Como garantir o sucesso de fretamentos e bloqueios? Veja dicas
Especialistas contam quais aspectos levam em conta antes de lançar esses produtos
Os fretamentos e bloqueios aéreos têm sido uma grande aposta das operadoras e das armadoras de cruzeiro. E não à toa, afinal, esse tipo de produto oferece não apenas custos mais atrativos, como também exclusividade para os passageiros e novas possibilidades para os agentes de viagens, além de fomentar a visitação aos destinos. Mas por trás de todo o sucesso dos fretamentos e bloqueios há muito estudo de mercado e planejamento por parte dos players. Neste cenário, a antecedência pode ser um fator determinante para que a venda seja bem-sucedida.
Essa é uma das dicas fornecidas por especialistas do setor em matéria que compõe a edição especial da Revista PANROTAS Especial Operadoras, que circula nesta semana (veja no fim desta notícia). Nesta edição, o leitor pode se aprofundar no tema bloqueios e fretamentos e ter acesso ao conteúdo completo sobre o tema.
Confira a seguir o que cada operadora/armadora de cruzeiro analisa para garantir o sucesso de seus fretamentos e bloqueios:
ViagensPromo
“Nós sempre estudamos o mercado e lançamos o produto com bastante antecedência, o que garante uma boa ocupação. Com isso, nossa média fica em torno 95% a 100% de ocupação. Fazemos uma análise para verificar qual é o destino que mais vende dentro dos estados, onde há mais procura, estudamos a malha aérea da companhia, porque muitas vezes não há voos diretos ou em horários bons, analisamos a demanda das agências de viagens, entre outros fatores” (Renato Kido, sócio-diretor da ViagensPromo);
RCA Operadora
“Trabalhamos com bloqueios estratégicos realizados com bastante antecedência e, dessa forma, conseguimos uma excelente condição de tarifa e horários para que os agentes possam oferecer o melhor custo-benefício para os seus passageiros”, (Rogério Leites, diretor de Planejamento da RCA Operadora);
CVC Corp
“No caso de Bariloche, realizamos negociações antecipadas para esta temporada de neve e no final de janeiro já estava no ar a temporada de julho. Sempre olhamos como foi a venda da temporada anterior, se faltaram lugares e como está a procura, o volume de cotação de pedidos” (Paula Rorato, diretora de Produtos Internacionais da CVC Corp);
Orinter
“Na Orinter analisamos a precificação e conseguimos os bloqueios com muita antecedência, olhando o cenário a longo prazo. Hoje pode ter um preço melhor no regular, mas daqui a 2 meses pode ser que não. É preciso entender o público e em qual mercado faz sentido colocar bloqueio. Tem destino que não ‘vira’, por exemplo, um bloqueio de Curitiba para Foz do Iguaçu não vai acontecer, porque o viajante vai de carro, usa milhas. A Orinter tem um time 100% focado em bloqueios, solicitando oportunidades e renegociando valores” (Daniel Firmino, diretor comercial de Produtos Nacionais & Operações da Orinter);
Incomum Viagens
Temos sistemas de robôs que analisam, com gráficos, o comportamento das tarifas oferecidas pelas cias aéreas. É importante dizer que, depois da pandemia, a maioria das companhias aéreas alterou o planejamento das tarifas futuras, principalmente nos voos nacionais, e tivemos que nos adaptar. Por isso também investimos cada vez mais em tecnologia e inteligência artificial. Dessa maneira, estamos à frente das melhores estratégias para os agentes de viagens e consumidores finais”. (Fabio Frassetto, diretor da Incomum Viagens)
Azul Viagens
“Antes de tudo, analisamos onde há demanda e onde queremos desenvolver mercados. Às vezes nem há demanda em um destino e queremos levá-la para lá. Fazemos uma análise interna com planejamento de malha e um trabalho para entender onde as agências querem estar conosco.” (Ricardo Bezerra, gerente comercial da Azul Viagens);
Cativa Operadora
“Analisamos o nosso histórico de vendas e tarifas e, junto a isso, a demanda atual de voos regulares para o destino. Com base nisso, acompanhamos semanalmente as variações de tarifa, e quando acreditamos que ela está atrativa e com baixo risco de não vendermos, efetuamos o bloqueio. A negociação com a companhias aéreas acontece em algumas situações em que a companhia concorrente apresenta tarifa mais atrativa.” (Marcelo Adams, CEO da Cativa Operadora);
Diversa Turismo
“A análise é feita com base na demanda existente, como volume de passageiros, frequência de voos, destinos em evidência, sazonalidade etc. Com base nos dados coletados é realizada uma avaliação de viabilidade econômica para avaliar o custo x benefício. Na Diversa Turismo avaliamos também pontos importantes, como horários de vôos, franquia de bagagem, aeroporto de origem e destino.” (Waldir Souza, gerente de Vendas da Diversa para São Paulo e região Centro Oeste);
MSC Cruzeiros
“Nós analisamos a viabilidade da criação dos pacotes completos com bloqueio aéreo para destinos onde há uma grande variedade de voos regulares, por exemplo, enquanto que para os destinos onde não há opções de voos diretos, como em Fort de France, na Martinica, nós negociamos o fretamento com companhias aéreas.” (Adrian Ursilli, diretor geral da MSC Cruzeiros no Brasil).
Revista PANROTAS
Confira, abaixo, a matéria completa sobre fretamentos e bloqueios aéreos, bem como demais conteúdos que fazem parte da edição especial da Revista PANROTAS Especial Operadoras: