Visto no Brasil pode cair em definitivo se adiamento não sair hoje; entenda
IATA reforça que companhias aéreas já estão atentas para cumprir ordens caso adiamento não saia
O mercado de Turismo segue na expectativa sobre uma resolução do governo federal sobre a situação de vistos de entrada para o Brasil. Esta terça-feira (9) é a data limite para que seja assinado decreto que adia a exigência do visto de 10 de abril de 2024 para 10 de abril de 2025. Companhias devem começar a barrar passageiros sem visto, como alerta a IATA.
No fim de março, o vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, Alencar Santana, havia sinalizado que tal decreto seria assinado a tempo. Até o momento, nada da publicação.
Entretanto, caso o decreto realmente não saia, deve ser votado um projeto para derrubar de vez a exigência de vistos para visitantes de Estados Unidos, Canadá e Austrália.
Tanto Alencar Santana na base governista quanto o deputado Marcel van Hattem, autor do projeto que busca acabar com a retomada dos vistos, afirmaram à CNN que a tendência é realmente o plenário votar o texto e derrubar a iniciativa do governo se o decreto não sair.
A CNN cobriu os bastidores do caso e, segundo apuração do portal, "o Ministério das Relações Exteriores está esperando a discussão transcorrer no Congresso Nacional e avalia que ainda há um prazo para o eventual decreto, mesmo que exíguo".
Enquanto isso, no Turismo, os bastidores são puramente de expectativa: todos na dependência aguardando a reedição do decreto, ou seguir em frente com que está definido, isto é, exigência de visto a partir das chegadas a partir de amanhã (10) de americanos, canadenses e australianos.
Insegurança jurídica prejudica a indústria, diz IATA
O country manager da IATA no Brasil, Dany Oliveira, lamenta ver o encaminhamento que o tema tomou. "A exigência de visto é uma medida totalmente contrária ao movimento da Aviação e do Turismo internacionais, que é de abrir para mais turistas. Mais de 750 mil viajantes vêm de Estados Unidos e Canadá para o Brasil anualmente, e representam geração de divisas, empregos e negócios. Nós não podemos sair prejudicados por uma ideologia ultrapassada", afirma ele.
O executivo relata que companhias aéreas desde ontem estão tomando medidas para que nenhum passageiro tenha surpresa já a partir da madrugada do dia 10 no Brasil. "Esse decreto de postergação da exigência precisa sair imediatamente, ou então torcemos para ser célere a votação proposta por Marcel van Hattem derrubando de vez a exigência de visto. Essa insegurança jurídica é prejudicial para a indústria", conclui o country manager da IATA.