Confiança do comerciante atinge menor patamar em 18 meses
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) atingiu 115,4 pontos neste mês
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) atingiu 115,4 pontos neste mês, o que representa uma queda de 1,4%, descontados os efeitos sazonais. Essa foi a terceira redução consecutiva do Icec, mensurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Com a diminuição mensal de todos os indicadores, a confiança do comerciante chegou ao menor nível desde agosto de 2021. Na comparação anual com fevereiro de 2022, o Icec teve uma queda mais acentuada, de 3,3%.
O destaque do mês foi a piora no olhar do presente: o índice que mede a satisfação sobre as condições atuais diminuiu 2,8%. A satisfação com a economia caiu 5,1% no mês, com o setor reduziu 3,6% e com a própria empresa, apresentou queda de 1,0%. Pela primeira vez desde maio de 2022, a maioria dos varejistas (50,6%) considera que o desempenho da economia está pior do que no mesmo período do ano passado. Com isso, o índice de condições atuais da economia chegou a 93,3 pontos, na zona pessimista.
Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, são diversos os fatores que influenciaram esses resultados. “A desaceleração da atividade econômica e das vendas no varejo, que provocaram uma piora nas avaliações sobre a economia e o setor do comércio, vem acompanhada de inflação ainda fora da meta, juros elevados e perda de fôlego nas contratações formais de trabalhadores”, diz o presidente.
Dos comerciantes entrevistados, 44,5% consideram que as vendas e as condições para operação pioraram. Essa proporção vem aumentando desde novembro – período do ano considerado como o melhor momento sazonal para o varejo.
A economista indica que os lojistas de todos os segmentos do varejo consultados expressaram que vão enxugar seus aportes, com destaque para a queda mais expressiva em fevereiro, de 3,4%, entre os varejistas de produtos duráveis. Com isso, o indicador atingiu a zona de pessimismo, com 98,5 pontos. “Com a inadimplência elevada e a inflação desancorada, os juros permanecerão elevados este ano, reverberando negativamente no consumo de bens dependentes do crédito”, avalia Izis Ferreira.
Por fim, houve uma leve piora na avaliação dos comerciantes quanto ao nível dos estoques em fevereiro diante da programação das vendas. O indicador chegou a 93,1 pontos, queda de 0,6%, e 59,4% dos comerciantes avaliam o nível dos estoques como “adequado”, a menor parcela desde junho de 2021.
O destaque do mês foi a piora no olhar do presente: o índice que mede a satisfação sobre as condições atuais diminuiu 2,8%. A satisfação com a economia caiu 5,1% no mês, com o setor reduziu 3,6% e com a própria empresa, apresentou queda de 1,0%. Pela primeira vez desde maio de 2022, a maioria dos varejistas (50,6%) considera que o desempenho da economia está pior do que no mesmo período do ano passado. Com isso, o índice de condições atuais da economia chegou a 93,3 pontos, na zona pessimista.
Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, são diversos os fatores que influenciaram esses resultados. “A desaceleração da atividade econômica e das vendas no varejo, que provocaram uma piora nas avaliações sobre a economia e o setor do comércio, vem acompanhada de inflação ainda fora da meta, juros elevados e perda de fôlego nas contratações formais de trabalhadores”, diz o presidente.
Dos comerciantes entrevistados, 44,5% consideram que as vendas e as condições para operação pioraram. Essa proporção vem aumentando desde novembro – período do ano considerado como o melhor momento sazonal para o varejo.
Intenção de contratar é a menor desde junho de 2021
Do total de varejistas entrevistados, 37,5% pretendem reduzir a contratação de funcionários este ano, maior percentual desde junho de 2021. De acordo com a economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, a piora na avaliação das condições presentes e nas expectativas para o curto prazo estão levando os comerciantes de pequeno, médio e grande portes a redimensionarem os planos de ampliação do quadro de funcionários e outros investimentos. As intenções de investir atingiram 104,4 pontos e são as menores desde setembro de 2021, com queda nas comparações mensal, de 1,5%, e anual, de 2,4%.Crise de crédito
“Os juros altos alavancaram os negócios e o grande varejo acendeu um alerta para uma possível crise de crédito no setor”, explica Izis Ferreira. O Icec apontou que a pretensão de investir no capital físico e na expansão dos negócios é a menor em dez meses, com 47% dos tomadores de decisão afirmando que reduzirão esses investimentos.A economista indica que os lojistas de todos os segmentos do varejo consultados expressaram que vão enxugar seus aportes, com destaque para a queda mais expressiva em fevereiro, de 3,4%, entre os varejistas de produtos duráveis. Com isso, o indicador atingiu a zona de pessimismo, com 98,5 pontos. “Com a inadimplência elevada e a inflação desancorada, os juros permanecerão elevados este ano, reverberando negativamente no consumo de bens dependentes do crédito”, avalia Izis Ferreira.
Por fim, houve uma leve piora na avaliação dos comerciantes quanto ao nível dos estoques em fevereiro diante da programação das vendas. O indicador chegou a 93,1 pontos, queda de 0,6%, e 59,4% dos comerciantes avaliam o nível dos estoques como “adequado”, a menor parcela desde junho de 2021.