Desigualdade social impede grande qualificação no Turismo
Segundo os dados levantados, apenas 8% dos brasileiros dizem saber falar inglês, sendo que 3% deles afirmam contar com um nível avançado do idioma
A terceira palestra da Jornada BID para o Turismo: Caminhos para o Futuro do Turismo Brasileiro foi liderada pelo presidente do Instituto de Pesquisa Locomotiva, Renato Meirelles, que colocou em debate o futuro do trabalho no setor e os desafios enfrentados em termos de qualificação de profissionais.
De acordo com o palestrante, a desigualdade social existente no Brasil é responsável por um vão enorme entre os turistas e quem atende os turistas. “Muitas vezes o que um viajante gasta em um dia é suficiente para pagar as contas de todo um mês de alguém que está trabalhando para atendê-lo em determinado empreendimento”, destacou Meirelles.
A apresentação também destacou como a escassez de pessoas com conhecimento da língua inglesa afeta o desempenho do Brasil em setores como o Turismo. Segundo os dados levantados, apenas 8% dos brasileiros dizem saber falar inglês, sendo que 3% deles afirmam contar com um nível avançado do idioma. Por outro lado, 81% dos turistas não falam português, fazendo tal conta não fechar.
“O descolamento de realidades é muito grande entre quem atende e quem é atendido. O gap da escolaridade é gritante e tem seus reflexos no cenário profissional. Manter uma mão de obra qualificada em uma sociedade com valores tão deslocados é muito complicado”, completou o palestrante.
Meirelles ainda destacou alguns números como o de profissionais com nível superior completo e a relação desse crescimento com o aumento salarial, que não seguiu o mesmo patamar. Enquanto apenas 7% da massa trabalhadora possuía um diploma em 2014, tal fatia da sociedade mais que dobrou, chegando a 15% em 2019. Apesar disso, a média salarial do profissional de Turismo subiu apenas 12% no período, girando em torno de R$ 1,8 mil.
A PANROTAS é media partner da Jornada BID para o Turismo.
De acordo com o palestrante, a desigualdade social existente no Brasil é responsável por um vão enorme entre os turistas e quem atende os turistas. “Muitas vezes o que um viajante gasta em um dia é suficiente para pagar as contas de todo um mês de alguém que está trabalhando para atendê-lo em determinado empreendimento”, destacou Meirelles.
A apresentação também destacou como a escassez de pessoas com conhecimento da língua inglesa afeta o desempenho do Brasil em setores como o Turismo. Segundo os dados levantados, apenas 8% dos brasileiros dizem saber falar inglês, sendo que 3% deles afirmam contar com um nível avançado do idioma. Por outro lado, 81% dos turistas não falam português, fazendo tal conta não fechar.
“O descolamento de realidades é muito grande entre quem atende e quem é atendido. O gap da escolaridade é gritante e tem seus reflexos no cenário profissional. Manter uma mão de obra qualificada em uma sociedade com valores tão deslocados é muito complicado”, completou o palestrante.
Meirelles ainda destacou alguns números como o de profissionais com nível superior completo e a relação desse crescimento com o aumento salarial, que não seguiu o mesmo patamar. Enquanto apenas 7% da massa trabalhadora possuía um diploma em 2014, tal fatia da sociedade mais que dobrou, chegando a 15% em 2019. Apesar disso, a média salarial do profissional de Turismo subiu apenas 12% no período, girando em torno de R$ 1,8 mil.
A PANROTAS é media partner da Jornada BID para o Turismo.