Beatrice Teizen   |   15/07/2020 14:08

Setores do Turismo reforçam medidas para retomada da confiança

Veículos de imprensa de economia da América Latina realizaram live para debater o futuro pós-pandemia

Quatro veículos de imprensa de economia da América Latina realizaram hoje (15) uma live para debater o futuro do Turismo pós-pandemia. Na transmissão foram abordados tópicos dos principais setores da indústria de viagens: hotelaria, aviação e pacotes turísticos.

Reprodução
Live debateu futuro do Turismo pós-pandemia com executivos da Delta, Hilton e Expedia
Live debateu futuro do Turismo pós-pandemia com executivos da Delta, Hilton e Expedia
O diretor geral da Delta Air Lines para América Latina, Luciano Macagno, reforçou as medidas tomadas pela aérea norte-americana diante da crise de covid-19. Entre as principais está o programa Delta CareStandard, que traz diversas camadas de proteção aos viajantes e colaboradores.

“Entramos nessa pandemia em uma posição muito forte, com um dos melhores níveis da história da Delta. O principal desafio agora é reinstaurar a confiança do viajante, mostrando que é seguro viajar. Estamos sempre em contato com os clientes para entender suas dúvidas e necessidades, além de continuar nosso processo de digitalização, criando tecnologias para a experiência de viagem. Tudo isso vem acelerando no cenário atual”, conta.

A companhia vem reforçando a comunicação com os passageiros, por meio de informações atualizadas e disponíveis em seus canais. Além disso, o uso de máscaras faciais é presente nos aeroportos e a bordo. Áreas de check in contam com marcações no chão para o distanciamento físico, é feito o controle de temperatura, processo de embarque foi modificado, para que um número menor de passageiros entre ao mesmo tempo nos aviões, e os voos estão com capacidade de 60% para garantir um assento livre entre os viajantes.

“Refeições a bordo continuam, mas na forma de kits lacrados e higienizados. O processo de limpeza das aeronaves agora leva muito mais tempo. Em cada uma que chega, antes do embarque, é feita uma higienização intensa em todas as partes do avião. Depois, passamos o spray eletrostático e, novamente, a equipe de limpeza entra para reforçar a sanitização. É o que estamos fazendo para retomar a segurança de se estar dentro de uma aeronave, pois, o retorno das viagens será quando as pessoas se sentirem seguras a viajar.”

HOTÉIS

É denominador comum entre todo o setor do Turismo a intensificação da limpeza para garantir ambientes seguros aos consumidores. Na hotelaria, protocolos e programas estão sendo criados pelas grandes redes e também por entidades, como o WTTC, para que a confiança e segurança sejam retomadas.

A Hilton, por exemplo, criou o Hilton CleanStay para oferecer uma nova padronização de limpeza e desinfecção aos empreendimentos da cadeia. O programa busca ser um processo que acompanha o hóspede do check in ao check out.

“O primeiro passo é restabelecer a confiança por meio do reforço das medidas sanitárias. Estabelecemos protocolos firmes para intensificar a limpeza dos nossos hotéis. Os apartamentos, por exemplo, ficam fechados após a higienização e a única pessoa a entrar depois disso é o próprio hóspede. Ele também pode escolher a frequência do serviço de limpeza, limitando quem entrará em seu quarto”, explica o vice-presidente da Hilton para América Latina, Jorge Giannasttasio.

FLEXIBILIDADE
A flexibilidade também tornou-se palavra de ordem na indústria. Bilhetes, reservas, pacotes e serviços, agora com a pandemia, precisam oferecer uma política flexível para que o viajante se adapte à nova realidade, que conta com mudanças dinâmicas e inesperadas a cada dia.

“Se uma empresa não é suficientemente flexível, rápida e não sabe a necessidade do mercado e dos clientes, ela não oferecerá as soluções necessárias. Por isso estamos fazendo um esforço muito grande de reforçar as estruturas regionais para termos possibilidade de resposta rápida e ser o mais decentralizado possível em cada uma das regiões. Além de estar mais próximos dos clientes e parceiros para sermos mais ágeis”, diz Giannasttasio.

Para a Expedia, os números registrados pela empresa foram um bom termômetro para entender o que estava e está acontecendo no setor a nível mundial. Em abril, as vendas foram de 5% a 10% em comparação com o mês do ano anterior. Hoje, registra 50% em relação a 2019. E a oferta flexível vem tomando espaço nos pacotes e produtos oferecidos.

“Anteriormente, cerca de 70% das ofertas na Expedia não eram reembolsáveis ou flexíveis. Agora, isso mudou. Temos pelo menos 80% dos planos oferecendo reembolso e flexibilidade para o viajante, tanto na hospedagem, quanto no aéreo”, conta o vice-presidente da Expedia para América Latina Freddy Dominguez.

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