CVC Corp: sucesso nas férias, Europa é metade das vendas internacionais
Portugal, Bariloche, Maceió e Porto Seguro são destaques em vendas na CVC Corp
Comandando um time de 168 profissionais e que já está preparando uma expansão, o diretor de Produtos e Pricing da CVC Corp, Fabio Mader, foi um dos que comemoram na terça-feira, 27, na B3, os 10 anos de CVC Corp na Bolsa, mas, mais que isso, a confiança conquistada pelo mercado, com um follow-on que vai injetar R$ 550 milhões na empresa.
Mader contou à PANROTAS sobre a chegada da precificação à Fábrica de Produtos, o que dará um controle e responsabilidade maiores à sua equipe sobre os produtos que chegam à prateleira de lojas e agências de viagens.
Até o final do ano, a Fábrica de Produtos CVC Corp lançará uma etapa final prevista na reestruturação, com uma rede completa de assistência que permitirá que os clientes comprem todas as suas experiências e tenham apoio completo em todas as etapas.
Sobre as vendas, Mader destacou as cidades de inverno, com Bariloche performando a melhor temporada da história da CVC Corp, e também a Europa como nova queridinha do internacional. Metade da venda internacional vem de viagens para a Europa e Portugal responde por metade da Europa. No Brasil, Maceió e Porto Seguro lideram.
Confira abaixo a entrevista exclusiva que Fabio Mader deu à PANROTAS, durante evento na sede da Bolsa, no centro de São Paulo.
PANROTAS – Como está o resultado da campanha do Feirão de Viagens CVC?
FABIO MADER – O Feirão de Viagens pega o ano inteiro. Pega a alta de julho, mas tem viagem o ano todo. Ontem lançamos Bariloche, somente aéreo, a R$ 1.998. A mais barata na concorrência está a R$ 12 mil. Tem muita coisa legal saindo, baseado nessa nova estrutura da Fábrica de Produtos. Nos próximos dez dias já estaremos terminando de vender a temporada de inverno em Bariloche. Essa é a melhor temporada de Bariloche da história da CVC.
PANROTAS – Houve reclamação de aumento nos preços em Barloche. Você comprovou isso?
MADER – Aumentou, mas nossa negociação conseguiu pacotes a R$ 6,5 mil. Bariloche é um lugar com preço mais alto, mas não está tão mais alto assim, ainda mais com o que conseguimos.
PANROTAS – Como está a relação nacional/internacional?
MADER – Nacional está com 65% do share e o inter com 35%. Para julho o que está vendendo mais são os destinos de inverno, seja Serra Gaúcha ou Argentina. As viagens para a Argentina, aliás, são as que mais crescem atualmente na CVC Corp. Com certeza será a líder no internacional em julho. Nordeste continua sendo campeão de vendas na companhia, tendo Maceió como a maior receita, e Porto Seguro como maior número de passageiros. Litoral norte da Bahia também com muita procura e destaque para o Viaje com seu carro, tanto no Nordeste quanto no Sudeste. Muita gente indo para Caldas Novas ou Interior de São Paulo de carro. Isso porque a passagem aérea subiu.
PANROTAS – O aéreo ainda é o gargalo?
MADER – Ainda é. Estamos fazendo fretamento, bloqueio... Mas muita gente viajando de carro por conta do preço do aéreo.
PANROTAS – Estados Unidos ou Europa? O que está vendendo mais?
MADER – É o ano da Europa. Cinquenta por cento da venda internacional é para a Europa. E 50% da venda de Europa é para Portugal, como destino final. Contamos com estrutura própria em Portugal.
Fábrica de Produtos CVC Corp
PANROTAS – Como evoluiu o projeto da Fábrica de Produtos, que você começou a implantar em novembro, em seu retorno à CVC Corp?
MADER – Quando começamos, a primeira mudança, até de conceituação, foi a mudança de um departamento de Compras para um departamento de Produtos. Naquele momento, anunciamos a Fábrica de Produtos pelo PANROTAS, antes mesmo de falar com a equipe. Isso porque era importante que eles mudassem a cabeça, pois simplesmente negociavam, não atendiam as lojas, por exemplo. Então eu precisava dessa mudança para que eles voltassem a estar próximos do fornecedor, da rede de lojas, e a serem donos do produto, que é o conceito de embaixadores. Agora vamos dar mais um passo, um dos mais importantes. Também seremos responsáveis pelo processo de precificação, algo que estava antes em outra diretoria (da Melina Vidaller). A Fábrica de Produtos agora negocia, depois entende o melhor formato para o cliente e o vendedor, seja o produto separado ou em combo, empacotando os produtos, e depois vem a precificação. Agora a gente precifica, cuidando do cliente, do vendedor da loja, da rentabilidade. Somos donos efetivamente do resultado do produto. Depois fazemos o treinamento do produto e comunicamos. Essa jornada é a nova Fábrica de Produtos.
PANROTAS – Você também buscava naquele início mais competitividade para as lojas. Produtos que brigassem com as OTAs. Conseguiu isso?
MADER – Há uma evolução da competitividade e já voltamos com a pegada de varejo. Estamos com campanha ativa em todas as mídias, com pacote para Orlando, com aéreo e hotel, por dez de R$ 399. Aquela pegada de preço voltou. Como estamos fazendo isso? No relacionamento direto com fornecedor. Voltamos a negociar Orlando, Punta Cana, Argentina diretamente com o fornecedor. E assim sucessivamente. Há uma última etapa, que ainda não posso revelar, que será a etapa da assistência. Ou seja, vamos trazer para a Fábrica de Produtos a assistência. Como o cliente viaja com toda a sua experiência comprada. Com toda uma rede de assistência. Estamos construindo isso com nossos parceiros.