Deputado Eduardo Bismarck tem no Turismo um de seus três pilares na Câmara
Eduardo Bismarck, do PDT do Ceará, estreia a série do Sindepat em parceria com a PANROTAS
O Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (Sindepat), presidido por Murilo Pascoal, dentro de sua proposta de aproximação com os membros do Congresso Nacional (deputados e senadores federais), de forma a mostrar a eles todas as especificidades da indústria e auxiliá-los em projetos ligados ao setor, inicia hoje, no Portal e na Revista PANROTAS, uma série de entrevistas. O primeiro entrevistado é o deputado federal Eduardo Bismarck (PDT-CE), filho de Bismarck Maia, ex-deputado federal, diretor da Embratur e secretário de Turismo do Ceará. Ele conta de sua ligação com o Turismo e dos projetos para nossa indústria.
A cada 15 dias, traremos, no Portal e na Revista PANROTAS, uma entrevista, conduzida pela jornalista Maria Izabel Reigada, assessora do Sindepat e ex-editora da PANROTAS.
“Com esta série de entrevistas, queremos mostrar o trabalho de deputados e senadores pelo Turismo. Muitos parlamentares já conhecem a importância econômica do setor e trabalham pelo desenvolvimento de nosso segmento. Ao mesmo tempo, temos mantido reuniões com parlamentares que não estão tão familiarizados com isso, para sensibilizá-los em relação aos impactos da pandemia em toda nossa cadeia produtiva. O objetivo é mostrar o que o Congresso está fazendo para apoiar nosso setor e abrir a possibilidade de mais diálogo, mais debates, em busca de soluções que garantam a rápida recuperação do Turismo brasileiro”, disse Murilo Pascoal, presidente do Sindepat.
"Um dos pilares de atuação do Sindepat é junto aos poderes Legislativo e Executivo e, desde o início da crise gerada pela pandemia, temos nos engajado ainda mais nisso. Sempre defendemos os interesses do setor de Parques e Atrações, para garantir um ambiente sustentável de desenvolvimento. Agora, nos juntamos a outras associações do setor turístico no G20+, e ampliamos nossa interlocução para trabalhar por todo o Turismo, uma vez que os impactos da pandemia são nocivos em toda a cadeia produtiva de nosso setor”, acrescentou Carolina Negri, diretora executiva do Sindepat.
“É um trabalho fundamental que vem sendo feito pelas entidades do G20+, e quando o Sindepat nos falou do projeto topamos apoiar na hora, para vermos mais de perto como os parlamentares estão vendo nosso setor, o que estão fazendo e podem fazer pelo Turismo, e, para os que não conhecem ainda, que vejam a importância e relevância dessa indústria”, afirma o editor-chefe e CCO da PANROTAS, Artur Luiz Andrade.
Confira abaixo a primeira entrevista, e lembre-se que você também pode colaborar com as entidades, enviando sugestões e até mensagens diretamente para os seus deputados e senadores.
ENTREVISTA COM EDUARDO BISMARCK
Raízes no Turismo
A familiaridade do deputado federal Eduardo Bismarck (PDT-CE) com o Turismo extrapola a gestão pública. Nos anos 1990, ele costumava passar as manhãs de sábado na agência de viagens de seu pai, hoje prefeito de Aracati, Bismarck Maia. “Era o tempo das emissões de bilhetes aéreos nos talões, daquelas telas verdes do computador”, lembra Eduardo. Do pai, que já foi deputado federal, secretário da Embratur e secretário de Turismo do Ceará, herdou o gosto pela carreira pública. Em seu primeiro mandato como deputado federal, Eduardo Bismarck (PDT-CE) tem no Turismo uma de suas pautas prioritárias, sendo um dos membros da Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados. Em tempo: a comissão foi criada por seu pai, em 2003, como Grupo Parlamentar do Turismo.
Poderia nos contar um pouco da sua relação com o Turismo?
EDUARDO BISMARCK – Cresci vendo Turismo minha vida inteira. Meu pai era agente de viagens e em 1992 entrou para a carreira pública, além do fato de eu ser de um Estado e cidade que são turísticos. Tanto o Ceará quanto Aracati, onde está a praia de Canoa Quebrada, têm no Turismo um de seus pilares da economia. A gente sabe que o Turismo é feito de destino e infraestrutura para ofertar ao turista o que ele procura e precisa. É redundante dizer, mas vale registrar que o turista deixa na localidade visitada um dinheiro que não é daquele lugar. Ele consome em uma cadeia muito ampla, incrementando a economia local. Quando você tem polos atrativos, como são os parques, por exemplo, o local ganha além do consumo do turista, os investimentos para aquela região. Vi isso acontecer minha vida toda.
Como o senhor avalia a situação do Turismo desde o início da pandemia?
EDUARDO BISMARCK – O Turismo foi um dos setores mais impactados em todo o mundo. Uma das primeiras imagens impressionantes que tivemos, fora do ambiente da saúde, das tristes notícias dos doentes, foram as cenas de aeronaves indo para estacionamentos, porque não havia passageiros. O Ceará realizou um trabalho de muitos anos na captação de voos domésticos e internacionais e observar todas as projeções de voos, fruto desse trabalho de décadas, terminarem foi chocante. Sem fluxo de turistas, os hotéis ficaram vazios, os restaurantes não tinham visitantes, o taxista não tinha quem transportar. As economias mais fragilizadas, como o Brasil e o Ceará, especificamente, um Estado pobre, foram ainda mais prejudicados dentro da pandemia. É nossa obrigação, como homem público, tentar minimizar esses prejuízos.
O PERSE (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos) vem muito nessa linha. Eventos e Turismo andam juntos, no deslocamento de pessoas, por isso apresentamos emenda para incluir Turismo no programa de recuperação do setor de Eventos e aprovamos na Câmara. Foi ao Senado, teve alterações, e em 8/4 aprovamos novamente na Câmara, encaminhando para sanção presidencial. Ainda apresentei outro projeto que possibilita que, seguindo todos os protocolos necessários, leitos de hotéis sejam utilizados por pacientes de covid-19 de baixa gravidade para gerar renda para os hotéis e desafogar o SUS. Abrindo leitos, podemos evitar o lockdown, que hoje ocorre porque o sistema de saúde não tem mais como ofertar leitos. Com o comércio funcionando, você ajuda, de alguma forma, o Turismo local.
Quais são suas principais pautas no Congresso?
EDUARDO BISMARCK – Temos três pilares muito bem definidos no nosso mandato. O primeiro é a educação, porque acredito que só isso colocará de fato o Brasil em outro patamar. Isso inclui treinamento para os profissionais de Turismo, porque abordamos a educação de forma geral. O segundo pilar é um pacto federativo mais justo, que permita mais autonomia a municípios e Estados, onde estão os gestores que realmente conhecem os problemas e prioridades locais. E o terceiro é o Turismo. Juntas, essas três pautas podem trazer real desenvolvimento econômico para o Brasil.
Quais são suas principais relatorias?
EDUARDO BISMARCK – Eu quero destacar a criação das Regiões Especiais do Turismo, que aprovei ainda também dia 8 na Comissão de Turismo da Câmara. Vejo como uma forma de criar destinos turísticos e captar investimentos para regiões que podem não ter tantos atrativos naturais, por exemplo, como outros destinos brasileiros. O programa prevê a criação de condições especiais para investidores, que terão 24 meses para realizar esses investimentos, perdendo esses benefícios caso não o façam no prazo. Assim, aumentamos a possibilidade de atrair turistas para o Brasil, abrindo novos destinos. Sejam parques ou cassinos, por exemplo, como está previsto no projeto das Regiões Especiais de Turismo. O projeto segue para a Comissão de Finanças e Tributação, da qual sou membro também, e devo imprimir celeridade em sua aprovação.
O que o senhor pretende concretizar em seu mandato como deputado federal?
EDUARDO BISMARCK – Nosso trabalho é para honrar os votos dos cearenses em um mandato honrado, que reverta em benefícios, em mudanças positivas na vida das pessoas, especialmente no Ceará, um Estado muito pobre. Tenho me pautado de forma ponderada, sem deixar questões partidárias influírem. Olhamos para os benefícios e potencial de desenvolvimento de cada projeto, sem olhar para os partidos que apresentam. O Turismo é suprapartidário.