Da Redação   |   05/03/2024 17:26
Atualizada em 05/03/2024 17:27

Especialistas mostram importância do Turismo no desenvolvimento do País

Analistas de FecomercioSP e CNC apontaram necessidade de mais políticas públicas para o setor

PANROTAS/Gute Garbelotto
Felipe Tavares, da CNC
Felipe Tavares, da CNC

Em painel durante o primeiro dia de Fórum PANROTAS 2024, especialistas de duas organizações do Turismo no Brasil mostraram com números o que boa parte do setor já suspeita: que a atividade é capaz de gerar desenvolvimento econômico e social de forma sólida, e, dessa maneira, deve ser priorizado por políticas públicas que a ajudem a converter esse potencial em realidade.

Cassio Garkalns, sócio-diretor da GKS Inteligência Territorial e membro do Conselho de Turismo na FecomercioSP, falou sobre o programa Vai Turismo, em que, durante as eleições estaduais e federais de 2022, uma ampla mobilização de lideranças do setor fez chegar a candidatos diversas propostas e recomendações para o fomento do Turismo no País. Depois, um painel de monitoramento foi criado para acompanhar o andamento e implementação dessas demandas.

"Hoje já temos participação de muitos Estados que abastecem esse painel. Um banco de dados único que mostra como o Turismo tem sido priorizado em cada um desses locais, e que nos permite acompanhar as políticas públicas. Com isso, vamos saber o que todos querem, que é: se eu invisto R$ 100 em comunicação de Turismo, como isso se transforma num aumento do número de visitantes em tempo depois", explicou Garkalns, acrescentando que já são 1,8 mil lideranças do Turismo participantes e R$ 1,8 bilhão em projetos cadastrados que estão sendo acompanhados. O segundo ciclo se inicia em breve, nas eleições municipais de 2024.

PANROTAS/Gute Garbelotto
Cassio Garkalns, sócio-diretor da GKS
Cassio Garkalns, sócio-diretor da GKS

Já Felipe Tavares, economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostrou o que tem sido razão de grande esforço do setor atualmente: mostrar a importância do Turismo para a economia e o desenvolvimento do Brasil, e, assim, seu merecimento de políticas publicas que priorizem a atividade.

Tavares apontou que o Turismo, que sofreu em média uma perda de 38% do faturamento na pandemia, se recuperou e cresceu com grande rapidez na retomada: cerca de 30% ao ano, "o que é muito expressivo, já que representa quase dez vezes o crescimento médio da economia brasileira", disse o economista. Foram mostrados também dados que corroboram a tese de que um Turismo mais forte significa maior desenvolvimento social, já que a atividade movimenta a economia em todos os níveis da pirâmide socioeconômica.

"Hoje, somos 9,3% do PIB, um dos principais setores da economia brasileira. E o Turismo poderia gerar muito mais. Porém, somos pouco apoiados por politicas publicas, enquanto outros países fomentam esse setor com muito orgulho", apontou.

Fica, PERSE!

PANROTAS/Gute Garbelotto
Manifestação em defesa da permanência do PERSE no Fórum PANROTAS
Manifestação em defesa da permanência do PERSE no Fórum PANROTAS

Ao final do painel, líderes do setor foram convocados para uma manifestação em defesa da permanência do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (PERSE), considerado fundamental para a recuperação do Turismo após o baque da pandemia. Junto com as lideranças, o público do Fórum PANROTAS gritou em uníssono: #FicaPERSE.

Isso aconteceu pouco depois de Alexandre Sampaio, do Conselho de Turismo da CNC e presidente da FBHA, anunciar no palco do evento que a manutenção do PERSE teve uma mudança de rumo no Congresso Nacional: não será mais por meio de uma Medida Provisória, mas sim por dois PL emergenciais (que não precisa passar por comissões temáticas) que será enviado para tramitação rápida, visando o redesenho do PERSE.


Por Rafael Faustino, especial para o Portal PANROTAS

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