Marcos Martins   |   01/04/2019 17:53

Abracorp rebate a compra de passagens sem intermediação

Associação apoiou recentemente a liberação de vistos para quatro países, mas considera "ilusória" a economia na compra de passagens diretamente com as empresas


Emerson Souza
Presidente do Conselho da Abracorp, Carlos Prado
Presidente do Conselho da Abracorp, Carlos Prado
A Abracorp enviou um ofício à Presidência da República, no qual afirma “ser ilusório” supor uma economia de R$ 15 milhões do governo na compra de passagens aéreas nacionais sem a intermediação de agências de viagens.

A entidade afirma que, para obter o melhor ROI (Retorno sobre Investimento), corporações terceirizam a gestão de viagens para as TMCs (Travel Management Companies), agências de viagens que investem nos recursos tecnológicos e humanos. Em paralelo, a associação considerou positiva a liberação de vistos para quatro países, incluindo Estados Unidos.

“A política de precificação adotada pelas empresas aéreas opera com variações tarifárias em tempo real. Sem sistema de BI (Business Intelligence), entre outras ferramentas tecnológicas, e os investimentos constantes que as TMCs realizam na capacitação de recursos humanos, os valores pagos às companhias aéreas não são devidamente controlados”, afirma o presidente do Conselho de Administração da Abracorp, Carlos Prado.

Outro argumento é que, ao dispensar recolhimento antecipado dos tributos que incidem sobre as passagens (IRPJ, CSLL, Cofins e PIS/Pasep) e que juntos representam 7,05% do valor pago às cias aéreas na compra direta, também se afronta o princípio da isonomia. A Abav também se manifestou contra o fim das compras com intermediação.

Prado avalia que o ministro da economia, Paulo Guedes, está correto quando avalia desonerar produtos primários e secundários destinados à exportação, por meio da revisão da Lei Kandir. No entanto, não concorda com a inclusão da compra direta de passagens aéreas na pauta.

“Aberto ao diálogo e firme no propósito de esclarecer os equívocos da MP 877/19”, ele considera urgente conscientizar a todos que o Turismo deve ser percebido como vetor estratégico para o pleno desenvolvimento.

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