Artur Luiz Andrade   |   29/03/2021 15:15
Atualizada em 29/03/2021 15:24

KPMG retira risco de continuidade da CVC Corp; CEO está otimista

CVC Corp ainda tem 650 mil clientes com crédito para viajar


Leonel Andrade, CEO da CVC Corp
Leonel Andrade, CEO da CVC Corp
Um fantasma que assombrou a direção da CVC Corp durante 2020 finalmente desapareceu, com a KPMG retirando a avaliação de risco de continuidade da empresa. Na avaliação da consultoria, depois do balanço publicado com os dados de 2020 e das ações da atual gestão, a CVC Corp não tem risco de descontinuidade dos negócios.

“Era algo que incomodava, deixava dúvidas”, disse o CEO da CVC Corp, Leonel Andrade, durante call para comentar o balanço de 2020.

Andrade destacou a renegociação das dívidas, que estão menores que no pré-pandemia, a capitalização, a renovação do conselho e do time de diretores e os investimentos anunciados como principais medidas e que ajudaram na retirada da análise de risco de fim de negócio da KPMG. Também a S&P deu upgrade no rating da empresa, que chegou a brB.

OTIMISTA
Apesar da queda nas vendas no primeiro trimestre de 2021, devido às restrições dos destinos para conter a segunda onda da pandemia de covid-19, Leonel Andrade se disse mais otimista que há três meses, pois a vacinação já foi iniciada no País. A expectativa da CVC Corp é que em seis meses as vendas já estejam de volta à normalidade, já de olho no verão 2021/22.

No ano passado a CVC Corp teve vendas de R$ 6,4 bilhões, sendo R$ 5,2 bilhões no Brasil, queda de quase 70% em relação a 2019. Os resultados vinham otimistas no quarto trimestre, quando a CVC Corp transportou dois milhões de clientes, mas o começo de 2021 retorna a menos de 50% do total pré-pandemia (2020 ficou em 33% de 2019).

Segundo Leonel Andrade, a CVC já remarcou 810 mil viagens desde o início da pandemia, mas ainda há 650 mil clientes com crédito, chegando a R$ 800 milhões. “Vamos honrar todas essas viagens, mas também estamos tentando vender algo novo nas remarcações, para focar em vendas novas”, afirmou.

"Se em plena pandemia conseguimos embarcar dois milhões de passageiros em um trimestre, imagina o que faremos daqui a seis meses, com tudo o que fizemos. Credibilidade é o principal no fim do dia. E temos a confiança do trade. Nenhuma empresa deixou de fazer negócios com a gente, pelo contrário. Fechamos acordo para vender Copa do Mundo e seremos a operadora exclusiva do Rock in Rio 2022. Todos sabem que sobrevivemos e que vamos continuar liderando o mercado", continuou ele, que crê que o trade ainda vá passar por um período difícil, mas que a retomada será rápida. "Não teremos ninguém não voando", finalizou.

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