Marcel Buono   |   05/11/2018 11:59

Ministro da Cultura defende fusão proposta com Turismo

Sérgio Sá Leitão cita experiências internacionais como as da Coreia do Sul para embasar sua teoria

Em meio a uma série de notícias sobre reformulações de ministérios para o próximo ano, quando Jair Bolsonaro assumirá a presidência do Brasil, o atual ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, declarou apoiar a ideia de fusão entre a sua pasta e as de Esporte e Turismo. Segundo ele, tal modelo de gestão já funciona na Coreia do Sul e poderia ser adaptado aos moldes brasileiros. As informações são do Uol.

Emerson Souza
Sérgio Sá Leitão, atual ministro da Cultura do Brasil
Sérgio Sá Leitão, atual ministro da Cultura do Brasil
"O modelo institucional mais avançado existente hoje no mundo para a gestão de uma política cultural contemporânea, que deve combinar a preservação do patrimônio material e imaterial, o desenvolvimento da economia criativa, a afirmação simbólica do país ('marca-país' e 'soft power'), a proteção dos direitos autorais e da propriedade intelectual, a profissionalização setorial, o fomento às artes e a integração com áreas afins, é o que integra Cultura, Esporte e Turismo; e, não raro, Mídia", escreveu Sá Leitão.

Na nota, o ministro cita algumas experiências internacionais que embasam sua teoria, como as do Reino Unido, onde cultura, esporte e mídia fazem parte da mesma pasta; as de Israel, que une cultura e esportes; as da Alemanha, com cultura e mídia; Austrália, com comunicações e artes; Dinamarca, com cultura, esporte, mídia e direitos autorais; e as da Coreia do Sul, com cultura, esportes e Turismo sob o mesmo ‘guarda-chuva’, como deve acontecer por aqui a partir de 2019.

"Há muitos argumentos a favor deste modelo. São três áreas de investimento com alto potencial de retorno [grande participação no PIB e geração de renda e emprego]. São atualmente três ministérios com o mesmo peso, então não haveria a sensação de 'extinção'. São três áreas que lidam com a representação simbólica do País. São três áreas que compõem o campo da economia criativa (ou economia do tempo livre, ou economia do entretenimento). São três áreas com muitas convergências e sinergias (as leis de incentivo do Esporte e da Cultura são iguais e podem ter a mesma estrutura de gestão, por exemplo”, continuou Sá Leitão por meio de nota.

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