Estados Unidos, Chile e Itália puxam vendas internacionais na CVC Corp
Este ano, empresa voltará ao share de 40% inter e 60% doméstico, graças a esses destinos
O diretor de Produtos e Pricing da CVC Corp, Fabio Mader, disse ao Portal PANROTAS, em entrevista na WTM Latin America, que este ano o internacional volta ao percentual histórico de vendas na empresa: 40% do total. No ano passado, chegou a 35%, mas a recuperação dos Estados Unidos e o crescimento do Chile, Argentina e destinos exóticos farão com que se atinja a marca de 40%.
Mader, ao lado da diretora de Produtos Internacionais, Paula Rorato, justificou o crescimento das vendas para os Estados Unidos com alguns fatores:
- aumento de oferta de voos – desde os diretos, com Latam, United e Delta Air Lines, até os com conexão, como Copa Airlines, Latam, via Lima, e BoA (essa com preços a partir de US$ 400);
- preços mais competitivos (nos dois últimos anos, a Europa chegou a estar mais barata que os Estados Unidos);
- negociação direta da CVC Corp em destinos prioritários como Orlando, Miami e Nova York – em Orlando, 80% dos produtos ofertados são negociados diretamente pelo time CVC Corp;
- resolução do problema do IRRF sobre remessas, que inibia as negociações diretas;
- aumento dos produtos exclusivos, frutos dessas e de outras negociações;
- melhoria no processo de obtenção de vistos.
Com isso, os Estados Unidos lideram em vendas como país (a Europa ganha somando todos os seus países), com Orlando como grande destaque disparado, segundo a CVC. Na sequência, Miami, Nova York e os destinos da Costa Oeste, agora servida com voo direto da Latam para Los Angeles.
“Este ano será o ano dos Estados Unidos. Com a negociação direta, temos mais controle em serviço, qualidade, variedade de produtos, processos. Se a Europa foi o destaque nos últimos anos, os Estados Unidos voltaram com força em 2024”, analisa Fabio Mader.
Fabio Mader
América do Sul
Entre os produtos em nossa região, o Chile é o com maior crescimento em vendas, dobrando o montante do ano passado. Chile e Argentina garantem a América do Sul como maior volume de passageiros da CVC Corp no internacional (os Estados Unidos ganham nas vendas totais, com menos embarques).
Mader destaca a venda de Argentina além de Buenos Aires (como Mendoza e Ushuaia) e uma estada maior do brasileiro, além da comercialização de Chile o ano todo, não apenas no inverno.
Para o inverno em Bariloche, na Argentina, a CVC Corp tem bloqueios com Sky e Aerolíneas Argentinas e fretamento com a Latam, dobrando a capacidade de assentos em relação ao ano passado. “E já vendemos 65% da temporada”, anuncia ele, que promete mais promoções para a Argentina e outros destinos na semana de aniversário da CVC Corp em maio.
Segundo Paula Rorato, os preços para a Argentina estão acessíveis e no destino os preços normalizaram, e continuam atraentes para os brasileiros.
“Vamos mandar este ano mais de 100 mil brasileiros para a Argentina”, prevê Mader.
Itália brilha na Europa
Se nos anos de retomada, Portugal era o líder em vendas na CVC Corp, parece que o jogo virou e a Itália agora é a grande estrela de procura pelos passageiros da companhia.
Mader revelou que a Itália é o país que mais cresce em vendas na Europa este ano e já lidera o ranking da CVC Corp em vendas.
Para Paula Rorato, as negociações diretas da CVC na Itália, que levam a mais produtos na prateleira, o custo-benefício do destino e o aumento da malha aérea, em especial os novos voos da ITA, justificam esse crescimento.Os circuitos europeus continuam sendo os campeões de venda no continente, com muitas opções na Itália, mas também em outros países queridinhos dos brasileiros, como Portugal, Espanha e França.
No total, o continente empata em vendas em relação a 2023, devido ao crescimento dos Estados Unidos, Chile e outros destinos.
Exóticos
Japão, Dubai, Doha, Arábia Saudita, África do Sul... A volta dos “destinos exóticos” também foi destacada por Mader e Paula Rorato. Há uma procura grande por esses lugares e com isso o crescimento para os destinos mais longínquos é outro destaque do internacional da CVC Corp.
“Para a África do Sul temos uma série de circuitos, bloqueios nos voos da Latam e da SAA e temos visto uma procura muito boa pelo passageiro, que ficou um tempo sem o voo direto do Brasil”, disse a diretora Paula Rorato. Até o final do ano, há uma programação com saídas garantidas para a África do Sul e a CVC vai investir em eventos e divulgação para fazer o destino crescer como merece.
No Brasil, Fortaleza é a que mais cresce
Fortaleza passou Maceió e Porto Seguro em crescimento de vendas na CVC Corp. Sim, Alagoas e Bahia continuam sendo os campeões em vendas, mas a recuperação de Fortaleza está acima da média de mercado (com incremento este mês de 60%). Segundo Mader, devido ao preço. Há datas em que ir para Fortaleza está mais em conta que uma viagem a Salvador.
Pernambuco, com Porto de Galinhas à frente, e o Rio Grande do Norte, que vinha sofrendo uma forte retração, completam o Top 3 de maiores crescimentos no doméstico. Em quarto lugar, Gramado, na Serra Gaúcha, que luta contra a imagem de destino caro. “Temos preços bem competitivos para Gramado e o destino, que recebeu nossa convenção, está crescendo muito nas vendas com os benefícios que trouxemos depois do evento”, avalia Mader.
Entre os nichos que mais se destacam no nacional, ele cita o ecoturismo, tendo Bonito, no Mato Grosso do Sul, como grande destaque. “Também temos visto um retorno bem positivo de Caldas Novas, em Goiás.”
Sobre voos, Mader aposta no aumento da capacidade de Azul e Latam neste momento, e um crescimento das três empresas no segundo semestre. “A venda para o segundo semestre já está com bom crescimento. E só de produtos exclusivos, temos um crescimento de 200% em relação ao ano passado, incluindo mais fretamentos saindo de diversas cidades, como Belo Horizonte, e voos da Azul saindo de São Paulo”, finaliza o diretor da CVC Corp.