Beatriz Contelli   |   30/12/2021 10:53
Atualizada em 30/12/2021 11:08

Impactada pela pandemia, economia criativa apresenta maior recuperação

Os setores mais afetados durante a pandemia diminuíram perdas de faturamento, segundo o Sebrae


Marcello Casal Jr./Agência Brasil
O setor da economia criativa chegou a apresentar queda de faturamento de 86%
O setor da economia criativa chegou a apresentar queda de faturamento de 86%
A economia criativa e as academias foram os segmentos que apresentaram a maior recuperação entre os meses de agosto e novembro desse ano, de acordo com a 13ª edição da Pesquisa de Impacto da Pandemia do Coronavírus nas Micro e Pequenas Empresas, realizada pelo Sebrae em parceria com a FGV. Em agosto, a queda de faturamento nas empresas da Economia Criativa era de -64%, já em novembro, esse resultado caiu para -45%, uma evolução de 19 pontos percentuais. Já as academias, recuperaram 20 pontos percentuais, passando de uma queda de faturamento de -40% para -20%.

“A economia criativa continua sendo o segmento mais impactado pela pandemia, mas a queda nos casos de covid-19, devido ao aumento da vacinação, fez com que os empreendedores desse segmento voltassem a operar, apesar dos aumentos de custos e da inflação. Esse segmento chegou a apresentar queda de faturamento de 86%, em março do ano passado”, explica o presidente do Sebrae, Carlos Melles. Além das empresas desse setor, os outros quatro que mais sofrem com perdas de faturamento são Turismo e Beleza (-42%), Artesanato (-38%) e Logistíca e Transporte (-37%).

A pesquisa ainda revela que 65% das empresas da economia criativa estão funcionando com adaptações e 14% ainda continuam com as operações fechadas temporariamente. Na 12ª edição da pesquisa, 31% estavam com o funcionamento interrompido. “Assim como os outros segmentos, a Economia Criativa também tem sofrido com o aumento dos custos e com a falta de clientes, o que impede uma retomada mais acelerada”, observa o presidente do Sebrae. Segundo o levantamento, 50% dos empreendedores alegaram o aumento dos custos como a maior dificuldade para a retomada e outros 25%, reclamaram da falta de clientes.

As mudanças implementadas por 73% dos donos de pequenos negócios do segmento de academias surtiram efeitos e fizeram com que essa atividade se tornasse uma das menos afetadas pela pandemia. Com perda de faturamento de -20%, apenas os segmentos de pet shops, indústria e agronegócio estão com resultados negativos menores. As academias, desde o início da pandemia, chegaram a apresentar queda de -87% no faturamento, a segunda maior entre os segmentos analisados. Em primeiro lugar foi o Turismo que presenciou perdas de -88%.

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