintiklis. "Mantivemos as marcas e as equipes de vendas separadas, mas estamos unificando contabilidade, tecnologia, RH e outras áreas que não interfiram no DNA dessas operadoras."

Portanto, a Mondee acredita que chegou ao Brasil no momento certo, por meio das aquisições corretas. "Empresas que têm conteúdo para Caribe e América do Sul nos interessavam. Nós entramos com o conteúdo aéreo e a tecnologia que nos fez líder B2B nos Estados Unidos. Deu muito certo. Continuar em expansão é algo que nos interessa, portanto seguimos de olho em bem mais aquisições no Brasil", reforça o executivo, que vê o mercado de Turismo brasileiro com "muita liquidez pelas ruas, devido a políticas fiscais e monetárias mais relaxadas do governo".

Consolidadora aérea na mira da Mondee Brasil?

Viagens corporativas representam 15% dos negócios da Mondee nos Estados Unidos. Questionado sobre a compra de uma empresa deste segmento no Brasil, Orestes Fintiklis dá uma pista. "O setor de viagens corporativas nos Estados Unidos já é controlado pelas gigantes. Foi um setor em que tivemos de buscar penetração por meio dos pequenos e médios negócios. Não descartamos a possibilidade de investir em uma TMC no Brasil, mas não é o foco agora. Somos o maior consolidador aéreo nos Estados Unidos, mas no Brasil ainda não temos uma consolidadora. Pode ser uma ideia", indica o chairman da Mondee.

Desempenho da Orinter no Canadá e nos EUA

A Orinter passou a disponibilizar seu conteúdo para agências de viagens estadunidenses e canadenses no mês passado. Orestes Fintiklis diz que os pacotes estão com desempenho particularmente bons no Canadá. "Nos Estados Unidos os pacotes não são populares como no Canadá, por isso as negociações Orinter estão se destacando mais entre os canadenses, sobretudo as vendas para México, República Dominicana, Orlando, Miami e Brasil."

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