Beatrice Teizen   |   25/01/2024 08:00

Abav, Abracorp, Braztoa, Air Tkt e Clia criam manifesto pelo Perse

Dirigentes de cada associação se posicionaram a favor de ações pela manutenção do programa; confira

Ana Carolina Medeiros (Abav Nacional), Humberto Machado (Abracorp), Luciano Guimarães (Air Tkt), Fabiano Camargo (Braztoa) e Marco Ferraz (Clia Brasil)
Ana Carolina Medeiros (Abav Nacional), Humberto Machado (Abracorp), Luciano Guimarães (Air Tkt), Fabiano Camargo (Braztoa) e Marco Ferraz (Clia Brasil)

O presidente da Braztoa, Fabiano Camargo, é mais uma liderança do Turismo se movimentando pela manutenção do Perse. Em sua nova postagem no blog Espaço Braztoa, da blogosfera do Portal PANROTAS, ele discorre sobre a importância de o setor se unir em um manifesto.

"É muito importante que vocês, agentes e parceiros que atuam no Turismo, entendam o quanto isso pode impactar o nosso setor e vistam a camisa nessa luta para que o Perse, que é uma Lei, válida por tempo determinado para compensação dos efeitos devastadores da pandemia no Turismo – no caso por cinco anos, até fevereiro de 2027 –, continue ajudando o Turismo a crescer", diz ele no post.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

E, a seguir, veja o manifesto, por meio de aspas de cada dirigente, criado em conjunto pelas associações Abav Nacional, Abracorp, Braztoa, Air Tkt e Clia Brasil, que formata ações pela manutenção do Perse.

Fabiano Camargo - Presidente do Conselho de Administração
BRAZTOA – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS OPERADORAS DE TURISMO

Estamos mais unidos e articulados do que nunca para reverberar a urgência e a importância da manutenção do PERSE. O momento é de mobilização de cada um que compõe a cadeia do Turismo, sem exceção. Nosso setor é essencial para a economia, está em recuperação e precisa de estímulos, não de obstáculos. É o nome do Brasil e a credibilidade do país que podem ser impactados. São milhares de empresas e empregos em jogo.

Marco Ferraz -Presidente Executivo
CLIA BRASIL – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CRUZEIROS MARÍTIMOS

Temos realizado um trabalho de bastidores meticuloso e colaborativo, buscando articulações, reuniões e contatos diretos com parlamentares e demais envolvidos em uma questão crucial: a manutenção do PERSE. Este programa foi criado para mitigar os efeitos devastadores da Pandemia no setor de Turismo e contou com a aprovação unânime do Congresso, respaldada pelo apoio de todas as entidades representativas da nossa indústria. Atualmente, estamos focados em apresentar informações e dados consolidados que evidenciam a importância vital do Turismo, bem como o considerável impacto que a MP 1202/2023 pode causar não só ao setor, mas também à economia em geral. Tal medida ameaça interromper um planejamento estratégico que foi estabelecido para um período de cinco anos.

Ana Carolina Medeiros - Presidente
ABAV NACIONAL – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE AGÊNCIAS DE VIAGENS

A ABAV Nacional entende que o PERSE veio para aliviar todas as perdas que o setor de Turismo teve durante a crise causada pela pandemia do COVID-19. Com as mudanças recentes realizadas pelo governo federal, foi causada uma insegurança jurídica na MP 1202, gerando incertezas para os investimentos futuros, e consequentemente causando fragilidade ao setor. O PERSE foi um dos itens de maior salvação ao Turismo, viabilizando às empresas do segmento renegociar dívidas com o governo e reestruturar todas as empresas aderentes, para que pudessem minimamente ficar e agora estarem ainda de pé! Essas empresas precisam do PERSE para continuar essa etapa de crescimento, de manutenção e agora geração de empregos. Isso é de extrema relevância. Por isso estamos na defesa da necessária manutenção do PERSE.

Luciano Guimarães - Presidente
AIR TKT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CONSOLIDADORES DE PASSAGENS AÉREAS E SERVIÇOS DE VIAGENS

O Turismo é um dos maiores geradores de empregos diretos e indiretos do país. A manutenção do PERSE é essencial para que possamos continuar focando na retomada, crescimento e estabilidade do mercado de turismo, eventos e da nossa economia. O setor fez uma projeção de recuperação baseada na manutenção do programa até 2026. Revogar esse benefício seria um retrocesso e acarretaria prejuízos financeiros para toda a cadeia, que foi uma das mais prejudicadas durante a pandemia. Sem contar os danos à credibilidade do setor, retraindo investimentos e comprometendo todo o plano de ação. A manutenção do PERSE se faz extremamente necessária para que possamos seguir evoluindo e contribuindo com a nossa economia. É inimaginável pensar em retomada, se não tivermos o apoio de todos.

Humberto Machado - Presidente Executivo
ABRACORP – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE AGÊNCIAS DE VIAGENS CORPORATIVAS

Terminamos o ano com a publicação da Medida Provisória 1.202, publicada em 28 de dezembro de 2023. Independentemente da data, o problema está em seu teor inusitado, revogando benefícios do PERSE (Programa Emergencial de Recuperação do Setor de Eventos).

Lembramos que a Lei 14.148, que instituiu o Perse, foi um socorro a uma das categorias mais prejudicadas em meio a pandemia. Se fizermos um simples corte nessa iniciativa e focarmos para o setor de Turismo, vamos entender o resultado avassalador que essa MP pode causar.

De acordo com o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), o setor de turismo gerou 8,1% do total de empregos do Brasil em 2023. Isso representa um aumento de 2,5% em relação a 2019, antes da pandemia da Covid-19. O turismo representou 7,8% do PIB do Brasil em 2023. Isso representa um aumento de 5% em relação a 2019, antes da pandemia da Covid-19

O Perse foi um programa importante para manter as agências de viagens em atividade durante a pandemia da Covid-19 e a prorrogação do Perse ajudará a impulsionar a retomada do setor de viagens e da economia brasileira.

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