Luxo não é ostentação, explica Teresa Perez
A fundadora da operadora homônima explica que o Turismo de luxo estava passando dos limites e agora tem mais consciência do seu impacto social
CANNES (FRANÇA) – Hoje nas viagens de luxo o menos é mais, de acordo com Teresa Perez, fundadora da operadora homônima. Ela explica que este segmento de alto padrão “era exagerado” e agora tem mais consciência do seu impacto social, ideia alinhada com o tema da ILTM Cannes deste ano, que envolve uma consciência de sustentabilidade e foco nas experiências.
“Nunca vendi luxo como ostentação, mas sim como meio de desfrutar uma viagem e estar em um hotel confortável, principalmente na área de serviços, que envolve recursos humanos e impacta diretamente nas companhias hoteleiras e operadores locais, que nos oferecem serviços. Nos últimos cinco anos, o luxo foi além do aceitável e essas discrepâncias sociais que existem no mundo são bastante chocantes. Penso que o luxo tem que ser algo que vem de dentro e atinge níveis sociais diferentes, embora no Brasil eu evite a palavra luxo", explica.
“Em todos os hotéis percebo essa evolução muito rápida do entendimento de que o luxo não é o excesso através de uma decoração ou nome de chef, mas, sim, deixar as pessoas felizes, com acesso a outras amenidades e opções, incluindo alimentação saudável e atividades de bem-estar, por exemplo. As viagens são muito cansativas e estressantes. O que era antes o luxo, hoje é sustentabilidade."
A PANROTAS viaja a convite da ILTM Cannes