Leonardo Ramos   |   06/08/2018 13:12

De supérfluo a propulsor: os parques do Brasil em debate

Evento do Sindepat debate soluções para parques temáticos crescerem como base do turismo brasileiro

Emerson Souza
Alain Baldacci, presidente do Sindepat, com o ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, durante abertura do Industry Showcase & Tabletop Networking
Alain Baldacci, presidente do Sindepat, com o ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, durante abertura do Industry Showcase & Tabletop Networking
Transformar um produto que era considerado supérfluo quatro décadas atrás, época da ditadura militar e quando era proibida a importação de equipamentos para parquales temáticos, para uma das principais bases do Turismo nacional: esse foi o objetivo alardeado pelo presidente do Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (Sindepat), Alain Baldacci, durante a abertura do Industry Showcase & Tabletop Networking, evento que acontece no Wet 'n Wild hoje e amanhã (7).

Tendo como debate central discutir os principais gargalos, soluções e perspectivas para o desenvolvimento de parques temáticos, o encontro teve em sua abertura um discurso de Baldacci reiterando uma aposta não apenas do Sindepat, mas do Minisério do Turismo em geral neste ano, ancorada na figura do ministro Vinicius Lummertz, que também palestrou no evento: tornar os parques temáticos uma mola propulsora no desenvolvimento do Turismo no País.

"Nosso objetivo principal é mostrar ao público, ao mercado e ao governo a importância que temos, o que nós fornecemos de geração de empregos e de impulso ao Turismo", declarou Balducci. "E isso para hotéis, agentes de viagens, toda área de eventos e convenções de operadoras... Nos nossos 15 anos de existência realizamos um processo de aculturamento do mercado para entender nosso segmento e seu potencial."

Uma das primeiras medidas para tornar as pretensões de Alain Baldacci uma realidade foi tomada em fevereiro deste ano, quando uma resolução da Câmara de Comércio Exterior, com o apoio de Lummertz, isentou o pagamento de tributos em território nacional para importação de equipamentos voltados a parques temáticos pelo período de oito meses - acaba em outubro.

No evento, que reúne cerca de 300 membros do trade, das 21 empresas estão presentes com expositoras, dez são internacionais (Argentina, Chile, Estados Unidos, Canadá, Holanda, Alemanha, Suécia, Itália e China contam com empresas no local).

A alta presença de redes estrangeiras fornecedoras de equipamentos para parques de diversões seria, Alain Baldacci, uma prova de que a medida de isenção de impostos resultou em uma alta da confiança do setor internacional no mercado brasileiro.

"O objetivo hoje não é comercializar, pois sei que nenhum de vocês consegue ainda vender equipamentos para parques do Brasil pelas burocracias, altas taxas de impostos e pelo governo ainda os considerarem bens de consumo. Aliás, este é um dos pontos principais: eles devem tornar-se bens de capital! Ninguém leva uma montanha-russa para o seu quintal, a não ser Michael Jackson", brincou o presidente do Sindepat.

Com os próximos passos na política já à vista, o evento espera criar uma interlocução entre fabricantes mundiais, autoridades locais e empreendedores, a fim de apresentar equipamentos de última geração, que não podem ser fabricados na América do Sul, e sua importância para o crescimento do setor, para que em um futuro onde os impostos são reduzidos, novos investimentos, negócios e parques temáticos possam ser feitos.

O Portal PANROTAS é media partner do Industry Showcase & Tabletop Networking

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